domingo, 4 de outubro de 2009

Donald e Sobrinhos, em... Uma Árvore de Graça!

Esta é a terceira colaboração que chegou de Portugal e foi um
Trabalho do amigo Carlos Rocha.

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DONALD E SOBRINHOS, EM... UMA ÁRVORE DE GRAÇA!


Nota: Estamos em Plena época de Natal e Donald e seus três sobrinhos pretendem encontrar a tradicional árvore de Natal.

O ambiente é natalício. Muitas pessoas na rua, carregadas de presentes. Junto a um pequeno parque, um vendedor gritava promovendo os seus pinheiros de Natal.

Donald, acompanhado pelos sobrinhos aproximou-se:

Vendedor - Comprem, amigos! Comprem! As mais belas e baratas árvores de Natal!

Donald - Baratas? Dobraram de preço em quinze dias!

Huguinho - Tudo Aumentou, Tio!

N: Donald, olhando seriamente o sobrinho que falou, exclama:

Donald - Sim, menos o meu salário!

Zezinho - E isso é novidade?

N: Donald escolheu de entre as arvores expostas, aquela que lhe parecia mais apropriada...

Donald - Esta é de bom tamanho. Quanto custa?

Vendedor - Cem reais!

N: Donald escolhe uma outra bem mais pequenina...

Donald - Essa é muito grande, rapazes. Levamos antes esta. Quanto custa esta?

Vendedor - Sessenta reais!

N: Donald afasta-se rapidamente do local onde estão as árvores, seguido pelos seus sobrinhos...

Donald (Com ar zangado) - Não vamos ter árvore de Natal este ano!

Luizinho - Como?

Huguinho - E não vai ter sobrinhos também!

Zezinho - Claro! Vamos fugir de casa!

Donald - Façam como quiserem! Mas só teremos uma árvore se for de graça!

Os três sobrinhos, juntos - Seria mais fácil uma galinha latir!

Donald - Querem apostar?

Sobrinhos - Mas, Tio...

N: Donald dirige-se para o seu velho carro descapotável, e dirige-se para uma zona de floresta...

Donald - Venham! Vocês vão aprender o sentido da palavra HABILIDADE! Nós vamos ter uma árvore... e vai ser de graça!

N: Depois de muito andarem, finalmente vêm um jovem pinheiro muito bonito e com o tamanho certo para uma boa árvore de Natal...

Donald - Vejam!

Luizinho - Eu não acredito! Deve ter dono, Tio! Não pode derrubá-la!

Donald - Não posso? Então observem!

N: Donald pegou um machado que, guardava na mala do carro, e com aspecto decidido, prepara-se para derrubar o pinheiro. Mas...

Guarda-florestal - Que é que você está fazendo?

Donald - Que foi?

Guarda-florestal - Não sabe ler, Senhor?

Donald - Claro que sei! Por que pergunta?

N: O guarda aponta para uma pequena placa que estava precisamente por detrás do pinheiro que Donald pretendia derrubar. Na placa estava escrito: "Raro Pinheiro Siberiano"...

Guarda-florestal - Leia aquilo!

Donald (Engolindo em seco) - Glup!

Guarda-florestal - Acontece que este é o único pinheiro que cresce fora da Sibéria. E queremos que continue a crescer!

N: O Guarda-florestal pegou Donald pelo pescoço e, segurando na outra mão o machado, o colocou dentro do carro...

Guarda-florestal - E aguarde a multa pelo correio!

N: Donald, com um ar muito zangado, começou a guiar, enquanto seus sobrinhos gozavam com a situação...

Sobrinhos - Apenas aquela multinha vai ser mais cara do que a árvore!

Donald - Não digam nada!

N: Donald não era pato de desistir. Guiou por muitos quilómetros e acabaram chegando num bosque na periferia da cidade. O bosque era muito denso, cheio de grandes árvores. Donald estacionou o carro e, de machado na mão, seguido pelos sobrinhos, entrou na floresta...

Donald - Vejam! Muitos pinheiros. Não são chineses, holandeses ou africanos! Apenas pinheiros!

Huguinho - Mas eu pressinto que isto é propriedade particular!

Donald - Deixa-te de agoiros! Não vejo nenhuma tabuleta!

Zezinho - Da outra vez você também não viu!

N: Um pequeno pinheiro surgiu entre as grandes árvores do bosque...

Donald - Pronto! Aquela é óptima!

N: Donald, com umas breves machadadas, cortou bem rente ao solo a pequena árvore...

Donald (Com ar vitorioso) - Eh Eh! Que me dizem, rapazes?

N: Donald admirava sua bela árvore. Os sobrinhos, com ar desconfiado, olhavam uns para os outros. Enquanto Donald admirava seu pinheiro, um homem enorme, com aspecto de lenhador, apareceu de repente e gritou:

Lenhador - Aonde pensa que vai com essa árvore?

Donald - Eu... eu... só queria participar na limpeza do bosque!

Lenhador - Muito bem, espertinho... mas eu vou ficar com ela!

Donald (Atemorizado) - Claro! Faça favor!

N: O lenhador, que na verdade era um ladrão, corria para o seu carro, enquanto Donald e sobrinhos não queriam acreditar no que viam...

Ladrão - Adeus, otário! Não és o único ladrão de árvores da zona!

Donald (Furioso) - Grrrr! Não se pode confiar em ninguém!

Sobrinhos - Só visto!

N: Um homem, também muito grande, apareceu correndo, apontando para o pequeno tronco, onde anteriormente estava a árvore. Esse homem era o proprietário do bosque...

Proprietário - Apanhei-o com a mão na massa! Onde está ela?

Donald - Alguém a roubou!

Proprietário (Arregaçando as mangas da camisa ) - Sim, você! Este bosque é meu! Vamos ter uma conversinha, pato!

N: Donald e os sobrinhos fogem correndo. O proprietário corre atrás deles, mas tropeça numa raiz de árvore e cai no chão...

Donald (correndo) - Corram depressa, meninos!

Sobrinhos - Nós avisamos, Tio Donald!

N: Donald e os sobrinhos, entrando no carro, rapidamente fogem do bosque. Alguns quilómetros depois, aproximam-se do Parque Ecológico Nacional. Um alce, em primeiro plano, olha para a cena...

Donald - Ninguém nos vai ver neste local! É muito isolado! Ninguém deve vir para aqui!

Luizinho - Tio Donald, deve estar louco para tentar roubar uma árvore num parque ecológico!

N: Donald parou o carro e munido do seu machado, sempre seguido pelos meninos, avança para o interior do parque...

Donald - Viram? Quilómetros de floresta e ninguém à vista! Lá está! Olhem para aquele lindo pinheiro! Perfeito! Mesmo à espera de ser cortado!

Sobrinhos (Gritando freneticamente) - Tio Donald! Tio Donald!

N: Um helicóptero da Guarda-florestal aproximava-se rapidamente, enquanto Donald, de machado na mão, se preparava para abater a árvore...

Guarda (Gritando) - Calma aí, pato!

Donald - Quac! Já cá não estou!

N: Donald e os sobrinhos correm pela floresta afora, tentando fugir dos guardas...

Guarda - Pare!

Donald (Correndo) - Negativo!

Guarda - Entregue-se!

Donald - Vamos! Depressa! Sou um pato procurado pela polícia!

Huguinho - Ninguém à vista, é?

N: Donald, já no carro com os sobrinhos, vai conduzindo rapidamente, enquanto o helicóptero da Guarda o persegue...

Donald - Querem estragar o Natal de crianças inocentes! Corações de pedra!

Zezinho - Acho que despistamos o helicóptero. Estão a ir embora!

Donald - Sim, mas ainda nos seguiram um bom bocado. Estou quase sem gasolina!

N: No helicóptero da Guarda-florestal...

Primeiro Guarda - Anotaste o número da matrícula do carro do pato?

Segundo Guarda - Claro! Foi difícil, mas consegui!

N: Donald continua a conduzir o carro e, no final da estrada, aparece uma bomba de gasolina...

Donald - Vamos encher o depósito e continuar a busca!

Sobrinhos (Juntos) - Glup!

N: O empregado da gasolineira está atestando o depósito de gasolina do carro do Donald. Este está próximo e os sobrinhos estão retirando chocolates de uma máquina de venda automática...

Empregado - Diga-me o que estão fazendo tão longe de casa, com um frio destes?

Donald - Estamos à procura de uma árvore de Natal!

Empregado - Estão? Mas que coincidência!

Donald - Por quê? Sabe de alguma coisa?

Empregado - A Companhia de Propriedades Terrax está a limpar a Ilha do Pinheiro! Quem lá for recebe uma árvore de Natal de graça!

Donald - Uau! Como é que eu chego lá?

Empregado - Muito simples! Você segue por esta estrada e daqui a uns quarenta quilómetros, vai encontrar um ferry-boat. Atravessa com o carro para a ilha e vai encontrar centenas de pinheiros de Natal!

N: Donald e os meninos estão no ferry-boat. Ao longe vê-se muitos pinheiros e no chão muitos ramos de árvores...

Donald - Vejam, rapazes! Árvores de graça! Eu não vos disse?

Sobrinhos (Juntos) - Só podem ser mesmo de graça! Estão aos bocados!

N: Os meninos tentam encontrar nos ramos dispersos pelo chão, algum que possa servir como árvore de Natal...

Luizinho - Que azar, Tio! São só pequenos ramos partidos!

Donald - Grrrr!

Zezinho - O único trabalho que precisava ter, era comprar uma simples árvore!

Donald - Atrevidos! Ainda gozam, depois do trabalhão que tive hoje?

Huguinho - Só estamos a dizer que era a solução mais fácil!

Donald (Gritando) - Mas eu queria economizar!

N: Donald, juntando pequenos ramos, monta uma coisa parecida com uma árvore de Natal...

Donald - Viram? Acabei de arranjar uma árvore de graça, como eu disse que iria conseguir! Assim fica com o tamanho certo!

Sobrinhos (Juntos, com ar perplexo) - Pois!
Além de não ser verdadeiramente uma árvore, mas sim um aglomerado de ramos, vai ficar seca em dois dias!

N: Donald em casa, olhando para a árvore, já toda enfeitada com motivos natalícios...

Donald - Pronto! Valeu a pena! Não estão contentes com o meu espírito econômico?

N: Nisto aparece o carteiro...

Carteiro - Encomenda especial para o Senhor Donald!

Donald - Devem ser cartões de Natal!

Zezinho - Abra já, Tio! Vamos ver quem nos mandou!

N: Donald abre o pacote e lê...

Donald - Que é isto? Oh, não! Uma multa do Jardim Botânico! Quinhentos Reais! E mais outra da Polícia por roubo de árvore! Outros quinhentos! Quac! Outra multa dos Guarda Florestais! Mais quinhentos!
Mil e quinhentos Reais! Podia ter comprado quinze verdadeiras e belas árvores de Natal!

Huguinho - Exacto! Mas isso não é tudo!

Donald (Com uma expressão de medo) - Não é tudo? Vou pagar mais?

Luizinho - O Tio gastou ainda para além das multas, em gasolina, bilhetes para o barco e lanches, um total de cem reais!

N: Donald sentado na sala, com uma expressão envergonhada, olhando para sua árvore de Natal, muito seca e torta...

Donald - Esta é a árvore de Natal mais cara que eu já comprei!

Huguinho - Sim! E veja o estado dela!

Luizinho - Jure solenemente, Tio Donald!

Zezinho - Seja qual for o preço, vai comprar uma árvore de Natal no ano que vem!

Donald - Bolas!


FIM

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