* Ledora: Anair Campos
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Notas sobre o Zé Carioca:
O papagaio Zé Carioca foi criado para o filme "Alô, amigos"
(Saludo, amigos!), de 1942 , com o nome de Joe.
Era um desenho animado que mostrava a América do Sul, no qual o Zé foi o cicerone do Pato Donald em terras brasileiras.
O personagem foi criado pela Disney , dizem, para ganhar a simpatia dos brasileiros. Os EUA estavam, na época, buscando aliados para a Segunda Guerra Mundial.
Ao som de "Aquarela do Brasil" e "Tico-tico no Fubá" , eles beberam cachaça e sambaram juntos. Três anos depois, apareceu novamente em "Você já foi à Bahia?", na companhia do Pato Donald e de Panchito, um galo mexicano. O personagem também apareceu em "Alice no País das Maravilhas", como um dos jurados no julgamento de Alice.
Zé Carioca é pouco conhecido nos Estados Unidos, mas no Brasil ele teve revista quinzenal, publicada pela Editora Abril. Os quadrinhos o retratam como o típico malandro carioca, sempre escapando dos problemas com o "jeitinho" característico.
Ele vive na Vila Xurupita , se diz "alérgico a trabalho" e convive com os seguintes personagens:
Nestor - Seu grande amigo. Um urubu, que teme por todos os planos do Zé, pois acaba sobrando pra ele;
Pedrão - Faz a melhor feijoada do mundo e sempre briga com o Zé porque ele rouba suas jacas;
Afonsinho - Um tímido pato louco;
Rosinha - Sua namorada. Seu pai é o milionário Rocha Vaz,que odeia o Zé por ele não querer nada com o trabalho. É uma periquita;
Zé Galo - Seu rival, deseja namorar a Rosinha. Raras vezes apareceu nas histórias do Zé;
ANACOZECA - Associação Nacional dos Cobradores do Zé Carioca. Faz de tudo pra cobrar o malandro, mas o Zé sempre consegue escapar dos "agentes" desta.
Zé Carioca tem uma identidade secreta: Morcego Verde (Paródia do Batman), o super-herói da Vila Xurupita.
Zé Carioca usa um chapéu panamá, gravata borboleta e guarda-chuva.
Vestido de malandro, foi uma espécie de precursor da Lei de Gerson:
Só pensa em levar vantagem! Caloteiro e preguiçoso, em suas primeiras aparições, roubava o sorvete do Donald, fazia exame de vista de binóculo e montava barraca para ensinar a ganhar a vida sem esforço.
Seus trambiques fizeram sucesso e, em 1961, Zé Carioca ganhou sua própria revista.
Nos anos 70, o feitiço virou contra o feiticeiro: numa malandragem da Disney, o papagaio passou a protagonizar histórias adaptadas do Pato Donald. Assim surgiram os sobrinhos Zico e Zeca, que substituíam Huguinho, Zezinho e Luizinho. O estilo politicamente incorreto voltou, mas a revista deixou de circular novamente em 2000. Depois disso, a Abril passou a publicar antigas histórias em edições especiais.
Todos os personagens nas histórias do Zé Carioca são aves!
Durante a década de 70 e depois desta, as histórias do Zé Carioca foram desenhadas e roteirizadas por artistas brasileiros que criaram alguns dos personagens coadjuvantes, bem como a Anacozeca e o Morcego Verde.
Dentre estes, encontramos Ivan Saidenberg e Renato Canini.
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Zé Carioca, em... Nem tudo é peixe cru!
Q1. Zé Carioca vem andando e passa diante de alguns restaurantes, entre estes, o EL Sujão e a Churrascaria Miau.
Zé - Hum... está na hora do almoço! O duro é que eu já conheço todos os restaurantes da região... ou melhor, todos os restaurantes da região já me conhecem!
N: Zé Carioca vê um novo restaurante...
Zé - Opa! Esse é novo: Restaurante Japonês Suquiak!
Q2. Zé Carioca entra no restaurante japonês. Um garçom de olhinhos puxados vem atendê-lo.
Zé - Será que vou gostar da comida japonesa?
Garçom (Impedindo a passagem de Zé Carioca com a mão)
- Alto lá! O Sinhôro não pode ir entrando assim...
Zé - Epa! Sabe com quem está falando?
Garçom - Não!
Zé - Ufa! Então não preciso me preocupar...
Garçom - Mas o sinhoro precisa tirar sapatos!
Zé - Sapatos? Que sapato?
Garçom - Não se preocupe! Nós alugamos sapato pra sinhoro tirar! Isso pagar na saída! Ih, ih!
Zé - Começou a exploração!
N: O garçom trouxe os sapatos, Zé Carioca os calçou e logo ficou
novamente descalço e foi procurar onde sentar...
Zé - Bom, é melhor reservar logo um lugar!
Garçom - Pois não?
Zé - Primeiro eu gostaria de uma mesa! Pode ser?
Garçom - O Sinhôro já está sentado nela! Ih, ih!
Zé - Hã?! Ah, sim!
N: Zé Carioca levantou-se da mesinha que sentara e sentou-se numa das almofadas que estavam no chão, ao lado desta...
Zé - O cardápio, por favor!
garçom - Pois não! O Sinhôro quer ajuda?
Zé - Claro que não! Eu sei muito bem pedi sozinho!
Garçom - Como queira!
N: O garçom entregou o cardápio ao Zé Carioca e ficou esperando seu pedido...
Zé (Atrapalhado) - Glup!... Eu quero... hã... bem... isso!
N: Zé Carioca aponta algo no cardápio...
Garçom - Tem certeza?
Zé - Claro! E bem passado!
Garçom (Gritando) - Solta um "Não aceitamos cheque" e bem passado!
Zé (Sem graça) - Bom... eu gostaria de mudar o meu pedido... eh, eh!
Garçom - Ótimo, porque cozinheiro não entendeu bulhufas! Ih, ih!
Que tal um Sashimi?
Zé - Sashimi... era isso mesmo que eu ia pedir!
Garçom - É pra já! Ih, ih!
N: O garçom sai sorrindo...
Zé - Com a fome que eu tô... taí, gostei!
Preciso voltar mais vezes... adoro estes lugares típicos, essa gente típica, essa comida típica...
Q3. Entra um cliente com cara de japonês. O garçom o recebe e Zé Carioca observa.
Cliente - Garçom! Solta uma feijoada no capricho! Com bastante
torresminho!
Garçom - Sim, caro e honorável freguês!
Q4. O garçom trás o prato pra colocar na mesa.
Garçom - Seu prato e os palitinhos!
Zé - Palitinhos?
Garçom - Sabe utilizá-los, Sinhôro?
Zé - Claro, sou muito bom nisso!
Quer jogar comigo?
Garçom (Sai resmungando) - *$%*&¨%$&!
Zé Carioca - Ainda bem que eu não entendo japonês! O japa ficou por conta! (Pensando) - Por falar em conta, ainda não pensei um jeito de pagar a minha...
Q5. Nestor vai passando pela porta do restaurante.
Zé - Ei, o Nestor! Legal! Ele me viu! Estou salvo!
Nestor (Pensando) - Legal! O Zé me chamou! Estou salvo!
Q6. Nestor entra no restaurante e é interpelado pelo garçom.
Nestor (Gritando) - Zé!
Garçom - Os sapatos, Sinhôro!
Q7. Nestor está de pé ao lado do Zé Carioca.
Zé - Você também alugou sapatos, Nestor?
Nestor - Isso é um absurdo!
Q8. Nestor sentado em frente ao Zé Carioca.
Nestor - O que você pediu de bom, Zé?
Zé - Pedi um delicioso sa... sa... sa... sabe que eu não sei?
N: Chega o garçom com a comida...
Garçom - Rango está pronto!
Nestor - Isso é o rango?
Zé - Não seja burro, Nestor! Isso é a decoração!
Garçom - Isso é o rango! O Sinhôro não pediu sashimi?
Pois sashimi é peixe cru! É só pescar! Hi, hi!
Zé - Faz o seguinte, trais o prato mais típico que vocês tiverem!
Garçom - Espaguete ao sugo?
N: O garçom se retira...
Zé - Essa eu não entendi, Nestor!
Nestor - Esse garçom é meio xarope!
Q9. O garçom, Zé Carioca e Nestor.
N: Mais tarde...
Garçom - Então! Gostaram?
Nestor - Ô!
Zé - Pode até pedir a conta, Nestor!
Nestor - Como assim? Estou duro...
Zé - Epa! E-e-eu, também!
Nestor - Quem convida paga, né?
Garçom (Com cara de mau) - Quem quer sair com vida, paga!
Zé - Xiiii...
Q10. Zé Carioca e Nestor continuam sentados. O garçom lhes cobra a conta.
Nestor - Será que a gente não pode lavar palitinhos?
Garçom - Shokotoyo!
Zé - Epa! Ele chamou mais um!
N: O japona que chega começa a discutir com o garçom...
Garçom - Kakonoko takuio!
O outro japona - Karoko tuia?
Garçom - Tako nossoro tabuchi!
O outro japona - Kara tuio natua kara!
Garçom - Kara okê?
N: Os dois japonas começam a brigar...
Nestor - É o nosso fim, Zé!
Zé - É a nossa chance, Nestor!
N: Enquanto os japonas estão lutando, Zé Carioca e Nestor aproveitam para saírem de fininho...
Garçom - Iáááá!
* CHUT! SOKI!
N: E bem longe do restaurante...
Nestor - Nem acredito que escapamos!
Zé - É! Mas essa agitação me deu fome!
Onde nós vamos jantar?
FIM
Postado por LUÍS CAMPOS às 15:04
sábado, 3 de outubro de 2009
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kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk........Legal.Eu até q gosto do Zé carioca.Sabemos q os palitinhos se chamam Hashi..São talheres orientais.
ResponderExcluirCurto um pouco da cultura como músicas e desenhos,filmes.^^
Kisu*.*(bjo)
Eu tenho um blogger tbm.Se quiser dar uma olhada:
http://historiascuriosidades-story.blogspot.com/
Puxa..Legal que desenvolveu esse blogger para pessoas com Deficiência Visual.
ResponderExcluirDiversão e cultura é direito de todos.
Eu não sou portadora,mas acho legal querer ajudar as pessoas sem diferenciá-las,pois aos olhos de Deus,todos somos iguais.
Fiquem com Deus.