quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A Espada Era a Lei - Parte VII (Final)


* Ledora: Anair Campos

- Acontece um milagre -


Q1. Está havendo uma pequena comemoração no castelo. Além de Sir Heitor e Kay, vê-se mais algumas pessoas no salão.

Sir Heitor - Brindemos à vitória de meu filho em Londres!

- Viva! Viva!

- Saúde!

- Salve, Kay!

Kay - Sir Kay! Fui sagrado Cavaleiro, não esqueçam!

Sir Heitor - Claro, filho! Brindemos a Sir Kay... e, quem sabe... ao futuro rei de toda a Inglaterra!

- Kay, rei? Tremo só de pensar!

- Cruzes!

N: A cozinheira entra no salão...

Cozinheira - Sir Heitor! Sir Heitor!

Sir Heitor - Hein? Que foi, cozinheira?

Cozinheira - O jovem Hobes, escudeiro de Sir Kay, pegou caxumba! Sua cara está inchada como um sapo!

Sir Heitor - Chiii! Então Sir Kay precisará de outro escudeiro!

N: Nesse momento Verruga entra com uma bandeja na cabeça, na qual se vê um javali assado...

Sir Heitor - Verruga! Será você!

Verruga - S-serei o quê, Senhor?

Sir Heitor - O escudeiro de Sir Kay!

N: Verruga, surpreso, deixa cair a bandeja no chão...

* CRÁS!

Verruga - Oba, Sir Heitor!

Q2. Verruga entra no quarto de Merlin já vestido como escudeiro.

N: Mais tarde Verruga vai ao quarto de Merlin contar a novidade...

Verruga - Merlin! Merlin! Veja! Sou o escudeiro de Sir Kay!

Arquimedes - Hum! Muito bonito, moço! Bonito mesmo!

Merlin - Hein? Humpf! Bonita roupa para um bobo do rei!

Verruga - M-mas essa é a roupa dos escudeiros!

Merlin - E eu pensei que você daria para alguma coisa!
Pensei que você tivesse um pouco de cabeça! Mas não! Você é como todos esses mentecaptos medievais!
Um pateta para servir àquele palerma do Kay!

N: Merlin chuta alguns livros que estão no chão...

* VAP!

Merlin - Meus parabéns, viu?

Verruga - Que quer que eu seja? Não sou ninguém! O Senhor não... não sabe nada do que se passa hoje em dia! O Senhor vive a mil anos daqui! Eu tenho sorte em ser o escudeiro de Sir Kay!

Merlin - Mas que idiotice... você... você... arre!
Raios me levem para as Bermudas!

* CAFUM!

N: Merlin sai voando pela janela...

* VUIIIIIIM!

Verruga - Para onde ele foi?

Arquimedes - Para as Bermudas, creio!

Q3. Verruga e Arquimedes estão olhando pela janela o voo de Merlin.

Verruga - Onde é isso?

Arquimedes - É uma ilha longe daqui, que ainda não foi descoberta!

Verruga - Será que ele voltará?

Arquimedes - Quem sabe? Quem pode saber?

Verruga - Que pena! Pensei que ele ficaria contente e eu esperava que ele fosse a Londres comigo!

N: Verruga vai saindo do quarto quando Arquimedes o chama e ele se volta...

Arquimedes - Verruga! Você me deixaria ir junto?
Nunca assisti a um desses torneios!

Verruga - Oh, seria ótimo se você fosse, Arquimedes!
Eu gostaria, sim!

Arquimedes - Oh, oh! Gostaria mesmo? Ótimo!

Q4. Vê-se algumas pessoas sentadas numa arquibancada, dois cavaleiros vestidos em armaduras e montados em seus cavalos. Trazem uma lança em uma das mãos e um escudo na outra.

N: Já em Londres, o grande torneio chega ao seu momento culminante.Dois cavaleiros se defrontam. Eles esporeiam seus cavalos e partem um em direção ao outro. De repente, as lanças se tocam e ambos caem dos cavalos, provocando o grito da multidão...

* CRÁS! BUM!

Pláteia - Oh! Oh!

Sir Heitor (Sorrindo) - Eh, eh! Eles caíram das selas, Kay! Os dois juntos! Agora é a vez das espadas e é aí que você brilha, filho!

Verruga (Aflito) - Glup! Espadas! Chiii!
Sabe... Sir Kay...

Kay - O que é que você quer, pirralho?

Verruga - E-eu esqueci a sua espada! Deixei-a lá na hospedaria!

Kay - Quê? Ora, seu palerma! Vou torcer seu pescoço!

Verruga - Não, por piedade!

N: Kay parte pra cima de Verruga que se abaixa e, como estava com o elmo de Kay na mão, este aperta o elmo...

Kay - Arrgh!

N: Verruga sai correndo...

Verruga - Vou buscá-la! Num minuto estou de volta!

Kay - Acho bom, senão é melhor nem aparecer aqui!

N:Verruga chega na hospedaria, a encontra fechada e fica batendo na porta...

Verruga - Deixem-me entrar! Por favor, abram!

Arquimedes - Não adianta, rapaz! Foram todos ver o torneio!

Verruga - O que faremos? Kay precisa de uma espada!

Arquimedes - Espere! Veja, rapaz, ali no pátio da igreja!

Verruga (Alegre) - Oh, é uma espada, Arquimedes! Uma espada!

Arquimedes - Está presa numa bigorna! Vai ser difícil tirá-la dali!

Q5. Eles chegam diante da espada que está enfiada na bigorna.

Arquimedes - Veja, rapaz! Ela tem um brilho estranho! É melhor não tocá-la!

Verruga - Mas Kay precisa de uma espada!

N: Verruga puxa a espada que sai fácil da bigorna...

Arquimedes - Vamos, rápido! Vamos sair daqui!

Q6. Verruga chega no local das provas.

N: Minutos depois...

Verruga - Eis a espada, Sir Kay!

Kay - Já era tempo! Ei! Esta não é a minha espada!

Verruga - E-eu sei, mas...

Sir Heitor - Espere aí, Kay!

N: Sir Heitor toma a espada da mão de Kay e lê a inscrição que há nela...

Sir Heitor - "Aquele que tirar esta espada"... é... é a espada que estava presa na pedra!

Kay - A espada da pedra? Não é possível!

Sir Heitor - Mas veja! É, sim!

Alguém da multidão - É a espada encantada! Não há dúvida!

Sir Heitor - Onde você apanhou isto, Verruga?

Verruga - Puxei-a fora de uma bigorna que estava sobre uma pedra no pátio de uma igreja!

Um outro homem - Ah, ah! Hiá, hiá!
Você ouviu essa?

Um segundo homem - Oh, oh!

Um terceiro - Muito engraçado! O pirralho é um jovem Hércules!

Sir Heitor - Você nos está fazendo de idiotas! Diga a verdade, vamos!

Verruga - M-mas é verdade, Sir!

Sir Heitor - Você vai ter que provar!

Kay - Vamos todos até a bigorna! Precisamos ver isso!

N: E então todos vão atrás de Verruga até onde está a pedra e Sir Heitor coloca a espada no lugar...

Sir Heitor - Coloquei-a no lugar! Pois bem, menino! Vamos ver esse milagre agora!

Kay (Sorrindo) - Eh, eh!

Verruga - Sim, Senhor!

Kay - Um momento! Qualquer um pode tirá-la agora, uma vez que já foi arrancada!

Sir Heitor - Você tem razão, filho! Puxe-a! Use toda a sua força!

N: Kay tenta mas não consegue...

Kay (Fazendo muita força) - Ugh! Ugh!

N: Sir Heitor sobe na pedra para ajudar Kay...

Sir Heitor - Use os ombros também, Kay!

Alguém da pláteia - Alto lá! Isso não é justo... dois de uma vez!

Um velho - Deixem o menino tentar, vamos!

Uma mulher - Exato! Dêem uma chance ao menino!

O velho - Vá, filho!

Arquimedes - Puxe com todo coração, rapaz! Pode não ser uma questão de músculo!

N: Verruga consegue tirar a espada com facilidade...

O velho - Ele conseguiu!

Sir Heitor - E com uma só mão!

A mulher - É um milagre!

Alguém da multidão - Esse menino é o nosso rei!

* CAFUM!

Merlin - Arquimedes! Por que todo esse barulho?

Arquimedes - Merlin! Você voltou das Bermudas!

Merlin - Tive um pressentimento de que Verruga ia fazer algo!

Arquimedes - Se fez! Ele tirou a espada da bigorna e agora é rei!

Merlin - Arthur! Rei Arthur! Eu devia ter adivinhado, no dia em que ele apareceu para o chá!

N: O milagre longamente esperado acontecera e Arthur foi coroado rei...

A multidão - Viva o Rei Arthur! Viva o Rei Arthur!

O velho - Deus abençoe o Rei!

Q7. Arthur coroado no trono.

Arthur - Mas eu não sei como governar um País, Merlin!

Merlin - Não se preocupe, rapaz! Você será um grande rei!
Além disso, eu serei o seu conselheiro!

Arquimedes - Chiii! Então ele terá que ser um grande rei!

Merlin - Posso ver tudo agora! O Rei Arthur e os seus Cavaleiros da Távola Redonda!

Arthur - Távola Redonda?

Merlin - O você preferiria uma mesa quadrada?

Arthur - Oh, redonda está bem!

Merlin - Ah, meu rapaz, você se tornará uma lenda!
Daqui a muitos séculos escreverão livros sobre você!
Poderão até fazer uma fita de cinema sobre sua vida!

Arthur - Fita de cinema?

Merlin - Sim! É uma espécie de televisão sem anúncios!

N: E assim, o Rei Arthur cumpriu a profecia do Mago Merlin!
Seus Cavaleiros da Távola Redonda tornaram-se uma parte gloriosa da história da Inglaterra que para sempre será lembrada!


FIM

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