tag:blogger.com,1999:blog-90524280545469308742024-03-13T07:23:19.710-03:00HQ PARA DV LERNeste Blog você lerá Histórias em Quadrinhos digitalizadas para que o cego tenha acesso a este meio de expressão e entretenimento. Para realizar este trabalho, conto com a ajuda de pessoas que enxergam e
lêem as historinhas enquanto eu digito. Aqui o DV (Deficiente Visual), poderá ler gibis infantis e adultos. Para entender como as transcrições das HQs são feitas, leia a "Apresentação". Divirta-se!
Luís Campos (Blind Joker)LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.comBlogger46125tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-15717641287427919972012-08-26T22:54:00.000-03:002012-08-26T22:53:29.206-03:00Mais 27 historinhas estão chegandoMais 27 historinhas estão em fase de revisão e logo estarão no Blog.
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<br>Vem aí um projeto para a digitação de mais de 1000 historinhas em
<br>quadrinhos.
<br>Aguardem só mais um pouquinho.
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<br>Abraços e beijos.LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-77594188676999720312009-10-12T18:55:00.000-03:002009-10-12T18:56:24.930-03:00Mickey, em... O Monstro da Neve!* Ledora: Carolina Stefane L. de Santana<br /><br /><br />Q1. Mickey e Minie estão passeando numa floresta.<br /><br />Mickey - Passear no bosque sem neve não me agrada!<br /><br />Minie - E daí? Olha! Achei uma velha trilha! Vamos segui-la!<br /><br />Mickey - Eu adoro neve e detesto esperar por ela! Gostaria<br />que nevasse o tempo todo!<br /><br />Minie - Cuidado , Mickey! Seu desejo pode ser atendido!<br /><br />Mickey - E não seria legal?<br /><br />Q2. Mickey e Minie avistam uma cabana.<br /><br />Minie - Uma velha cabana no mato?!<br /><br />Mickey - Está coberta de gelo! Vamos dar uma espiada?<br />Originalmente Patópolis ficava por aqui! A cabana deve ser<br />dessa época... é muito velha!<br /><br />Q3. Mickey e Minie entram na cabana.<br /><br />Minie - Veja! Um diário!<br /><br />Mickey - Vou dar uma olhada nesta caixa! Ei! O trinco se<br />abriu!<br /><br />Minie - Devia ter esperado pra abrir até saber o que é...<br /><br />* VUCH!<br /><br />Mickey - Tá vazia... Mas saiu um ar gelado dela!<br /><br />Minie - Uma caixa com vento?<br /><br />* CHLUUP!<br /><br />Mickey - Iuhuu! Está nevando,Minie! Venha ver!<br /><br />Minie - O que você fez?<br /><br />Mickey - Meu desejo foi atendido!<br /><br />Minie - Mickey... é horrível!<br /><br />Mickey - O quê?<br /><br />Minie - O diário fala do Monstro da Neve! Aonde ele vai neva<br />pra sempre... e estava trancado nessa caixa!<br /><br />Mickey - Qualé,Minie?! Um monstro caber numa caixinha? Ah ah<br />ah!<br /><br />Q4. Minie está olhando através da janela.<br /><br />Minie - Sei lá , mas lá fora a neve cai sem parar!<br /><br />Mickey - Desde quando nevascas indicam monstros?<br /><br />N: De repente uma ventania...<br /><br />* VRUUUMMM!<br /><br />Mickey - Ei!<br /><br />Minie - O que está sacudindo a cabana?<br /><br />Q5. A cabana é levantada por um monstro.<br /><br />Minie - Caramba!<br /><br />Monstro - Iaargh!<br /><br />Mickey - A culpa é minha! Tenho que pará-lo!<br /><br />Monstro - Iaargh! Iaargh!<br /><br />Mickey - Talvez a gente descubra como pôr o monstro na<br />caixa...<br /><br />Minie - Veja! Uma fórmula mágica!<br /><br />N: Mickey pega o diário e lê...<br /><br />Mickey - Escute isso seu monstro! Incatum dictum<br />librarium... droga! É latim!<br /><br />N: O monstro acerta Mickey com uma bola de neve e este cai<br />ao chão...<br /><br />* VUUICH!<br /><br />Minie - Você está bem?<br /><br />Mickey - Temos que achar alguém que saiba latim... e<br />depressa! O monstro tá indo pra Patópolis!<br /><br />Minie - A Clarabela estudou latim no colégio!<br /><br />Mickey - Depressa! Não pára de nevar!<br /><br />Q6. Mickey e Minie saem da cabana e estão andando na neve.<br /><br />Mickey - Nunca vi tanta neve !<br /><br />Minie - E o diário disse que vai nevar pra sempre! Será que<br />já andamos muito?<br /><br />Mickey - Só alguns metros! É incrível!<br /><br />Minie - O vento segura a gente! E a neve também!<br /><br />Q7 Mickey e Minie retornam à cabana.<br /><br />Mickey - O vento pode mudar a qualquer momento! Tire o<br />cachecol,Minie!<br /><br />Minie - Pra quê?<br /><br />Mickey - Vamos fazer um trenó à vela! A lona da cama vai<br />servir!<br /><br />Minie - Falou!<br /><br />Q8. Mickey e Minie saem da cabana e estão no trenó.<br /><br />Mickey - Agora melhorou muito ! Segure firme!<br /><br />Minie - É claro! Que mais posso fazer?<br /><br />Q9. Mickey e Minie chegam à Patópolis.<br /><br />N: E o caos assola a cidade...<br /><br />Mickey - Tudo congelado ! Até o limpa-neve não sai do lugar!<br /><br />Minie - Só nós nos movemos!<br /><br />Mickey - Nós e o Monstro da Neve!<br /><br />Minie - A neve e o vento formaram um monstro! Socorro!<br /><br />Monstro - Iaargh!<br /><br />Mickey e Minie - Glup!<br /><br />Q10. O monstro está levantando um carro.<br /><br />N: O monstro arremessa um carro sob Mickey e Minie...<br /><br />* PLUUUCH! CRASSS!<br /><br />Mickey - Foi por um triz!<br /><br /> Minie - Por sorte ele não está atrás de nós !<br /><br />Mickey - Quem pode atirar carros não liga pra gente!<br /><br />Q11. Mickey e Minie estão diante de um monte de neve.<br /><br />N: Em fim na porta de Clarabela...<br /><br />Mickey - O endereço da Clarabela é este! Mas cadê a casa?<br /><br />Minie - Está toda enterrada na neve!<br /><br />Mickey - Temos que salvar a cidade antes que o monstro a<br />destrua!<br /><br />Q12. Mickey e Minie diante de Clarabela.<br /><br />N: Mickey consegue abrir um caminho na neve até a porta da<br />casa...<br /><br />Clarabela - Puxa ! Deviam ter telefonado! O aquecimento<br />pifou! Está muito frio aqui!<br /><br />Q13. Mickey, Minie e Clarabela estão dentro de casa,<br />sentados num sofá.<br /><br /> N: Após as explicações...<br /><br />Clarabela - Quer que eu traduza isto? Não é uma boa poesia!<br />Vocês não preferem uma das minhas?<br /><br />Mickey - Traduza logo!<br /><br />Clarabela - Calminha ! O diário diz pra abrir a caixa na<br />direção da cara do monstro pra magia funcionar!<br /><br />Mickey - Como vou chegar perto da cara dele?<br /><br />Clarabela - Não pergunte pra mim! você soltou o monstro ...<br />vire-se! Humm... Como chegar á cara dele? Acho que eu já<br />sei!<br /><br />N: Clarabela abre um armário...<br /><br />Clarabela - O Horácio deixou o planador aqui quando enjoou<br />dele! Talvez você possa chegar à cara dele com isto! Mas, se<br />você ou o monstro quebrá-lo, não serei eu que vou contar ao<br />Horácio!<br /><br />Q14. Mickey está numa asa-delta, pronto para decolar de um<br />morro.<br /><br />Minie - Mickey , isso é uma loucura ! Cuidado!<br /><br />Mickey - Por acaso tem um plano melhor?<br /><br />Q15. Mickey está sobrevoando Patópolis.<br /><br />Mickey - só espero que a Minie tenha se enganado! Puxa! A<br />neve quase cobriu toda a cidade ! Onde eu estava com a<br />cabeça em desejar que nevasse o tempo todo?<br /><br />Q16. Mickey avista o monstro.<br /><br />Mickey - Lá está ele ! Cada vez mais nervoso!<br /><br />Monstro - Iaargh!<br /><br />Q17. Mickey está diante do monstro.<br /><br />Mickey - É agora ou nunca! "Neve, neve vá embora, e volte<br />outra hora"! De fato a poesia não é boa!<br /><br />Q18. Mickey voa em volta do monstro.<br /><br />Mickey - O monstro também não gostou! Está cada vez maior! E<br />estou indo direto contra ele!<br /><br />Q19. Mickey está diante do rosto do monstro.<br /><br />N: Mickey abre a caixa, joga a poção na cara do monstro e<br />diz as palavras mágicas...<br /><br />* VRRUUUCH!<br /><br />Monstro - Iaarg!<br /><br />N: O monstro e a neve somem de Patópolis. Mickey, ainda<br />sobrevoando a cidade, está confuso...<br /><br />Mickey - De repente, tudo ficou quieto! Ele me engoliu?<br />Estou morto? Não, estou vivinho! E tudo voltou ao normal!<br /><br />Q20. Mickey, Minie e Clarabela, na casa desta, sentados no<br />sofá.<br /><br />Clarabela - ... E o estrago que ele fez também desapareceu!<br />Já imaginou o prejuízo, gente?<br /><br />Minie - Mickey, nunca mais tenha desejos sem pensar!<br /><br />Mickey - Da próxima vez que estiver no bosque e achar uma<br />cabana... vou desejar férias no Havaí!<br /><br /><br /> FIMLUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-49568201364206273482009-10-12T18:53:00.000-03:002009-10-12T18:55:02.228-03:00Magali, Mingau e Dudu, em... Chantecler X Dudu!* Ledora: Laís Silva<br /><br /><br />Q1. Dudu segurando um gato e Magali trocando a areia onde o<br />gato faz cocô.<br /><br />N: Domingo...<br /><br />Magali - Prontinho, Dudu! Está tudo aqui! A caixa de<br />areia... o pote de água e o de comida... estou deixando<br />também um saco de ração e um de areia para gatos, tá? Tem<br />mais uma coisa... às vezes, ele fica um pouco estressado...<br />Dudu! Você está prestando atenção?!<br /><br />Dudu - Caixa de areia! Pote de água! Pote de comida! Saco de<br />ração e de areia! Às vezes, ele fica estressado e blá blá<br />blá!<br /><br />Q2. Magali e Dudu estão em pé.<br /><br />Magali - Blá blá blá uma pinóia! Quando ele fica estressado,<br />você tem que usar isto!<br /><br />Dudu - O que é isso?<br /><br />Magali - É um postezinho que os gatos usam para se acalmar!<br /><br />Q3. Magali aponta uma bola pro gato e este corre pra pegar a<br />bola. Dudu só observa.<br /><br />Magali - Ah! E tem a bolinha de borracha! Ele adora brincar<br />com ela!<br /><br />Q4. Dudu com o gato no colo. Magali observa.<br /><br />Magali - Bom... eu acho que isso é tudo! Já vou indo!<br /><br />Q5. Magali está saindo e chega o pai de Dudu chupando um<br />picolé. Dudu continua com o gato no colo.<br /><br />Magali - Tchauzinho, Mingau! A mamãe vai viajar e volta<br />daqui a uma semana, tá?<br /><br />N: O pai de Dudu oferece o picolé ao gato...<br /><br />Dudu - Pode ficar tranqüila, Magali! Eu vou cuidar<br />direitinho dele!<br /><br />Magali - Opa! Eu quase ia esquecendo uma coisa!<br /><br />Q6. Dudu vai correndo e pára junto a Magali.<br /><br />Dudu - O quê?<br /><br />Magali - Isto! O spray educador de animais!<br /><br />Dudu (Surpreso) - Uau! Então é por isso que os animais não<br />precisam ir à escola?! Eles recebem aula em spray?!<br /><br />Q7. Dudu prova o spray.<br /><br />Dudu - Puxa! Bem que podia ter um spray educador de Dudus<br />e...<br /><br />N: Magali toma o spray da mão do Dudu...<br /><br />Magali - Não, criatura! Não é pra isso que o spray serve!<br /><br />Q8. O pai de Dudu, com uma bola, brinca com o gato. Dudu<br />está ao lado de Magali mas olhando pro seu pai. Magali<br />segura o spray.<br /><br />Magali - É assim... se você não quiser que ele mexa em<br />alguma coisa, é só dar uma borrifada disto no lugar e...<br /><br />N: Dudu sorri e Magali fecha a cara...<br /><br />Magali - Bom, eu estou falando com as paredes aqui! Acho que<br />vocês se viram! Fui!<br /><br />N: Magali sai. Na sala ficam Dudu, seu pai e Mingau...<br /><br />* BLAM<br /><br />N: O pai, Dudu e o gato ficam surpresos por Magali haver<br />batido a porta.<br /><br />Q10. O gato corre atrás de Magali e Dudu e seu pai olham<br />surpresos.<br /><br />Mingau (Pensando) - Magali! Você me esqueceu aqui! Magali!<br />Miau!<br /><br />N: Dudu corre pra pegar Mingau...<br /><br />Dudu - Calma, bichano! Não precisa ficar com medo, não!<br /><br />N: Dudu está com Mingau no colo...<br /><br />Dudu - O Duduzão aqui vai cuidar direitinho de você, nesta<br />semana inteira!<br /><br />Q11. Dudu com a língua pra fora, fazendo careta.<br /><br />Mingau (Pensando) - Quê?! Uma semana inteira agüentando seu<br />bafo de cereais com leite?! Tô fora!<br /><br />Q12. Dudu correndo atrás de Mingau, observado por seu pai.<br /><br />Mingau (Pensando) - Eu vou puxar o carro, agora mesmo! Miau!<br />(Pensando) - Magali!<br /><br />Q13. Dudu, seu pai e Mingau riscando a porta com as unhas.<br /><br />Pai - Hi hi hi! Que bonitinho! Olha só, Dudu...<br /><br />N: Mingau olha pra ele admirado...<br /><br />Q14. O pai, Dudu e Mingau com cara de espanto...<br /><br />Pai - Ele perdeu a noção de "dentro e fora"! Agora acha que<br />é "lá fora" e que a casa da Magali está do outro lado da<br />porta!<br /><br />Dudu - Que meigo!<br /><br />Mingau (Pensando) - Vixe! O negócio aqui é pior do que eu<br />pensei! Tenho que dar o fora bem rapidinho!<br /><br />Q15. Mingau olha pela janela e vê um carro lá fora. Dudu e o<br />pai tentam pegar o gato.<br /><br />Mingau (Pensando) - Não! O carro do pai da Magali já foi<br />embora! Ela me esqueceu aqui, mesmo!<br /><br />Q16. Mingau sobre o sofá. Dudu e seu pai riem do gato.<br /><br />Mingau (Pensando) - Vocês viram?! E-ela me esqueceu aqui<br />e... e...<br /><br />Q17. Mingau no sofá, com cara de triste. Dudu e seu pai<br />ainda sorriem.<br /><br />Mingau (Pensando) - Er... ela não me esqueceu coisa nenhuma!<br />Não é?<br /><br />Q18. Mingau está em sua caminha deitado.<br /><br />N: Segunda-feira...<br /><br />Mingau (Pensando) - Rejeitado! Chutado! Abandonado e<br />escorraçado por minha própria dona! Eu não posso acreditar!<br />E o pior é que ela me largou aqui, na casa do peste do Dudu!<br />O que mais falta acontecer? O que mais falta acontecer?<br /><br />Q19. Dudu trazendo comida pro Mingau que continua deitado.<br /><br />Dudu - Chantecler! Chanteclerzinho! Hora da comida!<br />Chantecler! Chantecler! Chantecler! Você sabia que o seu<br />novo nome é Chantecler? Super, não é?<br /><br />Q20. Dudu sai deixando o prato de comida ao lado de Mingau.<br /><br />Dudu - Eu já estava cansado de chamar você de Mingau! É<br />Mingau "pra cá", Mingau "pra lá"! Onde já se viu batizar um<br />gato com nome de comida? Eca!<br /><br />Q21. Mingau deitado e com cara de bravo.<br /><br />Q22. Mingau se levanta e vai comer.<br /><br />Mingau (Pensando) - Era só o que me faltava! No dia em que<br />eu tiver o meu próprio gibi ele vai ver...<br /><br />Q23. Dudu com cara de enojado e Mingau comendo.<br /><br />Mingau (Pensando) - Pitu! Que porcaria é essa?!<br /><br />N: Mingau faz cara de nojo...<br /><br />Dudu - Ahá! Surpresa! Eu troquei sua ração por um punhado de<br />"Porcaritos, sabor jiló"! Superengraçado, não é?<br /><br />N: Mingau olha pra Dudu com cara de bravo...<br /><br />Dudu - Rê rê rê... rê...<br /><br />Q24. Mingau pula sobre Dudu e o arranha.<br /><br />Dudu - Aaaaaah!<br /><br />Q25. Mingau sai correndo e Dudu está caído no chão.<br /><br />Dudu - Gato sem graça! Eu devia trocar você por um peixe ou<br />uma samambaia!<br /><br />Q26. Dudu coloca a cama de Mingau do lado de fora da casa.<br /><br />N: À noite...<br /><br />Dudu - Só porque foi malvado comigo, hoje, vou deixar você<br />dormir aqui fora!<br /><br />Q27. Dudu abre a porta para entrar em casa e reclama com<br />Mingau.<br /><br />Dudu - Espero que isso faça você refletir sobre sua atitude<br />e comportamento! (Fechando a porta) - Boa noite, Chantecler!<br /><br />Q28. Dudu está dormindo.<br /><br />N: Terça-feira...<br /><br />Dudu (Roncando) - Zzzzzzzzzzz!<br /><br />N: Dudu acorda com alguma coisa sob a coberta...<br /><br />Dudu - Ah ah! Um alíen! Eu tenho um alien dentro da minha<br />barriga! Mas eu nunca comi nada pra alimentar um bicho desse<br />tamanho! Como foi que ele cresceu tanto? E...<br /><br />N: Dudu fica surpreso ao ver Mingau sob sua coberta...<br /><br />Mingau - Miinhau!<br /><br />Dudu (Abraçando Mingau) - Gatinho! Era você o tempo todo?!<br /><br />Mingau - Miau!<br /><br />Dudu - Rê rê rê! Que susto você me deu!<br /><br />Mingau - Miau!<br /><br />Q29. Dudu e Mingau saem do quarto.<br /><br />Dudu - Ei! Você não estava lá fora! Como foi que entrou aqui<br />em casa?<br /><br />Mingau (Pensando) - Simples... pela janela da sala, ora!<br /><br />Q30. Dudu e Mingau chegam na sala. A sala está uma bagunça.<br />Tem cadeira virada, jarro no chão, sofá desforrado.<br /><br />Dudu (Gritando assustado) - Aaaaahh! Você vai ver só! A<br />mamãe vai comê-lo vivo, quando ela vir isso!<br /><br />Q31. A mãe do Dudu chega na porta da sala.<br /><br />Mãe - Dudu, que gritaria é essa?<br /><br />Dudu - Ahá! Aí está ela! Agora você vai ver!<br /><br />N: A mãe do Dudu vê a bagunça que está a sala e...<br /><br />Mãe (Assustada) - Aaah! Meu Deus! O que você aprontou desta<br />vez?<br /><br />Dudu (Surpreso) - Eu? Ma-mas foi o gato, mamãe! Foi ele que<br />veio aqui à noite e...<br /><br />Mãe - Dudu! O gato está preso do lado de fora, esqueceu?<br /><br />Q32 Dudu e a mãe saem pra varanda. Mingau está deitado, como<br />se estivesse dormindo, mas com um sorriso na cara.<br /><br />Dudu - Não, Mamãe! Olha! Ele acordou e até dormiu na minha<br />cama, aí...<br /><br />Mingau (Pensando) - Quê? Já é de manhã e ninguém me acordou?<br /><br />Q33. Dudu está com a vassoura na mão, varrendo a sala.<br /><br />N: Mingau está no colo da mãe do Dudu, enquanto este varre e<br />arruma a sala...<br /><br />Dudu - Você me paga, seu gato de uma figa!<br /><br />Mingau (Pensando) - Rê rê rê! Tomou, papudo?<br /><br />Q34. Dudu leva Mingau pra varanda.<br /><br />N: À noite...<br /><br />Dudu - Esta noite, você vai dormir aqui fora de novo! E<br />desta vez eu vou fechar a janela da sala! Vamos ver quem é<br />mais esperto? Os seres humanos ou os chantecleres?<br /><br />Q35. Dudu entra em casa e Mingau está deitado em sua cama.<br /><br />Mingau (Pensando) - É isso aí! Vamos ver...<br /><br />Q36. Dudu deitado na cama com os olhos arregalados.<br /><br />N: Quarta-feira...<br /><br />Dudu (Assustado) - Aaah! Uma baratona na minha cara!<br /><br />N: Dudu pega uma raquete de tênis e bate no Mingau.Mingau<br />fica vendo estrelinhas...<br /><br />Mingau - Miauh!<br /><br />Q37. Dudu sai da cama e ajoelhado, fala com Mingau.<br /><br />Dudu - Hê hê hê, gatinho? É você? E eu confundi os seus<br />bigodes com antenas de baratas!<br /><br />Mingau - Miau!<br /><br />Dudu - Que bonitinho! Você veio dormir comigo de novo?<br /><br />Mingau - Miau!<br /><br />Dudu - Credo! Que fedor! O que você andou comendo?<br /><br />N: Dudu e Mingau saem do quarto...<br /><br />Mingau (Pensando) - Deixa ver... fora aqueles restos de<br />peixe e aquela coisa estranha e marrom que estava no lixo da<br />cozinha? Eu acho que nada!<br /><br />Dudu - E por falar nisso, como você entrou desta vez?<br /><br />Q38 Dudu e Mingau estão na cozinha.<br /><br />Mingau (Pensando) - Pela janela da cozinha!<br /><br />Q39. A mãe de Dudu está na porta da cozinha com uma vassoura<br />na mão e Dudu dá um tapa em seu próprio rosto.<br /><br />N: Dudu acaba varrendo e arrumando a cozinha...<br /><br />Dudu (Irritado) - Grrr!<br /><br />Mingau (Pensando) - Uma zero pros chantecleres!<br /><br />Q40. Mingau está dormindo e Dudu chega na varanda.<br /><br />N: Quinta-feira...<br /><br />Dudu - Olá, gatinho!<br /><br />N: Mingau se assusta...<br /><br />Dudu - Pra mostrar que eu não guardo rancor, vim aqui fazer<br />as pazes com você! E aí? Amigos?<br /><br />Mingau (Pensando) - Se você acha que eu não sou esperto o<br />bastante para sacar que isso tudo é uma armadilha e...<br /><br />Q41. Dudu está com uma bolinha na mão.<br /><br />Dudu - Que tal brincar com a sua bola?<br /><br />Mingau (Pensando) - Ok! Vamos lá! Eu também não tenho que<br />ser esperto vinte e quatro horas por dia, não é mesmo?<br /><br />N: Dudu joga a bola pela janela...<br /><br />Dudu - Vá pegar, gatinho!<br /><br />Mingau (Pensando) - Ah! Babinha, baby...<br /><br />N: Mingau cai da janela...<br /><br />* SPLESH<br /><br />Mingau - Miau! Miau!<br /><br />Q42. Dudu na janela e Mingau dentro duma bacia com água.<br /><br />Dudu (Sorrindo) - Ah! Um a um pros seres humanos! Er... que<br />cara é essa, Chan? Não aceita brincadeira, não?<br /><br />N: Mingau, furioso, corre atrás de Dudu...<br /><br />Dudu (Gritando) - Aaahh! Gato maluco! Socorro!<br /><br />Q43. Dudu está sentado na cama.<br /><br />N: Sexta-feira...<br /><br />Dudu (Espreguiçando-se) - Aaaaahh!<br /><br />Q44. Dudu olhando Mingau brincar.<br /><br />N: Sábado...<br /><br />Dudu - Gato maluco!<br /><br />Q45. Mingau correndo atrás de Dudu.<br /><br />N: Domingo...<br /><br />Dudu - Socorro!<br /><br />N: Dudu está encurralado por Mingau...<br /><br />Mingau (Pensando) - Grrr!<br /><br />Dudu (Cansado) - Puf! Puf!<br /><br />N: Dudu corre atrás de Mingau com um spray na mão...<br /><br />Dudu - Ahá! Por essa você não esperava! Hoje eu vim<br />preparado, bestão! Esse é o fabuloso spray educador de<br />animais! A solução definitiva contra os chantecleres! Com<br />apenas um borrifo deste troço, você não vai nem conseguir<br />chegar perto de mim! Quer ver?<br /><br />* Pifff<br /><br />N: Sem querer, Dudu se borrifa e sai correndo com a mão no<br />rosto...<br /><br />Dudu - Aaah! Meus olhos! Estão pegando fogo!<br /><br />Q46. Dudu está ajoelhado e Mingau sai rindo.<br /><br />Dudu - Buááá!<br /><br />Mingau (Pensando) - Ai ai! Spray educador nos olhos dos<br />outros pra mim é refresco!<br /><br />Q47. O pai de Dudu lendo um jornal e escuta batidas na<br />porta.<br /><br />* TOC TOC<br /><br />N: O pai de Dudu se levanta e vai abrir a porta...<br /><br />Q48. Magali empurra a porta que bate no rosto do pai de<br />Dudu.<br /><br />* BRAM<br /><br />Magali (Chamando) - Mingau!<br /><br />Mingau - Miah!<br /><br />Magali - Eu voltei! Eu voltei! Que saudade! Eu não via a<br />hora de abraçar você de novo e...<br /><br />Q49 - Magali carregando Mingau e Dudu está ajoelhado.<br /><br />Magali - Espera aí! Por que você está com este macacãozinho<br />de lã neste calor? Quem vestiu isto em você?<br /><br />N: Mingau aponta Dudu...<br /><br />Magali (Gritando) - Dudu! Eu não acredito! Você estava<br />maltratando o Mingau?! O que você tem na cabeça?!<br /><br />Q50. Dudu está ajoelhado. Magali aponta para Mingau. Mingau,<br />com cara de anjo, tem uma auréola sobre a cabeça.<br /><br />Magali - Você se aproveitou dele só porque ele é um bichinho<br />frágil e inocente que não faz mal a uma mosca!<br /><br />Q51. Dudu furioso. Magali abre os braços. Mingau dá língua<br />pra Dudu.<br /><br />Magali - Um bichinho tão carinhoso que me acorda todo dia<br />com os seus bigodinhos macios e sedosos! Como quem diz:<br />"Bom-dia flor do dia! O sol lá fora brilha por você"!<br /><br />N: Dudu se ajoelha e Mingau faz cara de náusea...<br /><br />Magali - Estou muito decepcionada com você! Ele é a coisa<br />mais preciosa que eu tenho... depois, é claro, das quatro<br />jacas que eu trouxe da viagem...<br /><br />N: Dudu continua ajoelhado. Magali sai com Mingau nos braços<br />e Mingau sorri com ironia pra Dudu...<br /><br />Magali - E é assim que você o trata? Estou de mal com você,<br />Dudu! Vamos pra casa, Mingau!<br /><br />N: Dudu ainda ajoelhado. Magali sai e bate a porta...<br /><br />* BRAM<br /><br />Dudu (Pensando) - Grrr!<br /><br />Q52. Magali está deitada na cama e tem uma barata sobre seu<br />rosto.<br /><br />N: Segunda-feira...<br /><br />Magali - Hâ? Oi, Mingau! Bom dia pra você também! Dormiu<br />bem?<br /><br />Q53. Mingau está amarrado no poste de acalmar gatos. Magali<br />percebe a barata sobre sua cama.<br /><br />Magali - Aaahhh!<br /><br />Mingau - Miah! Miah! Miah!<br /><br />Q54. Magali dentro do quarto vê Dudu com um frasco cheio de<br />baratas, lá fora.<br /><br />Magali (Gritando) - Aaahhh!<br /><br />Dudu - Ah! A justiça tarda, mas não falha! E se ela demorar<br />demais, eu estou aqui pra dar um empurrãozinho!<br /><br /><br /> FIMLUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-15921448997992763962009-10-12T18:51:00.000-03:002009-10-12T18:53:11.607-03:00Mônica, em... Seu Juca de Novo no Parque!* Ledora: Rosana Lúcia B. Andrade<br /><br /><br />Q1. Seu Juca está em casa, sentado na poltrona vendo<br />televisão.<br /><br />Seu Juca (Sorrindo) - Aahh! Tranqüilidade do lar! Bermudão,<br />uma aguinha de coco gelada e um jogão na TV!<br />(Espreguiçando-se e esticando a perna) - Upa-lá-lá!<br /><br />* Som da TV: "Comeeeça o jogo"!<br /><br />* DING DONG<br /><br />Seu Juca (Chateado) - Logo agora? (Levantando-se pra abrir a<br />porta) - Mas quem poderia ser num domingão de sol?<br /><br />N: Seu Juca vê, em sua imaginação, a turma da Mônica<br />gritando...<br /><br />- Seu Jucaaa!<br /><br />Q2. Seu Juca, ringindo os dentes e piscando o olho.<br /><br />* PISC (Tique nervoso do Seu Juca)<br /><br />Seu Juca - Não! Não pode ser!<br /><br />N: Seu Juca imagina ver um alienígena com uma pistola na<br />mão...<br /><br />Seu Juca - E se... tomara que sejam alienígenas!<br /><br />Q3. Seu Juca e sua irmã.<br /><br />Seu Juca (Abrindo a porta) - Mana?<br /><br />Mana - Oi, Juquinha! Posso entrar?<br /><br />Seu Juca - Claro!<br /><br />Mana - Você se mudou, né?<br /><br />Seu Juca - É! Tive alguns problemas... e resolvi morar num<br />lugar mais tranqüilo!<br /><br />Mana (Sentada num banquinho) - É... eu percebi!<br /><br />Seu Juca - E aí? Quais as novas?<br /><br />Mana - Sabe o que é? Como você é personagem do Maurício...<br /><br />Seu Juca - Ah, não! Lá vem pedir favor! Eu não conheço<br />ninguém lá dentro... um roteirista ou dois...<br /><br />Mana (Levantando-se) - Não é nada disso!<br /><br />Seu Juca - Desembucha! Quer pipoca?<br /><br />Mana - Você sabe que sou professora...<br /><br />Seu Juca - Humm... humm...<br /><br />Mana - Estou precisando de um motorista para uma excursão!<br /><br />Seu Juca - Humm... humm...<br /><br />Mana - Você poderia levá-los?<br /><br />Seu Juca - Claro! Onde é?<br /><br />Mana - No Parque da Mônica!<br /><br />Seu Juca (Engasgando-se com a pipoca) - Aaahhh! (Levanta-se<br />da poltrona) - Não! Tudo, menos isso! Aqueles pestes, não...<br /><br />Mana - Ei! Não fala assim da minha classe! Eles são uns<br />anjinhos!<br /><br />Seu Juca - Eu tô falando é da Turma da Mônica! Você não lê<br />gibi, não? Eu sempre fico maluco no final...<br /><br />Mana - Calma... eu só tô pedindo pra você, mano, porque você<br />conhece a turma e meus alunos iriam ficar tão contentes!<br /><br />Seu Juca (Cruzando os braços) - Tá bem!<br /><br />Mana - Obrigada, mano! Pode deixar que meus anjinhos não vão<br />te incomodar!<br /><br />Q4. Vê-se alguns carros em movimento e entre estes um ônibus<br />escolar.<br /><br />N: Logo... dentro do ônibus escolar...<br /><br />Mana - Vamos ao Parque da Mônica!<br /><br />Seu Juca - Vamos ao Parque da Mônica!<br /><br />Coro das crianças (Gritando) - Vamos ao Parque da Mônicaaa!<br /><br />Seu Juca (Gritando) - Cheeeeega!<br /><br />Q5. Eles chegam ao parque.<br /><br />- Mônica!<br /><br />Seu Juca (Irritado) - Se alguém disser "Mônica" de novo,<br />eu...<br /><br />Q6. Mônica aparece na porta do parwue, abre os braços e dá<br />um adeusinho pra eles.<br /><br />N: As crianças correm para onde ela está e na correria<br />derrubam Seu Juca...<br /><br />Coro das crianças - Êêêêêêê!<br /><br />Q7. Seu Juca está sentado no chão.<br /><br />Seu Juca (Caído, vendo estrelinhas) - Começou bem...<br /><br />- Posso ajudá-lo?<br /><br />Seu Juca - Obrigado, meu rapaz... aaahhh! Cascão!<br /><br />Q8. Seu Juca levanta-se e sai correndo.<br /><br />Cascão - Seu Juca?<br /><br />Seu Juca (Correndo apavorado) - Afaste-se de mim!<br /><br />Cascão - Seu Juca, cuidado... com o escorregador de<br />rolinhos!<br /><br />Q9. Seu Juca desce o escorregador sentado, aos trancos, e<br />cai vendo estrelinhas. Cascão vem correndo e desce atrás<br />dele.<br /><br />* TUNC TUNC TUNC TUNC<br /><br />* POF<br /><br />N: Cascão cai por cima do Seu Juca...<br /><br />Q10. Cascão e Seu Juca caídos.<br /><br />Cascão - Você se machucou, Seu Juca?<br /><br />Seu Juca - Claro!<br /><br />Cascão - Também, quem mandou descer da maneira errada no<br />escorregador de rolinhos!<br /><br />* PISC (Tique nervoso do Seu Juca)<br /><br />Seu Juca (Levanta-se e sai correndo) - Aaahhh!<br /><br />Q11. Seu Juca vinha correndo e pára de repente.<br /><br />Seu Juca - Aqui é um bom lugar para me esconder!<br /><br />* SCRIIINCH (Freada do Seu Juca)<br /><br />Seu Juca - Piscina de bolinhas do brinquedão! O esconderijo<br />perfeito!<br /><br />N: Seu Juca entra na piscina de bolinhas...<br /><br />Seu Juca (Dando um pulo) - Aaahhh! Alguma coisa me<br />espetou...<br /><br />Uma voz sai do meio das bolas - Foi meu cabelo... fique<br />quieto!<br /><br />Seu Juca - Você disse, "cabelo"?<br /><br />* PISC PISC PISC<br /><br />Seu Juca - Diga "o rei de Roma!"<br /><br />Vozinha - "O lei de Loma!"<br /><br />Seu Juca (Assombrado) - Cebolinha!<br /><br />Cebolinha - Seu Juca!<br /><br />Seu Juca (Suando) - Socorro! Cebolinha!<br /><br />Cebolinha - Fique quieto ou ela descoble meu escondelijo!<br /><br />Seu Juca - Ela quem?<br /><br />Q12. Seu juca cai no chão. Vê-se Mônica ao fundo do quadro.<br /><br />* POF<br /><br />N: Seu Juca é atingido pelo coelhinho da Mônica...<br /><br />Mônica - Hein? Seu Juca?<br /><br />Seu Juca (Sai correndo) - Mô-Mô-Mô...<br /><br />Cebolinha - Ahahahahaha! Tá te chamando de lei momo!<br /><br />Mônica - Nada disso! Ele só levou uma coelhada e ficou meio<br />besta!<br /><br />Seu Juca (Sai correndo e gritando) - Mô-Mô... Mônica!<br /><br />Mônica - Viu? Me reconheceu!<br /><br />Seu Juca (Ainda correndo) - Preciso sair daqui!<br /><br />Mônica (Gritando) - A saída do parque é pra lá!<br /><br />Cebolinha - Ele está indo plo bate-pneu!<br /><br />Mônica e Cebolinha - Legal! Vamos brincar com ele!<br /><br />Q13. Seu Juca está naqueles carrinhos que batem e voltam.<br />Mônica e Cebolinha chegam.<br /><br />Seu Juca (Sentado num carrinho) - Será que isto voa?<br /><br />N: Mônica e Cebolinha chegam e cada um entra num carro...<br /><br />Mônica - Oba! Vamos lá!<br /><br />Cebolinha - Aê, Seu Juca!<br /><br />Seu Juca (Olhando pros meninos) - Aahh!<br /><br />* PAF<br /><br />N: Cebolinha bate com o carro dele no do Seu Juca...<br /><br />* TOIM TUMP<br /><br />N: Seu Juca sai voando e cai fora da pista com a cara no<br />chão. Fica tonto e vendo estrelinhas...<br /><br />Q14. Mônica e Cebolinha chegam onde está caído Seu Juca.<br /><br />N: Mônica e Cebolinha vão atrás de Seu Juca...<br /><br />Cebolinha (Resmungando) - Tesc, tesc! Tem que usar o cinto,<br />Seu Juca!<br /><br />Mônica - Que mau exemplo pras crianças!<br /><br />Seu Juca - Dã... dã... dã... sai! Credo em cruz! ÔÔ! Ah!<br />Saída!<br /><br />Q15. Seu Juca sai correndo.<br /><br />N: Antes de chegar na porta de saída, Seu Juca é atropelado<br />pela turminha da escola...<br /><br />Crianças - Êêêêê!<br /><br />Seu Juca - Saída do cinema 3D... o que mais me falta<br />acontecer?!<br /><br />Q16. Dona Morte e Penadinho estão diante de Seu Juca.<br /><br />Dona morte - Juca?<br /><br />Seu Juca - Dona Morte?<br /><br />Dona Morte - Puxa! Você não morre mais!<br /><br />Seu Juca - Hein?<br /><br />Dona Morte - Quer dizer, você sabe que isso é só uma frase<br />de efeito, né? Ê ê! Tava comentando com Penadinho que<br />personagem igual a você vive muitos anos... É! Pode desabar<br />o mundo e você taí, inteirão!<br /><br />Penadinho - É!<br /><br />* PISC PISC PISC<br /><br />Q17. Seu Juca está caído no chão e vendo estrelinhas.<br /><br />N: De repente, um globo cai na cabeça de Seu Juca...<br /><br />* POFT<br /><br />Dona Morte - De onde veio este globo?<br /><br />Penadinho - Acho que é da peça "Festa das Nações"!<br /><br />Dona Morte - Ah! Tá explicado!<br /><br />Seu Juca - Hê Hi Hô Ha! Inteirão!<br /><br />Q18. Dona Morte e Penadinho conversam. Ao fundo vê-se Seu<br />Juca correndo.<br /><br />Seu Juca (Correndo) - Ha Ha Ha!<br /><br />Dona Morte - Figuraça, esse seu Juca!<br /><br />Penadinho - E o que faremos com o globo?<br /><br />Dona Morte - Vamos devolver pra manutenção! Já usamos pra<br />piada, mesmo!<br /><br />Q19. Vê-se a irmã de Seu Juca e as crianças.<br /><br />Mana - E agora? Onde o Juca se meteu?<br /><br />Uma das crianças - Não se preocupe, Tia, a gente acha ele!<br /><br />Mana - Eu sei! É que ele sumiu e já estamos no fim da<br />história... E ele diz que sempre fica maluco no final!<br /><br />Outra criança - Bem! Eu acho que ele tem razão!<br /><br />Q20. Seu Juca está sobre um telhado com um outro cara.<br /><br />N: A irmã de Seu Juca está andando com os meninos e avista o<br />mano sobre um telhado ao lado de um maluco...<br /><br />Mana - É! Vamos precisar de um novo motorista!<br /><br />Q21. Seu Juca e o maluco, sobre um telhado.<br /><br />Seu Juca - E aí, primo? Maluco beleza!<br /><br /><br /> FIMLUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-23061313347673861042009-10-12T18:48:00.001-03:002009-10-12T18:48:44.050-03:00Chiquinho e Francisquinho, em... Férias Forçadas!* Ledora: Carolina Stefane L. de Santana<br /><br /><br />Q1. Mickey e seus sobrinhos, Chiquinho e Francisquinho estão<br />num barco.<br /><br />Mickey - Por que essas caras de tristeza, meninos?<br />Não se divertiram nas férias?<br /><br />Chiquinho - Claro, mas o senhor também estaria triste se<br />tivesse que voltar pra escola na segunda-feira!<br /><br />Mickey - Coragem! Ainda temos um dia inteiro antes de voltar!<br /><br />Francisquinho - Ah, Por que temos que voltar tão cedo?<br /><br />Q2. Mickey e os meninos estão pescando num lago.<br /><br />Mickey - Só temos comida pra mais um dia! Além disso, não<br />está dando peixe e parece que vai chover!<br /><br />Chiquinho - Se pudéssemos ficar mais uma semana...<br /><br />Francisquinho - Sim! Na primeira semana quase não tem nada na<br />escola, mesmo!<br /><br />Mickey - É pena, mas não tem outro jeito!<br /><br />N: Os meninos vão dar uma volta...<br /><br />Chiquinho - Gostaria que acontecesse algo que nos obrigasse<br />a ficar mais uma semana!<br /><br />Francisquinho - Escute... se a gente arranjar comida pra<br />uma semana, talvez o Tio Mickey fique!<br /><br />Chiquinho - Onde arranjaremos comida? Não tem uma casa por<br />aqui!<br /><br />Q3. Chiquinho e Francisquinho encontram um pé de amoras.<br /><br />Francisquinho - Que tal amoras silvestres pra começar?<br /><br />Chiquinho - Pode ser! Vamos encher dois baldes!<br /><br />Q4. Chiquinho e Francisquinho vão até o trailer e encontram<br />Mickey do lado de fora.<br /><br />N: Logo mais...<br /><br />Chiquinho - Ei, Tio Mickey! Temos uma idéia!<br /><br />Francisquinho - Sim! E é uma idéia gostosa!<br /><br />Mickey - O quê?<br /><br />Francisquinho - Veja quantas amoras! Pensamos que, com isto,<br />nós...<br /><br />Q5. Além do Mickey, Chiquinho e Francisquinho, vê-se um urso.<br /><br />N: De repente aparece um urso...<br /><br />Mickey (Correndo pro trailer) - Depois que essa visita<br />estiver sumido, vocês me contam!<br /><br />N: Os meninos também correm pro trailer...<br /><br />Chiquinho e Francisquinho - Aiiii!<br /><br />Q6. Eles entram no trailer e, lá fora, o urso fica comendo as<br />amoras.<br /><br />* CHUIF! CHUIF! CHLEP!<br /><br />Q7. O urso entra no trailer. Mickey e seus sobrinhos saem<br />correndo.<br /><br />Mickey - Fim da linha! todos pra fora!<br /><br />Q8. O urso está dentro do trailer, comendo.<br /><br />N: O urso come tudo que encontra e depois vai embora...<br /><br />* CHUIF! CHUIF! CHLEP!<br /><br />Q9. Mickey e os sobrinhos estão no trailer.<br /><br />N: Pouco depois, eles voltam ao trailer e encontram uma<br />bagunça...<br /><br />Mickey - Bem, o urso limpou nossa despensa! Ele abriu até a<br />última lata de feijão!<br /><br />Francisquinho - Xiiii! O que vamos comer?<br /><br />Q10. Mickey e os meninos na frente do trailer.<br /><br />Mickey - Quando chegarmos à cidade estará tudo fechado ! Vi<br />uma cabana lá embaixo! talvez nos vendam comida suficiente<br />para hoje!<br /><br />Q11. Mickey entra na floresta.<br /><br />Mickey - Vou até lá. Me esperem aqui!<br /><br />Q12. Os meninos estão sentados diante do trailer.<br /><br />Chiquinho - Bem, nossa ideia só nos pôs em apuros!<br /><br />Francisquinho - Antes tivesse posto um ovo! Pelo menos<br />teríamos o que comer!<br /><br />Chiquinho - Isso não é brinquedo! Já é bem ruim voltar pra<br />escola... pior ainda é passar fome!<br /><br />Francisquinho - Então vamos pescar, já que o Tio Mickey pode<br />não conseguir nada!<br /><br />Chiquinho - Mas o Tio Mickey disse que o lago não estava<br />dando nada!<br /><br />Francisquinho - Não vamos ao lago! Há um riacho não muito<br />longe daqui!<br /><br />Q13. Chiquinho e Francisquinho caminham à margem do regato.<br /><br />N: Os meninos chegam no riacho e vêem um homem...<br /><br />Chiquinho - Que tal perguntar àquele homem como vai a pesca?<br /><br />Francisquinho - O que ele está fazendo?<br /><br />Q14. Vê-se Chiquinho, Francisquinho e o homem.<br /><br />N: Os meninos aproximam-se do homem...<br /><br />Chiquinho - Com licença, Moço! Pode informar se a pesca aqui<br />é boa?<br /><br />Garimpeiro - Bem, meninos, é como diz o velho ditado... o<br />peixe,como o ouro, está onde você encontra!<br /><br />Francisquinho - Puxa! O Senhor está procurando ouro?<br /><br />Garimpeiro - Estou só "batendo" um pouco, por passatempo!<br /><br />Chiquinho - Já achou algum ouro?<br /><br />Garimpeiro - Não muito! Só alguma coisinha!<br />Querem experimentar?<br /><br />Q15. Vê-se Chiquinho e Francisquinho com bateias (#) na mão.<br />Ao lado deles está o garimpeiro, também com uma bateia.<br /><br />Garimpeiro - Agiten a bateia na água e vão lavando o<br />cascalho! O ouro, mais pesado, ficará no fundo!<br /><br />Q16. Francisquinho encontra uma pepita de ouro.<br /><br />Francisquinho - Acho que vi algo brilhante!<br /><br />Garimpeiro - Menino, é mesmo! É uma pepita de bom tamanho !<br />Você é um garoto de sorte!<br /><br />Francisquinho - Oba! Espere só até o Tio Mickey ver isto!<br />Na certa vai querer ficar mais tempo!<br /><br />Chiquinho - Adivinhão!<br /><br />Q17. Garimpeiro, Chiquinho, Francisquinho e um outro homem.<br /><br />N: Um homem passa pelo local...<br /><br />Homem - V-vocês acharam ouro?<br /><br />Francisquinho - Sim, Senhor! Esta pepita... no riacho!<br /><br />Q18. Mickey se aproxima do grupo.<br /><br />Francisquinho - Tio Mickey! Adivinhe uma coisa!<br /><br />Chiquinho - Achamos uma pepita de ouro no riacho!<br /><br />Mickey - Não me digam...<br /><br />Chiquinho - E Podemos até ficar ricos, se procurarmos mais!<br /><br />Mickey - Duvido! Esta região já foi muito explorada ! Isto<br />foi só um acaso!<br /><br />Q19. Mickey conversa com os sobrinhos.<br /><br />Mickey - A dona da cabana foi gentil e me vendeu algumas<br />provisões! por isso poderemos partir amanhã!<br /><br />Chiquinho e Francisquinho (Pensando) - Que pena!<br /><br />Q20. Neste quadro há várias cenas descritas pelos diálogos.<br /><br />N: Entretanto a mágica palavra "ouro" se espalha como fogo...<br /><br />Homem num barco - Você disse ouro?<br /><br />Homem olhando num bueiro - Ouro! Lá no Lago Raso!<br /><br />Um agricultor - Um homem achou uma pepita de cinco quilos!<br /><br />Barbeiro diz ao freguês - Com licença, freguês!<br /><br />Q21. Mickey e seus sobrinhos estão no carro.<br /><br />N: Na manhã seguinte...<br /><br />Mickey - Bem, vamos pra casa! Coragem!<br />Voltaremos aqui no ano que vem!<br /><br />Q22. Quando mickey chega na rodovia vê uma placa: "Pista<br />interditada".<br /><br />Mickey - Ei! Parece que barraram a estrada!<br /><br />Policial - Alguns garimpeiros amadores ficaram tão<br />alvoraçados com uma falsa corrida do ouro que começaram a<br />remexer numa velha mina no morro!<br />De tanto dinamitarem, provocaram uma avalanche!<br />Vai levar uma semana para desimpedir a estrada!<br /><br />Q23. Mickey e seus sobrinhos dentro do carro.<br /><br />Mickey - Vamos voltar ao lago por mais uma semana!<br />Mas, antes que festejem o fato, tenho uma novidade pra vocês!<br /><br />Q24. Mickey e os meninos ainda no carro, diante do trailer.<br /><br />Mickey - A senhora que me vendeu as provisões é uma<br />professora aposentada!<br /><br />Q25. Chiquinho e Francisquinho numa sala de aula.<br /><br />N: E assim...<br /><br />Professora - Bem, espero que não tenham esquecido suas lições<br />do semestre passado!<br /><br />Chiquinho - Não, Senhora! Até aprendemos mais algumas, aqui<br />no Lago Raso!<br /><br /> FIM<br /><br />(#) Bateia (Substantivo Feminino) - Gamela afunilada de<br />madeira com a qual os garimpeiros lavam areias auríferas ou<br />cascalho diamantífero.LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-19810736672678854922009-10-12T18:41:00.000-03:002009-10-12T18:42:45.644-03:00Romeu Brown, em... Os Transviados! - Parte I
<br />* Ledora: Anair Campos
<br />
<br /> - - -
<br />
<br /> Nota sobre esta história:
<br />
<br />Romeu Brown foi criado por Alfred Mazure Peter O'donnell, o
<br />mesmo autor de Modesty Blaise. Foi licenciado pela Daily
<br />Mirror. Personagem cômico inglês, Brown é um detetive que
<br />está sempre envolvido com garotas bonitas e seminuas. A
<br />aventura abaixo foi transcrita da Revista "Quem Foi?", Nº.
<br />34, maio de 1961, publicada pela EBAL - Editora Brasil
<br />América Ltda. Agradeço ao amigo Sérgio Moraes, de Brasília,
<br />que me presenteou com dois exemplares desta revista.
<br />
<br /> - - -
<br />
<br />Nota sobre "Beatniks":
<br />
<br />Encabeçado por dois poetas, surgiu nos Estados Unidos um
<br />movimento de indivíduos contrários às regras e convenções
<br />sociais, espécie de párias voluntários que nada mais exigem
<br />da vida a não ser um pouco de poesia e música de ritmo
<br />bárbaro. Podem ser confundidos com mendigos, mas a verdade é
<br />que se intitulam filósofos de uma nova era e, dotados assim
<br />de um espírito rebelde e independente, até mesmo criaram um
<br />linguajar próprio, cujo vocabulário é, em sua maioria,
<br />retirado das artes em geral e da poesia, principalmente. São
<br />os "beatniks", os transviados, conforme são designados por
<br />aqueles que os combatem. O movimento dos beatniks já começa
<br />a se estender pelo mundo e é com eles que Romeu Brown, nosso
<br />herói de incríveis aventuras, vê-se um dia envolvido,
<br />conforme vocês constatarão, lendo... "Os transviados", uma
<br />terrificante aventura do Detetive Romeu Brown!
<br />
<br /> - - -
<br />
<br />
<br />Q0. Cena típica de uma reunião dos beatniks... vê-se um
<br />rapaz tocando bongô, um outro largado numa almofada, uma
<br />moça dançando e uma outra recostada na parede, sentada sobre
<br />um colchonete, uma vitrola e alguns discos de vinil
<br />espalhados pelo chão, ao lado desta.
<br />
<br />Q1. Uma moça deitada no sofá e um homem com uma bandeja na
<br />mão, contendo dois copos. um quadro na parede.
<br />
<br />N: Esta história começa na mansão do Major Gunn, onde sua
<br />linda sobrinha, Beth Hallam, chegou de Nova Iorque para uma
<br />longa temporada...
<br />
<br />Beth - Olá, Fossie! Conhece a vovozinha espevitada que anda
<br />sempre a reboque de meu generoso tio?
<br />
<br />Foster - A Senhora a quem se refere, Miss Beth, é Lady
<br />Yatterley-Howe, pessoa respeitabilíssima ligada a seu tio
<br />por interesses comerciais e de amizade! Quanto a mim,
<br />chamo-me Foster e não gosto de apelidos!
<br />
<br />Beth - Puxa, Fossie! Você é sensível como nitroglicerina!
<br />
<br />Q2. Na frente da mansão do Major Gunn há um carro parado à
<br />porta.
<br />
<br />N: Nisso, um carro pára diante da mansão do Major Gunn...
<br />
<br />Romeu (Pensando) - Ah! Esta é a casa do Major Gunn... mas é
<br />melhor continuar até o Clube de Golfe. Ele disse que o
<br />encontraria ali a qualquer hora, entre dez da manhã e seis
<br />da tarde, em qualquer dia da semana!
<br />
<br />Q3. Beth está em pé diante do sofá e Foster próximo a uma
<br />porta.
<br />
<br />Foster - Vai sair, Miss Beth?
<br />
<br />Beth - Sair... sair... por que fala tão difícil, Fossie? Vou
<br />comer poeira até a gaiola flutuante, para um bate-papo com a
<br />turma, manjou?
<br />
<br />Foster - Não, Miss Beth! Não "manjo" nada de sua
<br />inconveniente gíria de beatnik!
<br />
<br />Beth - Tá bem, Fossie! Vou lhe traduzir o que disse... "vou
<br />comer poeira até a gaiola flutuante", quer dizer que vou
<br />àquela barcaça velha que usamos como sede do nosso Clube.
<br />"Bate-papo com a turma", é simples... significa que vou
<br />conversar com a rapaziada! O papai aí pescou?
<br />
<br />Foster - Não muito, Miss Beth... mas, pelo menos,
<br />compreendi!
<br />
<br />Q4. Romeu pára o carro em frente ao Clube de Golfe e
<br />conversa com o porteiro.
<br />
<br />N: E no campo de golfe...
<br />
<br />Porteiro - Major Gunn? Deve se encontrar nas proximidades do
<br />nono "hole (Buraco)", Senhor!
<br />
<br />Q5. Um casal dançando solto no interior de um barco.
<br />
<br />N: E na antiga barcaça encalhada no lago Fernley Green...
<br />
<br />Rapaz - E que me diz do novo disco, lourinha? Deixe de
<br />catar-pulgas e trate de tirá-lo do forno!
<br />
<br />Beth - Não me azucrine a cachola!
<br />
<br />Q6. A barcaça, parte do lago, uma moça dançando no convés e
<br />Beth subindo a escada que vem dos camarotes.
<br />
<br />Beth - Vou me raspar para o Palácio Melódico... pra ver se
<br />estão dando duro nele!
<br />
<br />Tradução do autor para a gente séria que não entende a
<br />linguagem dos beatniks: "Vou à loja de música verificar se
<br />já estão gravando o disco."
<br />
<br />Q7. Romeu, encostado a seu carro, ainda conversa com o
<br />porteiro do Clube de Golfe.
<br />
<br />N: E de novo diante da sede do Clube de Golfe...
<br />
<br />Porteiro - Se seguir pelo bosque, logo encontrará o Major!
<br />Isto lhe poupará uma longa caminhada!
<br />
<br />Romeu - Obrigado!
<br />
<br />Q8. O Major e Lady Yatterley caminham pelo gramado e o
<br />"caddie" ( Pessoa que carrega a bolsa com os tacos de um
<br />golfista) logo atrás.
<br />
<br />Lady - Deve controlar a garota, Major! Os pais dela
<br />mandaram-na dos Estados Unidos para afastá-la daqueles
<br />horríveis transviados...
<br />
<br />Major - Fiz o que estava ao meu alcance, Lady Yatterley...
<br />apresentei-a a todos os rapazes futurosos daqui!
<br />
<br />Lady - Sim! E ela os converteu... o jovem Gerald chamou o
<br />pai de "paralelepípedo da Bobocolândia" e Rodney disse que
<br />fez o "cãozinho galopar trincando os freios nos dentes"...
<br />se ao menos soubéssemos o que significa isto!
<br />
<br />Q9. Romeu Brown pára o carro numa trilha entre algumas
<br />árvores e fica ao volante.
<br />
<br />Romeu (Pensando) - Ah... é aqui o lugar! Se atravessar o
<br />bosque, encontrarei o Major Gunn nas imediações do nono
<br />hole...
<br />
<br />Q10. O Major e Lady Yeatterley continuam sua caminhada com o
<br />caddie um pouco atrás deles.
<br />
<br />Major - beatnik! Ora... não passam de boêmios de quinta
<br />categoria, prezada Senhora! Conversa inconveniente... roupas
<br />inconvenientes... idéias inconvenientes!
<br />
<br />Lady - Nós, Major, como pessoas da alta sociedade que somos,
<br />devemos agir!
<br />
<br />Q11. Um bar com várias mesas. Um homem lê um livro, outro
<br />bebe algo quente, pois sai fumaça da sua xícara, um outro
<br />está deitado no chão, um outro com as pernas sobre a mesa,
<br />uma mulher conversando com um rapaz e apenas vê-se o "balão"
<br />da fala da Lady Yeatterley.
<br />
<br />Lady - Todo nosso sistema de vida está em perigo! Os cafés
<br />da cidade até parece que se transformaram em jardim
<br />zoológico estrangeiro!
<br />
<br />Q12. Romeu caminha em direção ao Major e à Lady Yatterley,
<br />vistos ao fundo do quadrinho.
<br />
<br />Romeu - Ah! É provável que aquele seja o Major Gunn... é
<br />pena que não tenha me chamado há semanas, quando se
<br />verificou o roubo! Pista apagada... a polícia ludibriada...
<br />caramba, vai ser uma tarefa ingrata!
<br />
<br />Q13. A Lady, o Major com um taco na mão e o caddie.
<br />
<br />Major - Oh! Passou por cima do gramado e caiu no bosque!
<br />
<br />Q14. Romeu Brown observa o casal que está a alguma
<br />distância.
<br />
<br />N: A bola do Major Gunn voa na direção de Romeu Brown, que,
<br />concentrado na sua investigação, nada percebe...
<br />
<br />Romeu - Humm... há uma mulher em companhia dele! Espero que
<br />ele fale comigo em particular...
<br />
<br />Q15. A bolinha bate na cabeça de Romeu Brown e este
<br />cambaleia.
<br />
<br />* TUM
<br />
<br />Romeu (Tonto) - Sobre... sobre... oh... ah...
<br />
<br />Q16. Romeu Brown está caído no chão, desacordado. Um homem
<br />mal vestido se aproxima dele.
<br />
<br />N: Romeu está mergulhado num sono profundo e sem sonhos,
<br />quando é encontrado por um vagabundo...
<br />
<br />Vagabundo - Oba! Parece que houve um ligeiro acidente! E é
<br />apetitosa a fatiota que ele está usando! Acho que a ocasião
<br />é oportuna para mudar de aspecto...
<br />
<br />Q17. O Major, Lady e o caddie continuam sua caminhada e o
<br />jogo.
<br />
<br />N: Enquanto isso...
<br />
<br />Major - Humm... Pode entrar em campo, Lady Yatterley!
<br />Cedo-lhe o hole, pois não posso perder tempo procurando a
<br />bola no bosque!
<br />
<br />Q18. Beth está entrando numa loja de discos. Lá dentro vê-se
<br />uma moça, o balcão e prateleiras com vários discos de vinil.
<br />
<br />N: Na loja de música de Fernley Green...
<br />
<br />Beth - Olá, Lolô... já abocanhou a pedra de discóbulo que eu
<br />pedi?
<br />
<br />Lolô - Perdão, Senhorita...
<br />
<br />Beth - Está bem, duquesa... vou falar em inglês castiço...
<br />conseguiu o disco que encomendei?
<br />
<br />Q19. Romeu está no chão desacordado, vestido com as roupas do
<br />vagabundo e este com o terno do Romeu.
<br />
<br />N: E a alguns quilometros dali...
<br />
<br />Vagabundo - Ternozinho bem elegante! Não foi má a troca!
<br />
<br />Q20. Major Gunn, Lady Yatterley com um taco na mão e o
<br />caddie.
<br />
<br />Lady - Que me diz do seu outro problema, Major? A polícia já
<br />conseguiu recuperar a prataria da família?
<br />
<br />Major - Polícia? Bah! Os policiais são uns mandriões! Só
<br />querem se mostrar! O roubo foi perpetrado a semanas e nada
<br />fizeram até agora! Estou porém empreendendo alguns passos
<br />por conta própria, Lady Yatterley! Solicitei o concurso de
<br />um detetive particular... um sujeito chamado Romeu Brown!
<br />
<br />Q21. Romeu Brown está sentado no chão e com a mão na cabeça.
<br />
<br />Romeu - Uuuui! Oooh, Senhor! Que aconteceu? Onde estou...?
<br />Caramba! ... quem sou eu?
<br />
<br />Q22. Romeu Brown levanta, apoiando-se numa árvore.
<br />
<br />Romeu - N-não consigo me lembrar de nada!
<br />
<br />Q23. Beth, a balconista, uma vitrola sobre o balcão e
<br />atrás deste, prateleiras com discos de vinil.
<br />
<br />N: Voltando à loja de discos da cidade...
<br />
<br />Lolô - Acho que aconteceu alguma coisa com o disco que
<br />encomendou! Só se escuta um solo de tambor do começo ao
<br />fim... ouça!
<br />
<br />* BUM BAM BAM BUM BUM BAM BAM BUM BUM
<br />
<br />Beth - Que tem isso demais? Nós somos é da bagunça!
<br />
<br />Q24. Romeu Brown caminha pelo bosque.
<br />
<br />N: Com a memória apagada e sem nada que o identifique, Romeu
<br />caminha vagarosamente entre as árvores do bosque...
<br />
<br />Romeu (Pensando) - Não me sinto como um vadio, mas não há
<br />dúvida que me visto como um! Talvez eu seja um desses
<br />vagabundos educados... uma espécie de soldado da fortuna!
<br />
<br />Q25. Romeu senta sobre um tronco caído, com as mãos na
<br />cabeça. Beth caminha em sua direção. Ao fundo vê-se algumas
<br />árvores.
<br />
<br />Beth - Oh! Não pode ser... mas é! Reconheceria aquele rosto
<br />em qualquer parte... mesmo sem a barba! Earl! Earl! Como
<br />veio parar aqui, bonitão?
<br />
<br />Romeu - Quê?!
<br />
<br />Beth - Sou Beth Harlam, de Nova Iorque! Oh, Earl, parece que
<br />não me entende! Nunca andei arrastando os pés lá pela costa
<br />do Pacífico... mas, pode crer, sou sua fanzoca número um!
<br />Fisgo todas as "ceras" que você grava! Sabe que você é o
<br />melhor seresteiro deste mundo coxo?
<br />
<br />Q26. Romeu fica de pé e Beth conversa com ele. Por trás deles
<br />vê-se algumas árvores.
<br />
<br />Romeu - Não entendo patavina do que está dizendo! Para ser
<br />franco, perdi a memória!
<br />
<br />Beth - Ooooh! Quer dizer que está com a massa cinzenta
<br />enfumaçada? Que pena, Earl!
<br />
<br />Romeu - Não posso me lembrar de nada! Nem mesmo sei quem sou!
<br />
<br />Beth - Você é Earl Krupper, de Los Angeles! É o líder
<br />incontestável da rapaziada do Pacífico!
<br />
<br />Romeu - Eu... eu...sou...?
<br />
<br />Beth - É verdade, Earl! Não estou fazendo farol! Tenho sua
<br />estampa comigo! Veja...
<br />
<br />Q27. Beth mostra uma foto a Romeu que está sentado sobre um
<br />tronco e olha a foto.
<br />
<br />Beth - "Chutou" a barba, mas sei que é você, Earl! O "Rei
<br />dos beatniks"! O mais legítimo expoente da juventude do
<br />nosso país! Já "capisco" porque você chutou a barba... foi
<br />para entrar em casa, aqui, incógnito, não? Publicidade é
<br />coisa estritamente reservada a gente bem!
<br />
<br />Romeu - Desculpe-me se me sento por um momento, Miss Harlam!
<br />Decerto que parece ser minha fotografia, mas não compreendo
<br />bem o que está dizendo.
<br />
<br />Beth - Oh! Pobre Earl! Não pesca mais a nossa gíria! E até
<br />já está falando como a gente bem! Isto é terrível! Você não
<br />perdeu só a memória, Earl! Perdeu o toque, a mensagem da
<br />nova juventude! Tornou-se um rapaz quadrado!
<br />
<br />Romeu - Não me sinto como... este tal Earl Krupper... esse
<br />ídolo dos beatniks!
<br />
<br />Beth - Mas você é ele! Veja a sua roupa! Veja a foto! Não
<br />fique aí com cara de torcedor de time derrotado, quero
<br />dizer, não se preocupe! Eu e a turma vamos curá-lo!
<br />
<br />Q28. Beth, Romeu e alguns rapazes e moças, na barcaça.
<br />
<br />N: Beth leva o estonteado detetive ao clube e, ali, depois
<br />de se dirigir aos colegas em seu complicado linguajar, dá
<br />explicações a Romeu Brown...
<br />
<br />Beth - Disse a eles que temos um problema e precisamos
<br />tratar de resolvê-lo, compreende?
<br />
<br />Romeu - Mais ou menos...
<br />
<br />Simon - Ei, Beth! O novo "espécimen" está me parecendo o
<br />Earl Krupper!
<br />
<br />Uma moça - Oooh!
<br />
<br />Outra moça - Earl, em pessoa!
<br />
<br />Beth - Manjou bem, Simon! É o Earl Krupper, o mais genuíno
<br />espécimen de nosso movimento. Veio dos Estados Unidos para
<br />propagar a mensagem! E agora vou falar um pouco a sério!
<br />Devemos usar a linguagem comum, de vez em quando, para que o
<br />pobre Earl possa compreender! Ocorreu uma tragédia terrível,
<br />pequenos! Earl perdeu a memória e ficou todo maneiroso! Até
<br />mesmo adquiriu o sotaque da gente da alta sociedade! Sou da
<br />opinião que devemos trazê-lo de novo ao nosso ambiente!
<br />
<br />Uma moça - Ora se devemos!
<br />
<br />Beth - Pode usar esta velha barcaça como poleiro, isto é, um
<br />lugar para dormir, Earl!
<br />
<br />Romeu - Um poleiro, hein? Gentileza sua, Beth!
<br />
<br />Beth - Não, não, não! Se quer agradecer, basta dizer... "bem
<br />bolado, pardalzinho!"
<br />
<br />Romeu - Humm... pelo que vejo vou ter que "bolar" muito até
<br />readquirir minha personalidade!
<br />
<br />Uma moça - Vamos, diga: "Os calos me machucam por ter furado
<br />a bola e me tornado retrato de coluna social... mas com o
<br />encosto de vocês, cambada, jogarei fora as muletas numa
<br />piscadela!" Pescou?
<br />
<br />Romeu - Ahm? Bem, não pesquei nada ainda... e nem sinto
<br />peixe a mordiscar a isca! Eu poderia dizer... "sinto muito
<br />ter perdido a memória e assumido a aparência de um elemento
<br />refinado. Mas, com a ajuda de vocês logo voltarei a ser um
<br />sucesso, rapaziada!" Ahn... à propósito, que é um beatnik?
<br />
<br />Simon - É alguém que sai da bitola, destaca-se dos demais,
<br />percebe? Não se aborrece, não se preocupa com coisa alguma!
<br />
<br />Uma moça - É como você disse em seu último poema, Earl...
<br />"todo problema, em si, resume-se no clássico: quem surgiu
<br />primeiro... a galinha ou o ovo?"
<br />
<br />Romeu (Espantado) - Caramba! Eu escrevi isso?
<br />
<br />Q29. Beth, Romeu, rapazes e moças no compartimento inferior
<br />da barcaça.
<br />
<br />N: Pouco depois...
<br />
<br />Beth - Tá vendo? É um poleiro confortável... há um colchão,
<br />toca-discos, cafeteira e tambores (Bongô)!
<br />
<br />Simon - Tudo que uma pessoa possa exigir!
<br />
<br />Beth - Puxa! É interessante falar corretamente assim! Mas
<br />começaremos imediatamente a lhe ensinar a nossa gíria!
<br />
<br />Q30. Romeu está sentado num sofá, Beth, os rapazes e as
<br />moças estão "largados" pelo camarote.
<br />
<br />N: E assim...
<br />
<br />Romeu - "Pesco", entendo, compreendo... "cara de torcedor de
<br />time derrotado", estar preocupado... "dar duro", Ahn...
<br />ahn...
<br />
<br />Beth - Trabalhar, homem! Está pegando mais ou menos...
<br />
<br />
<br />Continua...LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-21519972468318379572009-10-12T18:39:00.002-03:002009-10-12T18:42:45.648-03:00Romeu Brown, em... Os Transviados! - Parte II
<br />* Ledora: Anair Campos
<br />
<br />
<br />Q1. Romeu, Beth e a rapaziada conversam no interior da
<br />barcaça.
<br />
<br />N: E a lição de linguagem de gíria continua...
<br />
<br />Romeu - "Eu me raspo", eu vou... "entrar em cena", chegar...
<br />"sinto-me como um macaco diante de um cacho de bananas",
<br />estou contente... "você me pisa nos calos", você me
<br />importuna...
<br />
<br />Beth - Confere! Está indo muito bem, Earl! Mais alguns dias
<br />e estará de novo nos trilhos!
<br />
<br />Q2. Major Gunn e Lady Yaterley conversam enquanto caminham.
<br />
<br />N: Enquanto isso, no campo de golfe...
<br />
<br />Lady - Vou convocar uma reunião de todos os pais
<br />prejudicados pela tal juventude transviada, Major!
<br />Precisamos fazer alguma coisa para evitar que nossos filhos
<br />sigam esta onda ridícula!
<br />
<br />Major - Oh, tem toda razão, Lady Yaterley!
<br />
<br />Q3. Beth está diante da penteadeira, em seu quarto, na casa
<br />do seu tio, Major Gunn.
<br />
<br />N: Transcorreu uma semana desde que a perda de memória de
<br />Romeu Brown e sua semelhança com Earl Krupper o colocaram
<br />sobre a influência dos Beatniks de Fernley Green...
<br />
<br />Beth (Pensando) - Earl vai de vento em popa! Mais algumas
<br />marteladas e ele entra nos eixos!
<br />
<br />Q4. Major Gunn está sentado numa poltrona da sala e conversa
<br />com seu mordomo, Foster, que está em pé diante dele.
<br />
<br />Major - Nenhum sinal ainda do detetive que vinha investigar
<br />o roubo, Foster?
<br />
<br />Foster - Receio que não, Senhor... a situação não é nada
<br />satisfatória!
<br />
<br />Q5. Romeu está sozinho na barcaça.
<br />
<br />N: E na barcaça, que funciona como QG dos Beatniks, Romeu
<br />Brown, dia a dia, se exercita sem cessar...
<br />
<br />Romeu (Pensando) - Preciso encontrar o meu eu... sou Earl
<br />Krupper, "Rei dos Beatniks"... calma, homem! Comece a
<br />estudar!
<br />
<br />Q6. Lady Yaterley conversa com o Major Gunn num restaurante.
<br />
<br />N: Enquanto isso...
<br />
<br />Lady - Na maior parte das vezes, quase não compreendo o que
<br />meu filho Gerald diz. A impressão que tenho é que alguns
<br />desses horrorosos Beatniks americanos estão agora aqui! E os
<br />nossos lhes seguem as pegadas!
<br />
<br />Major - Sim! Beth falou qualquer coisa a respeito!... Oh! Aí
<br />vem eles!
<br />
<br />Q7. Lady Yaterley e o Major observam alguns rapazes e moças
<br />que entram no restaurante. Romeu e Beth estão entre eles.
<br />
<br />Beatnik 1 - Puxa, Earl! Foi um baile do "lesco-lesco"! Você
<br />malhou o bongô como ninguém! Piramidal!
<br />
<br />Outro - Poupe a saliva, bichano! Fique de bico fechado, bem
<br />fechado!
<br />
<br />Q8. Beth e Romeu aproximam-se da mesa do Major e Lady
<br />Yaterley.
<br />
<br />Beth - Como vai essa bizarria, Titio? Olá, Lady Yaterley!
<br />Apresento-lhes Earl Krupper, o superformidável líder da
<br />juventude Beatnik!
<br />
<br />Major - Humm... bom-dia, meu rapaz!
<br />
<br />Romeu - Oláá, Papai! Por que não dá com as caras um desses
<br />dias no Palácio do Arrasta-pé... pra ver como se desanca a
<br />Maria Fumaça?
<br />
<br />Beth - Ele diz que o Senhor deve vir um desses dias á
<br />barcaça para conhecer a alegria da verdadeira juventude!
<br />Earl é tolerante com a gente séria e antiquada!
<br />
<br />Lady - D-deveras? Como é amável!
<br />
<br />Q9. Romeu e Beth conversam perto da máquina de café.
<br />
<br />Romeu - O que me diz da vovó, guria? Seria supimpa se a
<br />levássemos para nossa república, não?
<br />
<br />Beth - Oh, não deixaria de ser uma velhota ranzinza! Vá
<br />descansar os ossos, enquanto preparo o café!
<br />
<br />Lady (Observando os dois) - Humm! No meu tempo esperava que
<br />o garçom viesse servir!
<br />
<br />Romeu (Pensando) - Oba, Earl... na verdade, você deve muito
<br />a essa cambada por tê-lo ajudado, depois de ficar com a
<br />massa cinzenta enfumaçada... e se tornado sisudo!
<br />
<br />Q10. Toda a rapaziada Beatnik está reunida na barcaça.
<br />
<br />N: Com o passar dos dias, Romeu Brown se faz mais Earl
<br />Krupper que o próprio Earl Krupper...
<br />
<br />Beth - Silêncio agora, patuscada! Earl vai desembuchar um
<br />dos seus novos poemas!
<br />
<br />N: E em meio a um silêncio de veneração...
<br />
<br />Romeu - Chorei... era um gato sem pelancas... chorei... era
<br />um pobre cão sem osso... sorri... ao ver a minha feijoada!
<br />
<br />Q11. Lady Yaterley preside uma reunião de pais na casa do
<br />Major Gunn.
<br />
<br />N: E na mansão do Major realiza-se uma conferência contra os
<br />Beatniks...
<br />
<br />Lady - O verdadeiro problema é decidir como nós, os pais,
<br />devemos agir! Todos temos filhos fascinados pelos tais
<br />transviados! E creio que devemos trabalhar de comum acordo,
<br />se quisermos que sejam rapazes e moças normais e saudáveis!
<br />
<br />Q12. Voltamos a ver a rapaziada na barcaça.
<br />
<br />N: E na barcaça, Romeu Brown termina seu recital...
<br />
<br />Romeu - Sorri ao comer aqueles ossos... e assim as pelancas
<br />que cão e gato, coitados, deixaram de comer! Chorei... ao
<br />ter que pagar a conta!
<br />
<br />Beth - Que lindo! Não deixe de dizer quando vai levar seu
<br />poema à "cera", Earl! É tão pungente que nos deixa com a
<br />periferia encrespada! Você é um gênio!
<br />
<br />Romeu - Sim, loureca! A genialidade é uma dádiva dos céus!
<br />
<br />Gerald - Que acham, agora, de um pouco de jazz?
<br />
<br />Beth - Sim, para variar! A turma adora Earl com suas músicas
<br />de batuque! Nunca toca além do dó bemol!
<br />
<br />Romeu - Como? Não me lembro bem, mas se você diz que é
<br />assim...
<br />
<br />Q13. De volta àquela reunião.
<br />
<br />N: E na conferência que tem por alvo a destruição dos
<br />Beatniks...
<br />
<br />Lady - Apresento-lhes agora o Doutor Siltz. Como psiquiatra
<br />que é, pode indicar-nos a melhor maneira de tratarmos nossos
<br />filhos e filhas. "Moraram"? Oh, o que foi que eu disse?!
<br />
<br />Doutor Siltz - Moraram! A palavra mais adequada, prezada
<br />senhora, já que moramos com nossos filhos, devemos "morar" o
<br />que eles dizem e fazem, isto é, compreendê-los, ao invés de
<br />combatê-los! Procurem tratá-los com amizade e compreensão!
<br />Estudem-lhes as maneiras, as idéias e o linguajar... e o que
<br />os motiva, "manjaram"?
<br />
<br />Q14. Um casal escondido numa moita observa a barcaça. Ao
<br />lado esquerdo, meio escondido pela folhagem, vê-se um carro.
<br />
<br />N: Do outro lado do lago, o QG dos Beatniks é observado por
<br />estranhos, anormais à Fernley Green. Os espiões são, Lennie
<br />Blick e sua namorada Fanny...
<br />
<br />Lennie - Foi ali que escondi o produto do roubo, Fanny!
<br />Debaixo das tábuas do assoalho! Não pude fugir com toda
<br />aquela prataria e a escondi até que as coisas se acalmem e
<br />possamos recolhê-la com segurança!
<br />
<br />Fanny - Silêncio! Cale-se! O lugar está fervilhando de
<br />gente!
<br />
<br />Lennie - Afirmo que ninguém utilizava aquela barcaça quando
<br />escondi o roubo! Devem ter chegado depois, sua bobalhona!
<br />
<br />Fanny - Não me chame de bobalhona, Lennie Blick, ou...
<br />
<br />Lennie - Ora, ora... não se zangue, Fanny! Tudo que temos a
<br />fazer é esperar que escureça e aquela turma deixe a barcaça!
<br />Entraremos então, apanharemos o material...
<br />
<br />Q15. Lennie abraçando Fanny.
<br />
<br />Lennie - E, depois, teremos o vidão que merecemos, hein,
<br />Fanny?
<br />
<br />Fanny - Calma, monstrinho!
<br />
<br />Q16. Alguns Beatniks estão saindo da barcaça.
<br />
<br />N: Ao anoitecer...
<br />
<br />Moça - Boa-noite, Earl!
<br />
<br />Romeu - Até amanhã, pequena!
<br />
<br />Q17. Na casa do Major Gunn, o mordomo Foster serve o café a
<br />este.
<br />
<br />N: E na casa do Major Gunn...
<br />
<br />Major - Coisa extraordinária, Foster! Aquele tal psiquiatra
<br />disse que devemos compreender os jovens amigos de Beth...
<br />conhecer-lhes as maneiras, as idéias, o linguajar...
<br />
<br />Foster - Aprendi um pouco da gíria deles por intermédio de
<br />Miss Beth, Senhor! Assim, se quiser praticar um pouco,
<br />coloco-me às suas ordens, Senhor!
<br />
<br />Major - Isso mesmo! A idéia é ótima, Foster!
<br />
<br />Q18. Lennie e Fanny continuam vigiando a barcaça. Ao fundo
<br />vê-se o lago e esta.
<br />
<br />N: Voltando ao lago...
<br />
<br />Lennie - Ah! A garotada já se foi!
<br />
<br />Fanny - Há uma luz na janela, Lennie! Talvez haja alguém
<br />morando lá!
<br />
<br />Lennie - Com mil caracóis! Não quero saber de briga!
<br />
<br />Fanny - Se alguém mora lá, talvez tenhamos que passar alguns
<br />dias rondando por perto! Podemos acampar no bosque, onde
<br />escondemos o carro, compreende? Entraremos quando tivermos
<br />oportunidade!
<br />
<br />Q19. No interior da barcaça Romeu está "largado" numa
<br />poltrona. A vitrola está tocando, sai fumaça da chaleira e
<br />há alguns discos pelo chão.
<br />
<br />Q20. Lennie e Fanny na margem da lagoa.
<br />
<br />Lennie - Tem que atravessar o lago a vau e olhar pela
<br />janela, Fanny!
<br />
<br />(N.A. - Vau = Lugar mais raso de um rio, lago ou lagoa)
<br />
<br />Fanny - Por que eu? Tem medo de enferrujar as pernas?
<br />
<br />Lennie - Está bem, Fanny! Deixe comigo, então! Mas se houver
<br />alguma garota bonita se preparando para dormir lá dentro,
<br />não me culpe!
<br />
<br />Fanny - Fique aí onde está, seu bisbilhoteiro! Eu mesma
<br />irei!
<br />
<br />Lennie - Você é uma boa pequena! E adorável também!
<br />
<br />Q21. Fanny entra no lago, suspendendo a saia. Adiante dela
<br />vê-se a barcaça.
<br />
<br />Fanny (Pensando) - Confiei no Lennie para arranjar um lugar
<br />assim para esconder o roubo... e agora descobre que alguém
<br />mora lá!
<br />
<br />Q22 - Fanny olha por uma janela da barcaça e vê Romeu
<br />sentado no sofá, bebendo café.
<br />
<br />Romeu (Pensando) - Ainda não consigo me lembrar! Acho que
<br />ainda estou com a cachola cheia de fumaça!
<br />
<br />Q23. Fanny retorna ao esconderijo e conversa com Lennie.
<br />
<br />Fanny - É um indivíduo esquisito, de barbicha! E parece que
<br />está bem instalado lá, Lennie!
<br />
<br />Lennie - Humm... temos que pensar nisso! Já sei... trate de
<br />arranjar um belo par de pistolas, Fanny!
<br />
<br />Q24. Lady Yaterley e o Major Gunn estão no campo de golfe.
<br />Lady Yaterley acaba de dar uma tacada.
<br />
<br />N: Com o passar dos dias, o Major Gunn e seus amigos melhoram
<br />seu vocabulário Beatnik...
<br />
<br />Major - Ótimo tiro... Ahn... quero dizer, "um chutaço e
<br />tanto"!
<br />
<br />Lady - Concordo que... bem... estou "bamba" nesse troço!
<br />
<br />Q25. Vê-se um carro, duas barracas armadas, Fanny cozinhando
<br />alguma coisa e Lennie deitado dentro de uma das barracas.
<br />
<br />N: Enquanto isso, acampados no bosque, Lennie e Fanny
<br />aguardam a oportunidade de recuperar o material roubado...
<br />
<br />Fanny - Rasguei as meias de naylon... aranhas saltam em cima
<br />de mim durante a noite...já estou farta desta vida de
<br />nômade!
<br />
<br />Q26. Romeu toca bongô no convés da barcaça, rodeado por Beth
<br />e outros Beatniks.
<br />
<br />Beth - Escute, Earl...
<br />
<br />Romeu - Cadeado na vitrola, menina! É melhor do que
<br />papaguear como uma velhota! Neres de conversa bonita, se não
<br />quiser que eu quebre o cachimbo da paz!
<br />
<br />Q27. Os Beatniks andando na margem e a barcaça ao fundo. Beth
<br />decide voltar à esta.
<br />
<br />N: Naquela noite, quando a turma de Beatniks deixa a
<br />barcaça...
<br />
<br />Gerald - Hum... parece que temos uma tempestade no forno!
<br />Vai ser um toró de arrasar!
<br />
<br />Beth - Continuem, meninos! Quero conversar um pouco com o
<br />Earl! Anda muito jururu e isso me dá o que pensar!
<br />
<br />Q28. Fanny está com um revólver na mão e Lennie com uma
<br />xícara, da qual sai uma fumaça. Continuam no acampamento.
<br />
<br />N: Mas, no bosque...
<br />
<br />Fanny - Não vai haver briga, Lennie! Aponte isso para ele,
<br />amarre-o em seguida e depois levaremos o que é nosso!
<br />
<br />Lennie - Epa! Que pistolão!
<br />
<br />Fanny - Ora! É apenas uma arma de brinquedo que surrupiei em
<br />uma loja!
<br />
<br />Lennie - Fanny, você me hipnotiza! Algum dia hei de afogá-la
<br />em jóias!
<br />
<br />Q29. Beth e Romeu conversam no interior da barcaça.
<br />
<br />Beth - Earl... sei que é caceteação falar muito... mas a
<br />verdade é que você anda fora do compasso! Fica aí num estado
<br />de "semibreve". Parece que não está mais conosco!
<br />
<br />Q30. Lennie e Fanny estão no convés da barcaça.
<br />
<br />N: Lá fora, Lennie e Fanny entram furtivamente na barcaça...
<br />
<br />Lennie - Escute... não colocou espoletas nisto?
<br />
<br />Fanny - Não, meu bem! Sei que você detesta os estampidos!
<br />
<br />Q31. Lennie e Fanny estão descendo a escada que dá para a
<br />cabine da barcaça. Beth e Romeu não percebem a presença
<br />deles.
<br />
<br />Beth - Da maneira que você vai, só posso dizer que isso me
<br />deixa... Oh! Não era isso que eu queria dizer, mas...
<br />
<br />Q32. Lenie e Fanny rendem Beth e Romeu, apontando-lhes as
<br />pistolas.
<br />
<br />Lennie - Mãos ao alto!
<br />
<br />Beth - Céus! Earl, estamos sendo assaltados!
<br />
<br />Romeu - Sim, estou vendo, menina!
<br />
<br />Q33. Lennie aponta a arma para eles. Beth está amarrada e
<br />Fanny está amarrando Romeu.
<br />
<br />Lennie - Depressa, Fanny! Quero tirar logo a prataria de
<br />debaixo do assoalho!
<br />
<br />Beth - Oooh!
<br />
<br />Q34. Beth e Romeu estão amarrados e Fanny os vigia.
<br />
<br />Beth - É o sujeito que roubou meu tio e escondeu a prataria
<br />aqui!
<br />
<br />Romeu - Não dispare seus esputiniques, menina! Você é uma
<br />Beatinik e deve continuar à margem das banalidades!
<br />
<br />Fanny - Acho que esse sujeito não está com a bola no lugar
<br />certo, Lennie!
<br />
<br />Q35. Vê-se a barcaça oscilando, a água do lago revolta,
<br />raios e a chuva caindo.
<br />
<br />N: A tempestade desabou, por fim, e um vento uivante varre o
<br />lago...
<br />
<br />Fanny - Vamos logo, Lennie! Vai levar nisso a noite toda?
<br />Sabe muito bem como os trovões me apavoram!
<br />
<br />N: Lenie arrancou algumas tábuas do assoalho do barco e está
<br />pegando um pequeno baú no buraco...
<br />
<br />Lennie - Estou fazendo o que posso e não é me apressando que
<br />vai acabar com a trovoada!
<br />
<br />Q36. Lennie, agachado, arruma a prataria no baú e Fanny está
<br />abraçada a ele. Ao fundo vê-se Beth e Romeu amarrados.
<br />
<br />Beth - Earl, aquela é a prataria do meu tio! Não podemos
<br />permitir que a levem!
<br />
<br />Romeu - Riquezas materiais! Em minha opinião, não devemos
<br />conceber-lhes meio grama de pensamento!
<br />
<br />Beth - Psiu! Consegui livrar uma das mãos! Vou desamarra-lo
<br />e depois você salta sobre eles!
<br />
<br />Romeu - Ação? Isto é para os muares! Não me venha com
<br />maluquices!
<br />
<br />Beth - Bolas! Pare com essa gíria de maluco!
<br />
<br />Romeu - Calma! Até parece que está correndo de lambreta para
<br />os domínios da gente quadrada!
<br />
<br />Continua...LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-71088870994115361542009-10-12T18:39:00.001-03:002009-10-12T18:42:45.652-03:00Romeu Brown, em... Os Transviados! - Parte III* Ledora: Anair Campos
<br />
<br />
<br />Q1. Lennie está agachado diante do buraco no assoalho e
<br />vê-se algumas tábuas recostadas na parede do barco e Fanny
<br />de pé ao seu lado.
<br />
<br />Lennie - Está tudo aqui, Fanny!
<br />
<br />Fanny - Preste atenção, Lennie! Estou sentindo uma espécie
<br />de movimento oscilante...
<br />
<br />Q2 Lennie e Fanny sobem ao convés do barco e percebem que
<br />este navega.
<br />
<br />N: E quando Lennie e Fanny chegam ao convés da barcaça...
<br />
<br />Lennie - A borrasca arrastou-nos da margem! Estamos no meio
<br />do lago!
<br />
<br />Fanny - E, como você, eu também não sei nadar! Tenho medo,
<br />Lennie!
<br />
<br />Lennie - Ai, Estou ficando enjoado... acho que vou...
<br />
<br />N: Lennie põe a cabeça pra fora do barco e vomita...
<br />
<br />Lennie - Uuuuuuuuuu... uuuuuuuu...
<br />
<br />Q3. Beth desamarra Romeu.
<br />
<br />N: E lá embaixo...
<br />
<br />Beth - Pronto! Está livre! Vamos perseguir os ladrões!
<br />
<br />Romeu - Pare com essa corneta, guria! Estou com bossa para
<br />um novo poema! Uma dupla de finórios meliantes furta os bens
<br />da gente bem e por isso, sim, são bem galantes Não posso
<br />tratá-los com desdém! Oh, não faço isso... porque mau não
<br />sou! Deixemo-los soltos, livres... manjou?
<br />
<br />Beth - Não! Estou me tornando quadrada e tenho orgulho
<br />disso! Detesto o mundo dos Beatniks! É um mundo fingido!
<br />
<br />Q4. Beth, com raiva, bate com um bule na cabeça de Romeu.
<br />
<br />* PLOFT
<br />
<br />Beth - E detesto você também!
<br />
<br />Q5. Fanny e Lennie conversam no convés.
<br />
<br />N: A velha barca, desgarrada, sacode-se no meio do lago
<br />varrido pela tempestade...
<br />
<br />Fanny - Que vamos fazer?
<br />
<br />Lennie - Quanto a você, não sei, Fanny! Mas, para mim, não
<br />há alternativa!
<br />
<br />Q6. Lennie está agarrado à amurada da barcaça e Fanny
<br />sentada no chão do convés. A tempestade continua.
<br />
<br />*SISSISSISSISSISSISSISSI (Vento sibilando)
<br />
<br />Fanny - Oh! Quando você começa a cometer asneiras, sempre
<br />termina assim, Lennie Blick!
<br />
<br />Q7. Romeu está caído e Beth agachada ao seu lado.
<br />
<br />N: E lá embaixo...
<br />
<br />Betty - Earl, Earl! Oh! Botei-o a nocaute!
<br />
<br />Q8. Romeu e Beth estão sentados no chão.
<br />
<br />Romeu - Humm! Que aconteceu? Onde estou? Oh!
<br />
<br />N: E ao perceber a presença de Beth...
<br />
<br />Romeu - Olá... quem é você? Ei! De onde é que veio essa
<br />barba? E por que estou usando essas roupas ridículas?
<br />
<br />Beth - Earl... perdeu de novo a memória?
<br />
<br />Q9. Ambos estão em pé.
<br />
<br />Romeu - Como? Não... creio que acabo de recuperá-la, isso
<br />sim! E não sou nenhum Earl! Chamo-me Romeu Brown e sou
<br />detetive particular!
<br />
<br />Beth - Hein? Mas... você deve ser Earl Krupper, o famoso
<br />"Rei dos Beatniks"!
<br />
<br />Romeu - Está enganada! Sou Romeu Brown e a última coisa que
<br />me lembro é ter chegado a Fernley Green para solucionar um
<br />roubo de que foi vítima o Major Gunn!
<br />
<br />Beth - Você perdeu a memória e eu disse que você era Earl
<br />Krupper!... Oh, que terrível engano!
<br />
<br />Q10. Lennie e Fanny estão no convés sob a chuva.
<br />
<br />N: E no tombadilho da barcaça...
<br />
<br />Fanny - Ânimo... temos que pensar!
<br />
<br />Lennie - Já estou... uuuuuuuuu (Vomitando) pensando, Fanny!
<br />E o que penso, é que estamos afundando! Posso ver a água
<br />subindo!
<br />
<br />Q11 Romeu está sentado no sofá e Beth em pé diante dele.
<br />
<br />N: Mas...
<br />
<br />Beth - Puxa! Estou contente por você não ser Earl Krupper!
<br />Estou farta dessa história de Beatnik!
<br />
<br />Romeu - Deixe isso de lado! Diga-me o que aconteceu até
<br />agora!
<br />
<br />Q12. Romeu está de cócoras diante do buraco no assoalho do
<br />barco e Beth de pé ao seu lado.
<br />
<br />N: E assim, minutos mais tarde...
<br />
<br />Beth - Era aí que o roubo estava escondido! Talvez os
<br />larápios ainda estejam a bordo... porque tenho mais do que
<br />certeza que estamos desgarrados no meio do lago!
<br />
<br />Romeu - Eu também! Pode se sentir isso! E a água está
<br />invadindo a barca!
<br />
<br />Q13. Lennie está sentado junto a amurada e Fanny só de
<br />calcinha e sutian segurando as roupas.
<br />
<br />Lennie - Que está fazendo, Fanny?
<br />
<br />Fanny - Vou pedir socorro amarrando minha roupa no mastro de
<br />bandeira!
<br />
<br />Lennie - E os dois que deixamos amarrados lá embaixo? Podem
<br />morrer afogados!
<br />
<br />Fanny - Oh! É melhor que eu desça para desamarra-los!
<br />
<br />Q14. No camarote, Romeu e Beth conversam.
<br />
<br />Romeu - Psiu! Ouço os bandidos lá no convés! Vou atacá-los,
<br />e tentar tomar-lhes as armas!
<br />
<br />Beth - Maravilhoso, Romeu! Formidável!
<br />
<br />Q15. Romeu agarra Fanny que descia a escada e Beth a um
<br />canto segura um porrete.
<br />
<br />Romeu - Agora!
<br />
<br />Fanny - Aaaaai! Ooooh!
<br />
<br />Q16. Romeu subiu ao convés com Fanny no ombro e Beth está
<br />próxima a Lennie, ainda com o porrete na mão.
<br />
<br />Romeu (Pensando) - Vou cair!
<br />
<br />Fanny - Socorro!
<br />
<br />Lennie - Oh! Se me desculpam...
<br />
<br />Beth - Faça um movimento em falso e lhe amarroto a cabeça
<br />com isto! Entregue-me a arma!
<br />
<br />Q17. Romeu e Fanny estão caídos no chão do convés. Beth
<br />pegou as pistolas de brinquedo.
<br />
<br />Fanny - Vamos todos morrer afogados e você bem o merece, por
<br />ser um intrometido!
<br />
<br />Romeu - Ela tem razão, Beth! A barca está afundando! Temos
<br />de dar um jeito de dirigi-la para terra!
<br />
<br />Beth - Sim... mas, como?
<br />
<br />Q18. Os quatro estão no convés da barcaça.
<br />
<br />Romeu - Usarei uma prancha como leme e vocês descem e tampam
<br />o buraco!
<br />
<br />Fanny - Posso saber como iremos tapar o buraco?
<br />
<br />Beth - Ora, menina! Você sabe muito bem como se arranjar...
<br />
<br />Q19. Fanny e Lennie estão sentados, um de costas para o
<br />outro, sobre os buracos no casco do barco, tampando-os com
<br />seus bumbuns.
<br />
<br />N: Pouco depois...
<br />
<br />Fanny - Acho que estamos num beco sem saída! Se um raio não
<br />nos atingir, não escaparemos da morte por afogamento!
<br />
<br />Lennie - E se não nos afogarmos, iremos passar três anos no
<br />grande hotel das grades!
<br />
<br />Lennie - A água deve estar boa para um mergulho... que acha,
<br />Fanny?
<br />
<br />Fanny - Idéia muito interessante, engraçadinho!
<br />
<br />Q20. Romeu usa uma tábua como leme e Beth, com outra, rema.
<br />
<br />Romeu - O vento nos ajuda a governar a barca! Mais força
<br />para bombordo, Beth!
<br />
<br />Beth - Capisco, quero dizer, sim!
<br />
<br />Q21. Fany e Lennie, ainda sobre o buraco, conversam.
<br />
<br />N: Lá embaixo, Lennie e Fanny, que haviam arranjado um meio
<br />de tapar o buraco...
<br />
<br />Fanny - Lennie... quando nos livrarmos dessa enrascada,
<br />trate de arranjar um emprego honesto, compreende? Chega de
<br />roubos e falcatruas... você não dá mesmo para isso! Veja só
<br />a trapalhada em que estamos! Temos aqui toda essa riqueza e
<br />não sabemos se a aproveitamos ou jogamos fora!
<br />
<br />Lennie - Encontrarei uma saída! Não me sinto mais enjoado!
<br />Este assento molhado deve ter me curado, Fanny!
<br />
<br />Q22. A barca bate na margem. Beth está pulando no convés e
<br />Romeu está de pé.
<br />
<br />* PRAAAMM
<br />
<br />Beth - Conseguimos, Romeu! Nenhum Beatnik faria o que você
<br />fez! Espere até que eu diga isso aos gatos! Farei com que a
<br />turma volte ao caminho do bem! Vou ensinar-lhes que ser
<br />Beatnik é loucura! Você vai ver!
<br />
<br />Q23. Lennie e Fanny conversam.
<br />
<br />Lennie - Encalhamos! Vamos tentar fugir, Fanny!
<br />
<br />Fanny - Não... não posso sair daqui, Lennie!
<br />
<br />Q24. Romeu e Beth descem ao camarote onde Fanny e Lennie
<br />estão presos pelos respectivos bumbuns ao buraco no casco da
<br />barca.
<br />
<br />Lennie - Um pouco de força, Fanny! Mas, cuidado para não
<br />rasgar o resto da roupa...
<br />
<br />Q25. Romeu aponta o dedo para Fanny e Lennie. Beth está ao
<br />seu lado.
<br />
<br />Romeu - Muito bem... sou detetive particular e vou
<br />entregá-los à polícia!
<br />
<br />Lennie - Não fizemos nada de mais, Chefe! Caímos numa
<br />arapuca!
<br />
<br />Romeu - Estou vendo! Hahahahahahaha!
<br />
<br />Fanny - Engraçadinho! Estamos "fisgados" e ele acha que é
<br />motivo para rir!
<br />
<br />Lennie - Apanhados por um "tira" particular! Você tem razão,
<br />Fanny. Quando isso tudo acabar, vou arranjar um emprego
<br />honesto!
<br />
<br />Q26. Vê-se os rostos de Beth e Romeu em close.
<br />
<br />Beth - Romeu... eles taparam o buraco e nos salvaram! E, se
<br />não fosse por eles, você não teria recuperado a memória!
<br />
<br />Romeu - Oh! E eu, ingrato... sim, realmente devemos algo a
<br />eles!
<br />
<br />Q27. Romeu, Beth, Fanny e Lennie, estes dois últimos ainda
<br />presos ao buraco.
<br />
<br />Fanny - Seu Romeu... se nos der uma oportunidade, prometemos
<br />seguir o caminho do bem!
<br />
<br />Q28. Romeu vai puxar Fanny para soltá-la do buraco e ela cai
<br />por cima dele. e Lennie fica meio deitado, ainda preso ao
<br />buraco.
<br />
<br />N: Romeu consegue livrar Fanny da difícil situação, mas,...
<br />
<br />Fanny - Ooooh! Puxou com muita força! Deixa-nos escapar,
<br />Romeu? Prometemos nunca mais fazermos o que fazíamos,
<br />sinceramente!
<br />
<br />Romeu - Sim, sim! Está bem!
<br />
<br />Q29. Beth está próxima a Lennie. Ao fundo estão Romeu e
<br />Fanny.
<br />
<br />Lennie - Ela me manterá na trilha da honestidade, Senhorita!
<br />Minha pequena é direita e de bons sentimentos e me partirá o
<br />pescoço se eu sair fora da linha!
<br />
<br />Q30. Beth, Romeu, Fanny e Lennie estão de pé.
<br />
<br />Lennie - Chefe, sua fé na bondade humana tocou-me o coração!
<br />Eu e Fanny esqueceremos o passado e levaremos uma vida
<br />respeitável! E, no tempo devido, daremos ao nosso
<br />primogênito o seu nome, Chefe!
<br />
<br />Fanny - Lennie, você é terrível!...
<br />
<br />Beth - Puxa, Romeu! Acho que, agora, estamos livres das
<br />trapalhadas! Que alívio!
<br />
<br />Romeu (Pensando) - Ela não sabe que minha vida é assim, cheia
<br />de trapalhadas! Mal saio de uma e logo entro em outra!
<br />(Falando) - Bem, agora é só devolver a prataria do Major
<br />Gunn!
<br />
<br />Beth - É melhor não precipitar as coisas, Romeu! Precisará
<br />de dois dias, pelo menos, para voltar ao normal e aparecer
<br />com os objetos roubados e uma boa história!
<br />
<br />Romeu - Sim! E não posso dizer que permiti que os lladrões
<br />escapassem!
<br />
<br />Q31. Romeu pára o carro na frente da casa do Major Gunn,
<br />toca a campanhia e é atendido pelo mordomo do Major.
<br />
<br />N: Dois dias depois...
<br />
<br />Romeu - Boa-tarde... sou Romeu Brown! Lamento se chego com
<br />algumas semanas de atraso para minha entrevista com o Major
<br />Gunn!
<br />
<br />Foster - Somente algumas semanas? Homem, ele está cheio até
<br />o cocuruto com você! Se farejá-lo, é capaz de disparar como
<br />um foguete!
<br />
<br />Romeu - Ooooh!
<br />
<br />Q32. Alguns pais estão reunidos na sala da casa do Major
<br />Gunn.
<br />
<br />N: Enquanto isso, o Doutor Siltz observa os resultados do
<br />seu plano...
<br />
<br />Siltz - Explendido, Senhoras e Senhores! Tenho certeza de
<br />que, agora, estão verdadeiramente preparados para se
<br />comunicarem com seus filhos! Para conversar na linguagem
<br />deles... e compreendê-los!
<br />
<br />Lady - Escuta, neguinho! Tenho na massa cinzenta que aquele
<br />gajo é do tipo "honestino"!
<br />
<br />Major - Não passa de um escutador de estrelas! Ali vem o
<br />Foster buzinando...
<br />
<br />Q33. Foster chega na sala.
<br />
<br />Foster - Com licencinha, Seu Majô! Aí fora da toca há um
<br />sujeitinho chamado Romeu Brown e diz que quer um bate-papo
<br />com o Senhor!
<br />
<br />Major - Romeu Brown? Aquele olheiro de aluguel? Mande-o
<br />cantar em outra freguesia!
<br />
<br />Q34. Major Gun, Lady Yatterley e outros pais andando na rua.
<br />Romeu, com o baú na mão, corre atrás deles.
<br />
<br />Major - Vamos bater no pé, para um forró com os gatinhos e
<br />perdizes!
<br />
<br />Romeu - Mas... mas... espere, Major Gunn! Major... Major!
<br />Quero lhe mostrar... Puff... o que trago neste baú!
<br />
<br />Lady - Deixe de tocar corneta, homem! Não atrapalhe! Vamos
<br />nos desmilinguir num arrasta-pé!
<br />
<br />Q35. Romeu Brown alcança o Doutor Siltz e fala com ele.
<br />
<br />Romeu - Puff! O Senhor parece normal! Pode me dizer que
<br />diabo aconteceu aqui?
<br />
<br />Doutor Siltz - Bem... aconselhei a essa boa gente a mergulhar
<br />nos modos dos Beatniks... a fim de que melhor pudessem
<br />compreender os filhos... mas, ao que parece, deixaram-se
<br />dominar pela coisa!
<br />
<br />Q36. Vê-se a alguma distância toda a "velharia" vestida á
<br />carater, isto é, como os Beatniks se vestiam à época e Romeu
<br />Brown seguindo atrás destes, ainda com o baú na mão.
<br />
<br />N: Entre assustado e maravilhado, Romeu Brown segue os novos
<br />Beatniks...
<br />
<br />Lady - Já estou sentindo comichão nos quadris!...
<br />
<br />Major - E eu tenho a sensação que estou virando semifusa!
<br />
<br />(N.A. - Semifusa = Relativo à nota musical)
<br />
<br />Lady - Bum bum bim bim!
<br />
<br />Romeu (Pensando) - Papagaios! Estão piores que os
<br />verdadeiros Beatniks, mas vão sofrer um choque terrível!
<br />
<br />Q37. Beth com uma batuta na mão, alguns rapazes e moças
<br />tocando algum instrumento musical, entre estes, contrabaixo,
<br />violino, saxofone, bateria, trompete, sino, pratos e até uma
<br />flauta... uma orquestra.
<br />
<br />N: E, na barcaça...
<br />
<br />Beth - Agora! Todos preparados, rapazes e moças?
<br />
<br />Q38. A velharia beatniquizada chegando à barcaça.
<br />
<br />Lady - Ah! Já vamos baixar no terreiro, papaca!
<br />
<br />Major - Ouçam o jazz! Mavioso como canto de urubu!
<br />
<br />Lady - Jazz? É a "valsa dos patinadores" que estão
<br />arranhando! E ... e... vejam as fatiotas deles! Parecem cem
<br />por cento quadrados!
<br />
<br />Q39. A velharada está subindo na barcaça sendo observada
<br />pelos rapazes e moças que estão ali e os olham assustados.
<br />
<br />Major - Olá, gatinhos! Podemos entrar no lesco-lesco?
<br />
<br />Beth - Titio! Enlouqueceu!
<br />
<br />Lady - Estamos todos maluquinhos, filhota! O mesminho que
<br />vocês, pescou?
<br />
<br />Gerald - Mamãe! Deixe dessa conversa absurda e livre-se
<br />dessa roupa ridícula!
<br />
<br />Moça - Oh! Nunca pensei que nossos pais tivessem tamanha
<br />coragem!
<br />
<br />Q40. Rapazes, moças e seus pais, na margem do lago, ao lado
<br />da barcaça e Romeu Brown, agachado, segurando o baú.
<br />
<br />Romeu - Hahhahahhahahhah! Oh, Senhor! Hahhahahhahahahahhaha!
<br />
<br />Q41. A velharada conversa com seus filhos. Romeu está à
<br />parte olhando.
<br />
<br />Romeu (Pensando) - Beth disse que faria seu bando voltar ao
<br />bom caminho e não há dúvida de que foi bem sucedida!
<br />
<br />Major - M-mas... pelo que nos buzinaram tínhamos que nos
<br />encaixar na mesma bitola de vocês para manjarmos seus modos!
<br />
<br />Beth - "Manjar", "capiscar", "lesco-lesco"... é assim que se
<br />trata a gloriosa herança do nosso idioma?
<br />
<br />Gerald - São nossos pais e não nos devem colocar numa
<br />posição tão embaraçosa!
<br />
<br />Beth - Desistimos da idéia dos Beatniks! Compreendemos,
<br />agora, que, o melhor é levarmos uma existência normal!
<br />
<br />Q42. Romeu, enxugando o suor do rosto e com o baú aberto,
<br />aproxima-se do Major.
<br />
<br />Romeu - Posso interessá-lo nisto, Major? Sou Romeu Brown!
<br />Lembra-se?
<br />
<br />Major - Oh! Minha prataria roubada! M-mas... você chegou há
<br />pouco e não dispôs de tempo para recuperar os objetos
<br />roubados!
<br />
<br />Romeu - Estive trabalhando secretamente no caso, mas,
<br />peço-lhe, não faça perguntas! Romeu Brown nunca revela seus
<br />métodos de investigação!
<br />
<br />Q43. Romeu, Beth, Foster e o Major conversam numa sala.
<br />
<br />N: Naquela noite, na casa do Major Gunn...
<br />
<br />Major - Você é formidável, Romeu Brown! Marcou um grande
<br />tento e...
<br />
<br />Romeu - Ora, ora, Major!
<br />
<br />Major - Sim, marcou um tento... Ahn... quero dizer, fez um
<br />excelente trabalho!
<br />
<br />Beth - Escutem! Chopin! Lindo, não? E você, Foster... acho
<br />que está contente por não ter mais que praticar a fala dos
<br />beatniks!
<br />
<br />Foster - Não sei bem, Miss Beth! Ah!... Já estava começando
<br />a gostar, sabe?
<br />
<br />Romeu - Ora, "manje" só esta!... hahhahahhahahahhahahahha!
<br />
<br />
<br /> FIMLUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-14448457910610557802009-10-12T18:36:00.000-03:002009-10-12T18:37:39.194-03:00Marilyn Holmes, em... Carmina, a Irresistível! - Parte ILedora: Anair Campos<br /><br /> - - -<br /><br /> Nota sobre esta transcrição:<br /><br />Não consegui encontrar nada sobre esta personagem.<br /><br />Esta história foi transcrita da Revista "Quem foi?", número<br />54 de janeiro / fevereiro de 1964, publicada pela EBAL -<br />Editora Brasil América Ltda.<br /><br />Ganhei duas Revistas "Quem Foi?" do amigo brasiliense Sérgio<br />Moraes, A quem agradeço a gentileza por ter tornado possível<br />este trabalho.<br /><br /> - - -<br /><br /><br />Q1. Marilyn está na banheira e Ciana conversa com ela.<br /><br />N: Depois daquela divertida aventura numa das ilhotas do<br />Caribe, a bela e inteligente Marilyn Holmes e Ciana, sua não<br />menos bonita assistente, vêem com tristeza se aproximar o<br />momento em que devem partir das praias ensolaradas das<br />Bermudas. Mas o destino parece favorável às duas irrequietas<br />detetives e eis que, pouco antes de embarcar, ambas se<br />envolvem em nova e empolgante aventura...<br /><br />Marilyn - Bem, Ciana, chegou nosso último dia nas Bermudas!<br />Que pena não podermos levar o sol conosco!<br /><br />Ciana - Por mim, passaria anos aqui!<br /><br />Marilyn - Deveras? Por causa do clima ou de Brad?<br /><br />Ciana - Do clima... mas, e você? Não está triste por se<br />despedir de Duke?<br /><br />Marilyn - Um pouco, mas a vida é uma espécie de correia<br />transportadora e não a pararia, ainda que pudesse!<br /><br />Q2. Marilyn se enxugando e Ciana está de roupão.<br /><br />Ciana - A que horas vamos nos despedir dos rapazes?<br /><br />Marilyn - Às oito, mas primeiro vou me encontrar com o Duke<br />na praia.<br /><br />Ciana - Até já posso sentir cheiro de flor de laranjeira...<br /><br />Marilyn - Não penso assim. Ele sabe muito bem que eu queria<br />apenas me divertir um pouco e que preferiria me casar com um<br />foguete de três estágios!<br /><br />Q3. Marilyn e Ciana estão no quarto se vestindo.<br /><br />Ciana - Agora que ele viu você em ação na ilha de Morlight,<br />queria saber que apelido lhe daria... bomba de hidrogênio,<br />talvez?<br /><br />Marilyn - Ainda me trata simplesmente de querida!<br /><br />Q4. Marilyn encontra-se com Duke na praia.<br /><br />N: Naquela tarde, na praia...<br /><br />Marilyn - Ande daí, Duke! Diga a coisa importante que queria<br />dizer!<br /><br />Duke - A conclusão lógica de uma coisa que lhe disse há<br />poucos dias!<br /><br />Marilyn - Humm! Parece um caso da mente sobre a matéria!<br />Bem, isso é com você... estou esperando!<br /><br />Duke - É sobre o fato de você desejar ficar um pouco mais!<br /><br />Marilyn - Que há de estranho nisso? Lembre-se de que sou uma<br />londrina sequiosa de sol!<br /><br />Duke - Talvez possa arranjar-lhe mais alguma ração de sol!<br /><br />Q4. Eles chegam a um ancoradouro e sentam-se.<br /><br />Duke - Consegui trabalho para você aqui mesmo ao sol. Está<br />interessada?<br /><br />Marilyn - Talvez... de que se trata? Espere um pouco. Minha<br />bola de cristal está começando a funcionar. Aposto que é<br />alguma coisa referente às suas reportagens de rádio e TV...<br /><br />Duke - Isso mesmo, querida. Meu chefe sugeriu que lhe<br />oferecesse o lugar!<br /><br />Marilyn - Quê?! Em seu próprio trabalho?<br /><br />Duke - Mais ou menos... mas se trata de trabalho especial,<br />que uma mulher pode fazer melhor do que um homem. O Mills,<br />isto é, meu chefe, acha que a filha dele, Bárbara, se<br />apaixonou por um playboy de nome Conrado!<br /><br />Marilyn - Conrado? Refere-se àquele milionário sul-americano<br />que figura sempre em todas as colunas sociais?<br /><br />Duke - Sim! O moderno Casanova que só viaja de avião a jato!<br /><br />Marilyn - Diga-me... ele é deveras tão mau quanto dizem?<br /><br />Duke - Só você poderá dizer isso. É você quem vai<br />investigar!<br /><br />Marilyn - Diz que Bárbara Mills se apaixonou pelo Dom Juan<br />sul-americano? Pela simpatia ou pelo dinheiro dele?<br /><br />Duke - É isso que meu chefe quer saber. O pobre está quase<br />louco com as notícias de que a filha anda às voltas com esse<br />lobo internacional!<br /><br />Marilyn - Sei que o Conrado é bonitão! Não vejo porque<br />censurar a garota! Por que Mills não interroga a filha?<br /><br />Duke - Você não conhece a pequena!<br /><br />Marilyn - Nesse caso, por que não trata você mesmo do<br />assunto, procurando Conrado?<br /><br />Duke - Porque ele é alérgico a jornalistas...<br /><br />Marilyn - E eu? Quer ver meu nome incluído na lista dos<br />desaparecidos?<br /><br />Duke - Não, querida! Você é a única coisa a que ele não pode<br />resistir... uma mulher bonita!<br /><br />Q4. Eles saíram do pier e estão caminhando de volta.<br /><br />Marilyn - Obrigada. Mas como nos aproximaremos?<br /><br />Duke - Conrado não resiste às artistas. E você vai ser<br />"Carmina, a irresistível"!<br /><br />Q5. Marilyn e Ciana estão no bangalô do hotel conversando.<br /><br />N: Mais tarde...<br /><br />Ciana - Vai me dizer que aceitou essa missão? Deve ter<br />enlouquecido!<br /><br />Marilyn - Será bem divertido! Sempre quis conhecer um<br />"playboy" milionário...<br /><br />Ciana - E como vai ele acreditar que você é uma famosa<br />estrela da Continental Filmes?<br /><br />Marilyn - Meu chefe vai me levar aos pináculos da fama!<br /><br />Q6. Elas estão na janela e na rua passa um carro de<br />propaganda.<br /><br />Carro - "Notícia de última hora... acabamos de ser<br />informados de que Carmina, a irresistível estrela européia<br />de cinema, planeja passar as férias aqui nas Bermudas!<br />Fala-se que ela procura um príncipe encantado... e<br />endinheirado!"<br /><br />Marilyn - Ouviu isso? Que foi que eu lhe disse?<br /><br />Ciana (Lendo um jornal) - Veja os jornais da tarde, Marilyn!<br />Já estou com vontade de lhe pedir um autógrafo! Veja,<br />Marilyn, o que está neste jornal, logo abaixo de uma foto<br />sua, dançando: "Carmina, a irresistível. Cuidado meninas! Ela<br />vem aí!<br />A estrela de cinema, Carmina, a irresistível, está decidida<br />a passar as férias na Ilha New Providence. Depois de seu<br />último romance fracassado, diz que está farta dos homens. Em<br />ocasiões anteriores, declarações idênticas foram prelúdios<br />de outros casos de amor".<br /><br />Marilyn - Ora, Cia! Atualmente, ninguém vai longe sem<br />publicidade! Ao que parece, Conrado vai dar uma festa num<br />hotel de New Providence. Devo chegar no meio da festa,<br />levando você como minha secretária e Duke como motorista!<br /><br />Ciana - E esta história tem por fim animar o espírito de<br />domador de feras do playboy, não? É melhor que você tenha<br />cuidado...<br /><br />N: No rádio a música é interrompida e elas escutam um<br />locutor dizer: "Dizem que Carmina está mesmo decidida a não<br />entregar o coração a outro homem, mas aconselhamos as moças<br />destas ilhas a se acorrentarem a seus namorados! Carmina<br />inflama e tem um coração inflamável!"<br /><br />Ciana - Como se sente a irresistível?<br /><br />Marilyn - Carmina sente-se em solidão e, por isso, está<br />triste... que acha desse vestido, Cia?<br /><br />Ciana - Conrado não poderá deixar de rir, pois isso é<br />vestido para adolescente!<br /><br />N: Mais uma vez a música no rádio é interrompida para dar<br />mais uma notícia sobre a Carmine: "Fomos informados de que<br />Carmina vai trazer um dos seus exóticos animais de estimação!"<br /><br />Marilyn - Isso é outra idéia do Duke! Ele disse que estava<br />arranjando uma coisa. Espero que não sejam ratos brancos,<br />pois não os tolero!<br /><br />Ciana - Provavelmente será um lagarto ou um macaquinho!<br />Hahhahahhaha!<br /><br />Q6. Como a porta estava aberta, Duke entra.<br /><br />Duke - Enganam-se, meninas! Tenho uma coisa muito mais digna<br />de ser vista... posso trazê-la?<br /><br />Marilyn - Olá, Duke! Não há dúvida de que você me<br />transformou em estrela de uma hora para outra!<br /><br />Ciana - Qual é o animal de estimação?<br /><br />Duke - Aguardem um pouco... vou buscá-la!<br /><br />N: Duke sai da cabana e logo retorna...<br /><br />Duke - Apresento-lhes Zoe...<br /><br />N: Assustada, Ciana levanta-se e cai por cima de Marilyn, ao<br />correr...<br /><br />Marilyn - Está louco, Duke? T-tire esse bicho daqui!<br /><br />Duke - Sinceramente, meninas! Zoe é incapaz de maltratar uma<br />mosca!<br /><br />Ciana - Mas não somos moscas! Faça o favor de leva-lo para<br />longe!<br /><br />N: Duke abraça o animal que se deitou na sala...<br /><br />Duke - Calma! Zoe é uma tigre fêmea de cinema, bem treinada<br />e mansa!<br /><br />Marilyn - Parece engraçada, sim! Tem certeza de que é<br />inofensiva?<br /><br />Duke - Acha que arriscaria minha pele andando por aí com<br />ela, se não fosse mansa?<br /><br />Marilyn - É... parece bem mansinha!<br /><br />Ciana - Duke! Ela adotou a fera!<br /><br />Duke - Nesse caso, é melhor que a Zoe tenha cuidado!<br /><br />Q7. Conrado, na beira da piscina, lê um jornal e sobre uma<br />mesa vê-se outros. Sentado ao lado dele há um outro homem.<br /><br />N: Em sua fabulosa vila em New Providence, o playboy Conrado<br />lê as últimas edições dos jornais...<br /><br />Conrado - Joe, diga-me uma coisa! Você é mesmo meu<br />secretário particular?<br /><br />Joe - Decerto, Conrado!<br /><br />Conrado - Marca meus encontros, compra presentes, encomenda<br />flores, fala-me de todos os mexericos, dos filmes, etc...<br /><br />Joe - Correto!<br /><br />Conrado - Por que, então, não me falou desta Carmina? Todos<br />sabem a respeito dela! Os jornais falam dela, mas eu,<br />Conrado, fui o último a saber!<br /><br />Joe - Mas, Conrado, nunca ouvi falar nessa Carmina! Deve ser<br />uma simples figurante do cinema europeu!<br /><br />Conrado - Acho que você está ficando preguiçoso! Todos os<br />jornais estão cheios de notícias de Carmina! O rádio só fala<br />de Carmina e você diz que ela é uma simples figurante?<br /><br />Joe - Talvez tenha conseguido um grande contrato da noite<br />para o dia!<br /><br />Conrado - Os jornais dizem que ela não é feliz no amor.<br />Naturalmente, pois ainda não teve a oportunidade de conhecer<br />Conrado! Mas terá...<br /><br />Q8. Conrado e Joe continuam sentados e chega Bárbara Mills.<br /><br />N: Chega, neste momento, Bárbara Mills, cuja paixão por<br />Conrado Marilyn Holmes vai pôr à prova...<br /><br />Conrado - Humm... nossa encantadora convidada Bárbara... Joe<br />está ficando indolente! Você, minha beleza, vai julgá-lo,<br />como juíza e jurada ao mesmo tempo!<br /><br />Bárbara - Com prazer! Que crime ele cometeu?<br /><br />Conrado - Veja esta fascinante Carmina! Todos a conhecem,<br />exceto eu! Meu incompetente secretário nunca me falou dela!<br /><br />Bárbara - Talvez ele tenha andado ocupado demais nos<br />preparativos de sua festa!<br /><br />Conrado - Ah, a festa! Quase a esqueci! Vou examinar a lista<br />de convidados!<br /><br />Q8. A festa acontece. Vê-se homens e mulheres bem vestidos,<br />sentados às mesas, em pé ou dançando.<br /><br />N: A festa de Conrado, no hotel, tem a marca costumeira do<br />playboy: moças, bebidas... mais moças e mais bebidas...<br /><br />Q9. Na cozinha da festa dois homens conversam.<br /><br />Cozinheiro - Ninguém desmaiou ainda?<br /><br />Garçom - Não! E a festa parece desanimada...<br /><br />Q10. De volta ao salão vemos Conrado e outras pessoas.<br /><br />N: E o anfitrião também tem aparência de desânimo...<br /><br />Uma moça - Que tem você, Conrado? Não encontra uma namorada?<br /><br />Conrado - Nenhuma!<br /><br />Q11. Duke e Ciana chegam ao hotel e esta conversa com o<br />atendente.<br /><br />N: Perfeitamente sintonizada com a festa de Conrado, a<br />guarda avançada de Marilyn Holmes chega ao hotel... Duke<br />como motorista e Ciana como secretária...<br /><br />Ciana - Já está preparado o apartamento da Senhorita<br />Carmina?<br /><br />Atendente - Decerto, Senhorita!<br /><br />Ciana - Que algazarra é esta?<br /><br />Atendente - É a festa do Senhor Conrado, no salão de<br />banquetes!<br /><br />Ciana - Ótimo! A Senhorita Carmina adora festas... pode<br />participar desta?<br /><br />Atendente - Sinto, mas é particular... espero que<br />compreenda! Sendo a festa particular, não podemos interferir<br />na escolha dos convidados!<br /><br />Ciana - Carmina não faz questão de convites!<br /><br />N: Marilyn vem entrando na portaria do hotel...<br /><br />Marilyn - Lógico que não! Venha, Zoe! Vamos nos apresentar<br />ao Senhor Conrado!<br /><br />N: Quando o atendente vê a tigresa, assustado cai para<br />trás...<br /><br />Q12. Na festa, Bárbara dança com Conrado.<br /><br />Bárbara - Está muito calado, Conrado! Não está gostando de<br />sua festa?<br /><br />Conrado - Não, Bárbara! Está muito enfadonha!<br /><br />Bárbara - Tolice! Por que não toma um bom drinque?<br /><br />Conrado - Nada de bebidas! O que preciso é de verdadeiro<br />estímulo!<br /><br />Bárbara (Gritando) - Aaai! Que é aquilo?<br /><br />N: Encarnando a personalidade de Carmina, a famosa estrela<br />da Continental Filmes, Marilyn Holmes, acompanhada de Zoe, a<br />tigresa, faz uma entrada dramática na festa e Conrado...<br /><br />Tigresa (Rugindo) - Grrrrauuuu!<br /><br />n: Só se vê gente correndo, cadeiras e mesas caindo, copos,<br />garrafas, bandejas... o cáos... em dez segundos, Marilyn<br />Holmes e Zoe acabam com a festa de Conrado... de repente, o<br />salão de baile fica deserto como uma paisagem lunar...<br />excetuando-se o anfitrião, Marilyn e Zoe, não se vê mais<br />ninguém...<br /><br />Marilyn - Que pena, Zoe! Todos sumiram... ah, vejo um homem<br />ali!<br /><br />Conrado (Sentado no palco) - Magnífico! Que mulher!Você deve<br />ser Carmina...<br /><br />Marilyn - Bem, afinal! Havia um homem de verdade no meio de<br />tantos camundongos. Quem é você?<br /><br />Conrado - Conrado... aceita um drinque? Ah, Carmina, sempre<br />a imaginei assim... diferente... excitante... maravilhosa!<br /><br />Marilyn - Bajulador...<br /><br />Conrado - Diga-me, meu encanto, onde esteve durante toda a<br />minha vida?<br /><br />Marilyn - Calma! Que idade pensa que eu tenho?<br /><br />Conrado - Você e eu fomos feitos um para o outro! Somos<br />pássaros da mesma plumagem, como se costuma dizer!<br /><br />Marilyn - Quantos outros pássaros tem em sua gaiola?<br /><br />Conrado - Meu anjo da guarda deve ter trazido você para mim!<br /><br />Marilyn - Bem sabe que tenho outro! Não tem medo de que Zoe<br />o reduza a pedaços?<br /><br />Conrado - Vale a pena correr o risco...<br /><br />Marilyn - Admiro sua coragem!<br /><br />Conrado - Minha casa é fria e sem vida! Por favor, leve o<br />calor de sua alma para ela!<br /><br />Marilyn - Mas acabo de ocupar um apartamento no hotel...<br /><br />Conrado - Esqueça-o! Sou dono do hotel também...<br /><br />Marilyn - Mas... e minha secretária e meu motorista?<br /><br />Conrado - Traga-os todos! Tenho quarenta e oito quartos e<br />alguns já estão desocupados!<br /><br />Q13. Conrado está sentado no jardim e Marilyn chega.<br /><br />N: Marilyn Holmes e seu "Estado-Maior" se mudam para a casa<br />de Conrado... e pela manhã...<br /><br />Conrado - Carmina! Como está encantadora!...<br /><br />Marilyn - Galanteios, até mesmo antes do café? Adorei sua<br />casa! Dormi como uma princesa!<br /><br />Conrado - Foi mais feliz do que eu. Passei a noite insone...<br /><br />Marilyn - Nesse caso, vou arranjar-lhe algumas pílulas para<br />dormir!<br /><br />Conrado - Pílulas! Não podem me curar do mal do amor!<br /><br />Marilyn - Dê um passeio que se acalmará!<br /><br />Continua...LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-7080486211121912372009-10-12T18:35:00.002-03:002009-10-12T18:36:38.238-03:00Marilyn Holmes, em... Carmina, a Irresistível! - Parte IILedora: Anair Campos<br /><br /><br />Q14. Marilyn conversa com Duke num caramanchão do jardim.<br /><br />N: Livre de Conrado, Marilyn corre a se encontrar com<br />Duke...<br /><br />Duke - Psiu... psiu...<br /><br />Marilyn (Pensando) - Duke prometeu se esconder por aqui!<br /><br />N: Duke aparece entre uma folhagem...<br /><br />Duke - Entre aqui! Não devem vê-la em companhia do seu<br />motorista!<br /><br />Marilyn - Bem, Duke... estamos no interior da fortaleza. Foi<br />fácil...<br /><br />Duke - Você que o diga! Oxalá me concedesse metade das<br />gentilezas que concede àquele Casanova desenxabido!<br /><br />Marilyn - Está ficando com ciúmes? Espero que se lembre de<br />que esta mascarada foi idéia sua! Assim, não me venha com<br />bobagens!<br /><br />Duke - É verdade! Não se preocupe comigo! Estou me dando<br />muito bem com a criada... tratemos de negócios!<br /><br />N: Marilyn Holmes e Duke planejam, então, como desmascarar<br />Conrado...<br /><br />Marilyn - Já travei conhecimento com Bárbara, a filha do seu<br />chefe, é uma das hóspedes da casa! A pergunta que se impõe<br />é: até que ponto ela leva a sério o romance com Conrado?<br /><br />Duke - Escute, querida... pode conseguir que aquele Romeu a<br />beije?<br /><br />Marilyn - Conseguir? Ora, estou justamente lutando para me<br />afastar das garras dele!...<br /><br />Duke - Se tirássemos uma fotografia de Conrado beijando<br />você, poderíamos deixá-la num lugar em que Bárbara a<br />encontrasse!<br /><br />Marilyn - E ela resolveria o problema?<br /><br />Duke - Faça com que Conrado venha até este ponto às quatro<br />horas da tarde e eu ou Ciana bateremos um instantâneo do<br />beijo!<br /><br />Marilyn (Sorrindo) - Se eu me sair bem, você promete fazer<br />de mim uma verdadeira estrela de cinema?<br /><br />Duke - Calma, "Cleópatra"! Não se precipite! Um beijo chega!<br />Se fizer orgia, sairei logo da emboscada!<br /><br />Marilyn (Sorrindo) - Acho que não é tão fácil fazer Conrado<br />parar...<br /><br />Q15. Marilyn toma chá com Ciana.<br /><br />Ciana - Duke falou-me do plano de fotografar o beijo. Às<br />quatro horas estarei no matagal com a máquina!<br /><br />Marilyn - Está certo! Tentarei representar tão bem, que<br />talvez conquiste um "Oscar"! Gosto de Bárbara. Espero que<br />ela não leve a coisa muito a sério!<br /><br />Ciana - É melhor que ela conheça agora a espécie de lobo que<br />ele é!<br /><br />Q16. Marilyn está com Conrado e saem a passear.<br /><br />N: À tarde, os hóspedes de Conrado saem para suas várias<br />distrações... Tênis, natação ou apenas beber e descansar...<br /><br />Marilyn - Não vai me mostrar seu jardim, Conrado?<br /><br />Conrado - O prazer será meu! Quando quiser! Convidei todos<br />para uma tarde de esquiação aquática! Você gosta?<br /><br />Marilyn - Esperava que você mostrasse o jardim... a sós<br />comigo!<br /><br />Conrado - Providenciarei para que todos se divirtam com a<br />esquiação... menos você e eu... está bem?<br /><br />Marilyn - Ótimo, mas dê-me tempo para mudar de vestido!<br /><br />Q17. Marilyn está no quarto com Ciana.<br /><br />Marilyn - Está tudo arranjado, Cia. Procure tirar bons<br />instantâneos!<br /><br />Ciana - Mais uma recomendação: lembre-se para não ficar na<br />sombra.<br /><br />Q18. Marilyn e Conrado passeiam pelo jardim.<br /><br />N: Às quatro horas da tarde...<br /><br />Marilyn - Seu jardim é paradisíaco, Conrado!<br /><br />Conrado - Estando você nele, sim, é mesmo um paraíso!<br /><br />Marilyn - Vamos por aqui... parece mais bonito!<br /><br />Conrado - Como quiser, querida...<br /><br />Q19. Ciana está escondida entre a folhagem e uma moita.<br />Marilyn e Conrado estão ao fundo do quadro.<br /><br />Ciana (Pensando) - Já posso ouvi-los! Estão se<br />aproximando...<br /><br />Conrado - Aqui é quase selva! Posso lhe mostrar trechos mais<br />românticos!<br /><br />Marilyn - Não, adoro a natureza...<br /><br />Conrado - Tem razão, meu bem! Isto é muito melhor!<br /><br />Marilyn (Pensando) - Se ele soubesse como está certo...<br /><br />N: Marilyn percebe que estão no local em que marcara com<br />Ciana...<br /><br />Marilyn - Estou cansada. Sentemo-nos um pouco!<br /><br />Conrado - Foi tolice minha não compreender porque minha<br />avezinha queria esta parte isolada do jardim...<br /><br />N: Eles estão sentados sob uma palmeira.<br /><br />Marilyn - Foi mesmo? (Pensando) - Ele nunca adivinhará!<br /><br />Conrado - Você e eu somos iguais... desprezamos as<br />convenções e não perdemos tempo!<br /><br />Marilyn - Sim... o tempo é tão breve!<br /><br />N: Eles se beijam e são fotografados por Ciana...<br /><br />Ciana (Pensando) - Foi de arrepiar! Espero somente que não<br />tenha velado o negativo! Já consegui o que queria. Ela já<br />pode deixar de beijar...<br /><br />Marilyn (Pensando) - Ah... Ciana está fazendo sinal para que<br />eu deixe de beijar, o que me agrada! Mas como conseguirei<br />fazer o Conrado se acalmar?<br /><br />N: Marilyn afasta Conrado um pouco...<br /><br />Conrado - Ah, minha avezinha amorosa! Quero tê-la sempre em<br />meus braços... quero beijá-la sempre... quero...<br /><br />Marilyn - E eu quero respirar um pouco!<br /><br />Ciana (Pensando) - Pobre Marilyn! Parece que não consegue<br />encontrar os freios!<br /><br />N: Duke chega ao local onde eles estão...<br /><br />Duke - Ah... um telegrama acaba de chegar, Senhorita<br />Carmina!<br /><br />Conrado - Um telegrama para a Senhorita Carmina? Onde está<br />ele?<br /><br />Duke - Acho que o deixei no quarto da Senhorita!<br /><br />Marilyn - Desculpe deixá-lo tão depressa, mas pode ser<br />importante! O estúdio talvez...<br /><br />Conrado - Estragou-me o dia! Vou com a Senhorita! Não<br />compreendo como seu motorista sabia onde encontrá-la?<br /><br />Marilyn - Ele é tão eficiente...<br /><br />Q20. Duke fala com Ciana.<br /><br />Duke - Tudo limpo, Cia! Pode sair agora. Marilyn e Conrado<br />já se foram!<br /><br />Ciana - Ainda bem! Já estava ficando com cãibras!<br /><br />Q21. Ciana e Duke estão no quarto.<br /><br />N: Momentos após...<br /><br />Ciana - Estão todas muito boas!<br /><br />Duke - Sim, mas escolho esta! Se Bárbara gosta mesmo de<br />Conrado, vai ficar furiosa!<br /><br />Q22. Ciana sai do quarto.<br /><br />N: Ciana, de posse da fotografia, vai a procura de<br />Bárbara...<br /><br />Ciana - Viu a Senhorita Bárbara?<br /><br />Criada - Ela está no jardim!<br /><br />Q23. Ciana vai ao jardim e vê Bárbara conversando com Joe.<br /><br />Ciana (Pensando) - Ah... lá está ela com o secretário de<br />Conrado! Uma combinação perfeita!<br /><br />N: Ciana deixa cair a fotografia diante dos dois...<br /><br />Joe - Não é aquela moça, a secretária de Carmina?<br /><br />Bárbara - E ela deixou cair alguma coisa!<br /><br />Joe - Vou pegar e devolvo-lhe depois!<br /><br />N: Joe pega a fotografia...<br /><br />Joe - Acho que é uma fotografia, Bárbara!<br /><br />Bárbara - É melhor devolvermos!<br /><br />Joe - Está bem! Mas veja isto primeiro...<br /><br />Bárbara - Que é?<br /><br />Joe - Sabe quem são esses dois pombinhos amorosos?<br /><br />Bárbara (Olhando a foto) - Decerto, Joe! A tal de Carmina<br />não perde tempo!<br /><br />Joe (Abraçando a moça) - Eu diria que foi o Conrado que agiu<br />com mais presteza! Que é que as mulheres vêem nele?<br /><br />Bárbara - Um inesgotável talão de cheques, talvez!<br /><br />Q24. Ciana retorna e vê Bárbara e Joe se beijando.<br /><br />Ciana (Pensando) - Bem, eis um belo final...<br /><br />Q25. Ciana e Marilyn conversam à beira da piscina.<br /><br />N: Livrando-se de Conrado, Marilyn Holmes desce à piscina.<br />Está sentada no trampolim...<br /><br />Marilyn - Olá, Cia!<br /><br />Ciana - Bárbara viu a fotografia sua com o Conrado!<br /><br />Marilyn - Então? Notou as reações dela?<br /><br />Ciana - Lógico que sim!<br /><br />Marilyn - Teve um acesso de ciúmes?<br /><br />Ciana - Não! Beijou Joe sofregadamente! Estamos<br />completamente enganados quanto à permanência de Bárbara<br />aqui! Para mim, não tem o mínimo interesse pelo Conrado!<br /><br />Marilyn - Mas, aparentemente, está caidinha pelo secretário<br />dele! Bem, Cia, parece que se trata agora de um caso<br />encerrado!<br /><br />Ciana - Sim, poderemos partir amanhã!<br /><br />Q26. Duke e Ciana conversam.<br /><br />Duke - O chefe ficou aliviado quando lhe telefonei dizendo<br />que Bárbara não está apaixonada pelo Conrado!<br /><br />Q27. Marilyn está no quarto e tem um papel na mão.<br /><br />N: Entrementes, alguém coloca um bilhete por baixo da porta<br />de Marilyn Holmes...<br /><br />"Hoje à noite, meu amor, ficaremos sozinhos! Irei<br />procurá-la. Conrado."<br /><br />Marilyn (Pensando) - A calma daquele palerma... ainda não<br />percebeu que lhe dei o fora!<br /><br />Q28. Marilyn está no quarto e chega Conrado e entra.<br /><br />N: Mais tarde...<br /><br />* TOC TOC<br /><br />Marilyn (Pensando) - Caramba! Parece que já é o Conrado!<br /><br />Conrado - Vim buscá-la!<br /><br />Marilyn - Vá embora, ou soltarei Zoe contra você! Venha,<br />Zoe! Ande daí, Zoe! Apanhe-o! Devore-o!<br /><br />Conrado (Metendo o pé na tigresa) - Ahahahahah! Para trás,<br />bicho feio!<br /><br />N: A tigresa se afasta e Conrado abraça Marilyn...<br /><br />Marilyn - Bem que eu poderia admirá-lo por isso, mas...<br /><br />Q29. Marilyn sai correndo.<br /><br />N: Marilyn liberta-se do abraço de Conrado e foge...<br /><br />Conrado (Correndo atrás da moça) - Carmina! Espere! Há alguma<br />coisa que devo lhe dizer!<br /><br />Marilyn (Correndo) - Diga pelo telefone!<br /><br />Conrado (Correndo) - Aonde vai?<br /><br />Q30. Marilyn pula uma janela.<br /><br />Marilyn - Socorro!<br /><br />Q31. Ciana está no quarto.<br /><br />Ciana - Oh! É a voz de Marilyn! Que será agora?<br /><br />Q32. Marilyn continua fugindo de Conrado.<br /><br />Conrado (Correndo) - Por favor, Carmina! Adoro-a!<br /><br />Marilyn (Correndo) - Socorro!<br /><br />Q33. Ciana vê Marilyn correndo e Conrado atrás dela.<br /><br />Ciana (Pensando) - Humm... Marilyn correndo e Conrado a<br />persegui-la! A pobrezinha precisa de ajuda! Vou chamar o<br />Duke!<br /><br />Q34. Marilyn ainda em fuga e Conrado atrás.<br /><br />Marilyn (Pensando) - Céus! Por que fui me meter nesta<br />enrascada?<br /><br />Conrado - Não pode fugir, Carmina! Cupido me dá asas!<br /><br />Marilyn (Pensando) - Daria muitas libras para estar de volta<br />à minha velha e querida Londres!<br /><br />Q35. Marilyn está caída e Conrado abraçado a ela.<br /><br />N: Ao olhar para trás, Marilyn não vê uma raiz saliente e...<br />tropeça nela e cai...<br /><br />Marilyn - Aaai!<br /><br />Conrado - Pobrezinha! Deve ter se machucado! Deixe-me<br />consola-la! Por você eu iria ao fim do mundo!<br /><br />Marilyn - Por que não vai então? Vai me largar ou não?<br /><br />Conrado - Depois de correr tanto para apanhá-la? Nunca!<br /><br />Q36. Conrado está sobre alguns cactos.<br /><br />N: Marilyn aplica um golpe em Conrado e o joga sobre alguns<br />cactos e sai correndo...<br /><br />Conrado - Ooooh! Aaaaai! Cactos!<br /><br />Q37. Conrado continua correndo atrás de Marilyn.<br /><br />N: Depois de retirar os espinhos da roupa, Conrado recomeça<br />a perseguição...<br /><br />Conrado - Carmina, meu amor! Espere!...<br /><br />Marilyn (Pensando) - Oh! Estou cansada! E logo quando eu<br />pensava que estava livre dele... talvez a água o acalme!<br /><br />Q38. Marilyn está nadando num lago e Conrado nada atrás.<br /><br />N: Ela se joga no lago e Conrado faz o mesmo...<br /><br />Conrado - Apanhei-a!... Desista, meu amor! Não pode fugir de<br />mim!<br /><br />Marilyn (Pensando) - Como gostaria que ele tivesse cãibras,<br />se emaranhasse nas algas ou encontrasse um polvo ou qualquer<br />outra coisa! Estou exausta!<br /><br />Q39. Marilyn chega ao outro lado e sai da água.<br /><br />N: Quando Marilyn retorna à terra firme...<br /><br />Marilyn (Pensando) - Incrível! Lá está ele correndo ainda<br />com mais energia! Não adianta...<br /><br />Conrado - Deve deixar que a ensine a nadar de fato! Assim<br />não se cansará facilmente! Compreende por fim que é inútil<br />fugir do amor?<br /><br />Q40. Conrado a alcança e a abraça.<br /><br />Marilyn - Deixe-me respirar! É tudo que lhe peço!<br /><br />Conrado (Abraçado a ela) - Aceito sua rendição, minha flor<br />de lótus! Voltemos agora para casa!<br /><br />Marilyn - Largue-me! Escute... ouço o barulho de um carro<br />que se aproxima!<br /><br />Conrado - A estrada bordeja o lago! Fique calada!...<br /><br />Marilyn (Pensando) - É minha última esperança!<br />(Gritando) - Socorro, socorro!<br /><br />Conrado - Isso é demais, Carmina!<br /><br />Q41. Marilyn se solta dos braços de Conrado e sai correndo.<br /><br />N: Marilyn percebe que Ciana está no carro e corre em<br />direção a este, com Conrado correndo atrás dela...<br /><br />Marilyn - Sou eu, Ciana! Pare! Pare!<br /><br />Conrado (Pensando) - Que faz aquele carro aqui?<br /><br />Ciana - Diminua a marcha, Duke... é Marilyn, a apenas um<br />passo à frente daquele lobo!<br /><br />Duke - Está bem!<br /><br />Q42. Marilyn está dentro do carro segura por Ciana e Conrado<br />fica olhando com ar aborrecido.<br /><br />N: Ciana abre a porta do carro e Marilyn se joga pra<br />dentro...<br /><br />Ciana - Agarrei-a! Pé na tábua, Duke!<br /><br />Conrado (Gritando) - Fui ludibriado!<br /><br />Q43. Os três conversam no carro.<br /><br />Marilyn - Conrado é o perseguidor mais persistente que já<br />conheci... como vocês chegaram até aqui?<br /><br />Ciana - Ouvi você gritando por socorro e a vi correndo em<br />direção ao lago!<br /><br />Duke - Suponho que não queiram voltar à casa de Conrado!<br /><br />Marilyn - Tem razão! Ao aeroporto, por favor! Trouxe minha<br />capa? Tudo que eu quero é voltar a Londres para descansar<br />dos playboys latinos-americanos!<br /><br /><br /> FIMLUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-91404039739705073822009-10-12T18:33:00.000-03:002009-10-12T18:35:44.181-03:00Duas Aventuras de Sexton Blake* Ledora: Anair Campos<br /><br /> - - -<br /><br />Notas sobre este personagem e a transcrição:<br /><br />Sexton Blake teve sua primeira aparição em dezembro de 1893<br />nas páginas do Marvel Halfpenny número 6 publicação da IPC<br />Media Editora. É um detetive e apareceu em muitos quadrinhos<br />britânicos e romances ao longo do século XX. Foi descrito<br />pelo Professor Jeffrey Richards à BBC em "The Detectives<br />Rádio ",em 2003, como" o Sherlock Holmes pobre ". Suas<br />aventuras foram contadas em grande número de publicações<br />britânicas e internacionais (em vários idiomas) entre 1893<br />e 1978, passando dos 4.000 contos, escritos por quase 200<br />autores. Sexton também foi herói de muitos filmes mudos e<br />falados, novelas de rádio e, em 1960, de uma série televisiva<br />na ITV. Sexton Blake foi criado por Alfred Harmsworth, mas<br />vários escritores contaram suas histórias. As aventuras<br />abaixo foram transcritas da Revista "Quem foi?", número 54 de<br />janeiro/fevereiro de 1964 da EBAL - Editora Brasil<br />América Ltda.<br /><br />Ganhei duas Revistas "Quem Foi?" do amigo brasiliense Sérgio<br />Moraes, A quem agradeço a gentileza por ter tornado possível<br />este trabalho.<br /><br /> - - -<br /><br />@Primeira História: O Fotógrafo Desaparecido!<br /><br /><br />Q1. Casa de dois pavimentos e uma praça arborizada à frente,<br />na qual algumas pessoas transitam.<br /><br />N: O número dezenove da Praça Clifton era uma antiga mansão<br />londrina, transformada, agora, em pensão. Parecia comum<br />demais, para sugerir a Sexton Blake e a Tinker que em breve<br />estariam ali para resolver um caso misterioso...<br /><br />Q2. Sexton Blake e Tinker conversam com uma senhora.<br /><br />N: Certo dia, foram chamados àquela casa e a senhoria os<br />levou a um quarto do primeiro pavimento, onde havia muitas<br />fotografias...<br /><br />Senhoria - São trabalhos do Senhor Derby, meu inquilino. Ele<br />é naturalista e fotógrafo. Muitas vezes desaparece durante<br />dias, para conseguir suas fotos. Depois aplica-lhes o<br />colorido à mão, para revistas. Ele saiu Há três dias, mas,<br />esta manhã notei que não levara a máquina. Foi por isso que<br />o chamei, Senhor Blake!<br /><br />Blake - Suspeita que lhe tenha acontecido algo?<br /><br />Senhoria - Certamente!<br /><br />N: Com a confirmação da senhora, Blake, com uma luva,<br />apanhou a máquina fotográfica...<br /><br />Blake - Tocou nisto quando entrou no quarto?<br /><br />Senhoria - Não, porque nada sei a respeito de retratos!<br /><br />Blake - Também não sabe a pessoa que tocou nela por último?<br />A tampa posterior está colocada errada!<br /><br />Senhoria - Não!<br /><br />Tinker - E não há filme na máquina!<br /><br />N: Sexton Blake caminhou até a janela...<br /><br />Blake - Alguém subiu pelo alpendre, entrou no quarto, abriu<br />a máquina, retirou o filme e recolocou a tampa de modo<br />errado! A Senhora sabe quem revela e copia os instantâneos<br />do seu inquilino?<br /><br />Senhoria - Sim... o laboratório da esquina!<br /><br />Q3. Sexton Blake e Tinken estão no laboratório da esquina.<br /><br />N: Era um pequeno laboratório fotográfico e Blake interrogou<br />seu proprietário...<br /><br />Blake - O Senhor Derby revela seus filmes aqui?<br /><br />- Sim... o Senhor Derby é um de meus fregueses. Mas, faz uma<br />quinzena que não aparece por aqui!<br /><br />Q4. Sexton Blake e Tinker estão no carro do detetive.<br /><br />N: Tinker achou que o chefe não havia apurado muita coisa,<br />mas, ao deixarem o laboratório...<br /><br />Tinker - Aonde vamos agora?<br /><br />Blake - À fábrica de filmes coloridos Kromac, Tinker!<br /><br />Q5. Sexton Blake está falando num telefone público.<br /><br />N: Blake passou pouco tempo na fábrica que produzia os<br />filmes coloridos, mas, ao sair parecia satisfeito e se<br />dirigiu ao telefone mais próximo pelo qual se comunicou com<br />a Scotland Yard...<br /><br />Blake - Alô, Inspetor! Ainda quer saber quem furtou as jóias<br />da Melton House, há dias?<br /><br />Inspetor - Lógico, Blake! Já estava a julgar esse caso como<br />insolúvel!<br /><br />Blake - Então, logo que puder, venha ao meu encontro na casa<br />de Harry Ringold, em Poplar.<br /><br />Inspetor - Estarei lá dentro de alguns minutos!<br /><br />Q6. Blake e Tinker voltam a entrar no carro.<br /><br />N: Em seguida, Blake dirigiu-se ao bairro Poplar, que fica<br />próximo das docas, parou diante de certa casa e...<br /><br />Blake - O Inspetor pareceu surpreendido, Tinker. E não menos<br />surpreso ficará o ladrão, Ringold!<br /><br />Q7 Sexton Blake e Tinker estão diante da casa do Harry<br />Ringold e batem à porta.<br /><br />N: De fato, quando Ringold abriu a porta...<br /><br />* TOC TOC TOC<br /><br />Ringold (Abrindo a porta) - Quem é? Oh! Sexton Blake!<br /><br />N: Com um movimento rápido, o ladrão tentou bater a porta e<br />depois correu escada acima. O bandido já alcançava o patamar,<br />quando Tinker o segurou pelo tornozelo...<br /><br />Tinker - Não seja tão rude com os visitantes!<br />Nada de fugir pela janela dos fundos, Ringold!<br /><br />Q8. Sexton Blake entra num dos quartos da casa.<br /><br />N: Deixando Tinker ajustar contas com Harry Ringold, Blake<br />entrou num quarto, onde achou o que procurava... o fotógrafo<br />estava fortemente amarrado a uma cadeira...<br /><br />Blake - Ficará satisfeito por voltar à pensão da Senhora<br />Harley!<br /><br />Derby - Obrigado! Cheguei a pensar que nunca mais a veria!<br /><br />Q9. Chega o Inspetor acompanhado de outros policiais e<br />conversa com Sexton Blake.<br /><br />N: Quando o Inspetor Coultts chegou com outros policiais...<br /><br />Blake - Coultts, entrego-lhe Harry Ringold, que roubou as<br />jóias da Melton House!<br /><br />N: O Inspetor começou a fazer perguntas... e o larápio deu<br />as respostas...<br /><br />Harry - Quando eu saía com o roubo pelo balcão, alguém tirou<br />uma foto com um flash. O segui até a residência dele e mais<br />tarde raptei-o. Tentei me apoderar do filme, mas não estava<br />na máquina...<br /><br />Tinker - Como você soube quem era o ladrão, Blake?<br /><br />Blake - Eu posso lhe explicar. Este é um filme colorido<br />"especial" e não é revelado da maneira comum. Tem de ser<br />enviado para tratamento nos laboratórios da Cromac, para a<br />qual Derby o mandou pelo correio. Foi lá que o encontrei.<br />Notei que Derby não usava há muito tempo seu sistema de<br />colorido manual. As tintas estavam secas e tive o palpite de<br />que ele adotara o uso de filmes coloridos especiais para<br />fotografar a vida animal!<br /><br /> FIM<br /><br />@ Segunda História: Os Cinco Ovos Estrelados!<br /><br /><br />Q1. Um homem usando um chapéu está parado junto a amurada<br />duma ponte.<br /><br />N: Às vezes, Sexton Blaike se defronta com as coisas mais<br />estranhas, como no caso de Larry Hunter, repórter de jornal,<br />a quem ele e Tinker encontraram inclinado no parapeito de<br />uma ponte sobre o Rio Tâmisa, em Londres, parecendo<br />aturdido...<br /><br />Larry (pensando) - Cinco tiras de toucinho e cinco ovos<br />estrelados? Não entendo!<br /><br />Q2. Larry com um dos braços sobre o parapeito da ponte<br />apoiando o queixo, tendo Blaike e seu ajudante Tinker ao<br />lado. Ao longe vê-se um veleiro navegando no rio. Blaike tem<br />um cachimbo à boca e usa um chapéu de abas.<br /><br />N: Quando Blaike lhe perguntou porque parecia confuso, Larry<br />respondeu-lhe com outra pergunta...<br /><br />Larry - Senhor Blaike, que liga o Senhor a cinco tiras de<br />bacon?<br /><br />Tinker - Cinco ovos estrelados, naturalmente...<br /><br />Q3. Os três personagens caminham e saem da ponte. Ao fundo<br />vê-se um ônibus de dois andares parado num ponto da calçada<br />oposta. Blaike está com seu cachimbo na mão.<br /><br />N: O repórter disse, então...<br /><br />Larry - Tem razão, Tinker, mas deixem que lhes fale de uma<br />coisa estranha que me aconteceu...<br /><br />Q4. Larry em frente a um balcão, segurando um prato. Na<br />mesma cena há um homem ao lado do repórter. A partir deste<br />quadro, Larry está contando aos amigos Blaike e Tinker o que<br />lhe ocorrera.<br /><br />Larry - Fui ao bar automático e apanhei minha refeição<br />favorita: cinco tiras de bacon.<br /><br />Q5. Larry sentado à mesa, comendo. Um homem de boina e com<br />um prato à mão se aproxima dele.<br /><br />Larry - Acabara de me sentar, quando um homem completamente<br />estranho colocou um prato junto ao meu e disse:<br /><br />Homem - Aqui estão! Exatamente o que o Senhor pediu!<br /><br />Larry - Ahn?<br /><br />Q6. Larry à mesa, seu prato e mais aquele que o desconhecido<br />deixara. Ao fundo há um homem sentado diante de uma mesa.<br /><br />Larry - Para minha surpresa, vi diante de mim cinco ovos<br />estrelados. Que significa isso?<br /><br />Q7. Larry, com um olhar de espanto, à mesa, segurando o<br />prato com os ovos que o homem deixara. Vê-se, sobre a mesa,<br />um pedaço de papel que estava encoberto por este prato.<br />Vê-se outras pessoas em mesas à volta.<br /><br />Larry - Quando de novo ergui os olhos, o homem havia sumido,<br />mas debaixo do prato dos ovos estrelados achei uma mensagem.<br /><br />Q8. uma mão segurando um papel, no qual lê-se uma mensagem.<br />Ao fundo vê-se o céu. Neste quadro acaba o relato de Larry.<br /><br />Larry - Ei-la, Senhor Blaike!<br /><br />Mensagem: "Dois "cables" do Tio Harry no Oeste."<br /><br />Q9. Larry, Blaike e Tinker. Blaike, com seu cachimbo à boca,<br />está com o bilhete na mão. Tinker tem um olhar espantado.<br /><br />N: Sexton Blaike tomou a tira de papel e a estudou...<br /><br />Larry - Pode deduzir alguma coisa, Senhor Blaike? Não tenho<br />nenhum Tio Harry no Oeste. Assim, por que deve haver dois<br />telegramas dele para mim?<br /><br />Q10. os três juntos a uma amurada. Ao fundo vê-se um navio e<br />alguns rebocadores ao lado deste e um veleiro ao longe. Mais<br />atrás, na outra margem, vê-se alguns prédios e casas.<br /><br />N: O detetive olhou algum tempo para o rio e...<br /><br />Blaike - Acho que essa mensagem é muito importante. Voltemos<br />ao apartamento para apanhar o carro!<br /><br />Q11. os três personagens dentro do carro que segue por uma<br />estradinha rural. uma cerca e após esta um pequeno trecho de<br />rio. Ao longe vê-se um moinho com apenas duas pás.<br /><br />N: Duas horas mais tarde, chegaram à costa Sul e Sexton<br />Blaike apontou para um promontório, dizendo...<br /><br />Blaike - Olhe, Larry! Aqui está o Tio Harry!<br /><br />Q12. os três personagens saindo do carro. uma casa e ao lado<br />desta o moinho.<br /><br />N: Aproximaram-se e pararam diante de um antigo moinho de<br />vento. O moinho tinha a maquinaria de há muito enferrujada e<br />as suas duas pás inferiores haviam-se quebrado e caído, de<br />modo que este parecia um vulto imenso postado ali, de braços<br />levantados...<br /><br />Tinker - Que faremos, Chefe?<br /><br />Blaike - Apenas um passeio na direção do pôr do sol!<br /><br />Q13. Larry e Tinker estão parados diante do moinho e Blaike<br />caminha em direção ao pôr do sol.<br /><br />N: Tinker e o repórter viram-no partir do moinho e começar a<br />caminhar com passos medidos, contando em voz alta...<br /><br />Blaike - Vinte e um... vinte e dois... vinte e três...<br /><br />Q14. Blaike continua caminhando e contando seus passos.<br />Larry e Tinker seguem em sua direção. À volta, matos e<br />arbustos. Ao fundo vê-se o moinho.<br /><br />N: Já estava a atingir um quarto de milha (cerca de<br />quatrocentos metros), quando se deteve...<br /><br />Blaike - Quatrocentos! Deve ser aqui!<br /><br />Q15. Larry e Tinker estão ao lado de Blaike. O cenário<br />continua o mesmo, tendo ao fundo o céu e algumas nuvens.<br /><br />Blaike - Ajude-me, Tinker. Tenho idéia que essa toca de<br />toupeira não foi feita por nenhum animal cavador!<br /><br />Tinker - Pois não, Chefe!<br /><br />Q16. Os três estão agachados. alguns objetos à volta, dentre<br />estes, uma fruteira, uma jarra, uma taça, um castiçal e uma<br />bandeja.<br /><br />N: Blaike e Tinker afastaram a terra frouxa e o capim alto,<br />trazendo à luz uma coleção de objetos de ouro e prata...<br /><br />Blaike - É tudo de grande valor e foi enterrado aqui há<br />pouco!<br /><br />Larry - Só este castiçal de ouro deve valer uma fortuna!<br /><br />Q17. Os três personagens estão se levantando. Ao fundo vê-se<br />dois homens e um deles usa uma boina.<br /><br />N: Um ruído de passos fez com que Blaike se voltasse. Eram<br />dois homens que se aproximavam...<br /><br />Tinker - Cuidado!<br /><br />Larry - Um deles parece o sujeito que me entregou os ovos<br />estrelados!<br /><br />Q18. Blaike e Tinker lutam com os dois recém chegados.<br /><br />N: De nada suspeitando, os dois homens se aproximaram... e<br />entram em luta corporal com Blaike e Tinker...<br /><br />Larry - Isso é que é um golpe, Tinker!<br /><br />Q19. os dois homens dominados e seguros por Blaike e Tinker.<br /><br />Blaike - Um velho larápio nosso conhecido, Tinker! Chama-se<br />Chalky Beach. Foi ele que roubou os objetos valiosos e os<br />enterrou aqui!<br /><br />Q20. apenas o Sexton Blaike com o bilhete na mão e apontando<br />para este.<br /><br />Blaike - Beach combinou encontrar-se em segredo com um novo<br />receptador de objetos roubados naquele café, devendo<br />identificá-lo como um homem com cinco tiras de bacon no<br />prato. Infelizmente, Beach comunicou-se com Larry Hunter ao<br />invés do receptador, entregando-lhe os cinco ovos estrelados<br />e a mensagem cujo significado era simples. Na linguagem<br />náutica, um "cable" corresponde a duzentas jardas e, assim,<br />o roubo estava escondido a quatrocentas jardas ao Oeste do<br />moinho, que os marinheiros usam como marco e afetuosamente<br />chamam de Tio Harry!<br /><br /> FIMLUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-23324688310007492002009-10-11T14:24:00.001-03:002009-10-11T14:25:57.119-03:00Fantasma, em... Samaris, a Rainha de 300 Anos! - Parte I* Ledora: Anair Campos
<br />
<br /> - - -
<br />
<br /> NOTA SOBRE ESTE TRABALHO:
<br />
<br />Em alguns quadros o narrador será o Vovô, um ancião Wambesi
<br />e as cenas e diálogos que apresento serão aqueles imaginados
<br />por ele. Este texto estará sempre entre aspas. As crianças
<br />são da mesma tribo do Vovô. Os demais indígenas que aparecem
<br />nessa história podem ser guerreiros Wambesis, Longos, Mori,
<br />Oogaans, Wasakas e os pigmeus Bandar. Pigmeus Bandar foi a
<br />tribo que encontrou o naufrago Kit Walker que se tornaria o
<br />primeiro Fantasma.
<br />
<br /> - - -
<br />
<br />
<br />Q1. Um velho e algumas crianças estão sentados em volta de
<br />uma fogueira acesa, na praça principal de sua tribo.
<br />
<br />Vovô - Hoje vou contar uma história que fala no Fantasma e
<br />na Rainha Samaris, uma estranha mulher que teve um estranho
<br />fim, depois de viver trezentos anos!
<br />
<br />Um dos meninos - Conte, conte, Vovô!
<br />
<br />Q2. Samaris e seu pai, o Rei, numa sala do palácio.
<br />
<br />VoVô - "Quando Samaris era pequena, o pai lhe perguntou:"
<br />
<br />Rei - O que você mais deseja, Samaris?
<br />
<br />Samaris - Ser bonita e jovem a vida toda!
<br />
<br />Q3. Vovô e as crianças ao redor da fogueira.
<br />
<br />VoVô - O desejo de Samaris se realizou...
<br />
<br />Menino - Como que ela pôde viver trezentos anos?
<br />
<br />Menina - E ficar sempre bonita e jovem, Vovô?
<br />
<br />VoVô - Paciência! Chegaremos lá!
<br />
<br />Q4. Um guarda palaciano está diante de Samaris.
<br />
<br />Vovô - "Os grandes reis das montanhas moravam em enormes
<br />castelos. A um deles chegavam constantemente pretendentes
<br />para cortejar a Rainha Samaris, tida como a mulher mais
<br />linda do mundo. Isto ocorreu há trezentos anos..."
<br />
<br />Guarda - Cinqüenta pretendentes aguardam a vez, Alteza!
<br />
<br />Samaris - Pode mandá-los embora. Não receberei ninguém!
<br />
<br />Q5. Algumas feiticeiras, numa sala do castelo, aguardam
<br />Samaris. Duas destas discutem.
<br />
<br />Vovô - "Os anos passaram e Samaris continuava bonita, mas,
<br />as rugas começaram a surgir e com elas a velhice. Naquela
<br />época havia, nas terras de Samaris, feiticeiras de muitos
<br />poderes. Por ordem da rainha, todas foram chamadas ao
<br />palácio..."
<br />
<br />Feiticeira 1 - Fique quietinha, Vovó, senão perde a cabeça!
<br />
<br />Feiticeira 2 - Querem que eu lance uma maldição em vocês?
<br />
<br />Q6. Samaris está diante das feiticeiras.
<br />
<br />Vovô - "As feiticeiras foram levadas diante da rainha..."
<br />
<br />Samaris - Se eu não ficar jovem e bonita, vocês morrerão!
<br />
<br />Q7. Samaris com algumas feiticeiras.
<br />
<br />VoVô - "E como disse, Samaris convocou todas as feiticeiras
<br />do reino. a rainha queria que a fizessem ficar bonita e
<br />jovem. As feiticeiras entraram imediatamente em ação. No
<br />palácio todos tinham medo delas, todos, menos Samaris, que
<br />nada temia, a não ser a velhice. Samaris era exigente..."
<br />
<br />Samaris - Vocês são feiticeiras... com poderes mágicos. Ou
<br />me obedecem ou morrem!
<br />
<br />Uma das feiticeiras - Poupe-nos, grande Rainha!
<br />
<br />Feiticeira2 - Não podemos fazer o que pede!
<br />
<br />Q8. Duas feiticeiras diante de Samaris dizendo palavras
<br />mágicas.
<br />
<br />Vovô - "Uma a uma, esforçaram-se para tornar bonita a
<br />rainha. Todas, uma após outra, se esforçara e fracassara,
<br />sendo condenadas à morte..."
<br />
<br />Feiticeira - Eba! Oungss nabdat eenqua...
<br />
<br />Feiticeira 2 - Nããããão! Venham, demônios, e me obedeçam...
<br />
<br />Q9. Samaris diante de uma feiticeira bem idosa.
<br />
<br />Vovô - "Até que só uma restava... a Rainha das
<br />feiticeiras..."
<br />
<br />Samaris - Hummm!
<br />
<br />Feiticeira - Posso torná-la linda e jovem para sempre, mas
<br />que me dará em troca?
<br />
<br />Samaris - Metade das minhas terras... metade das minhas
<br />riquezas!
<br />
<br />Feiticeira - Aceito, Samaris!
<br />
<br />Q10. A feiticeira está diante de Samaris e diz palavras
<br />mágicas.
<br />
<br />Feiticeira - Poderes das trevas... dêem-lhe o que mais
<br />deseja... juventude e beleza para sempre!
<br />
<br />Q11. Uma feiticeira e Samaris bem jovem.
<br />
<br />Vovô - "E assim foi feito..."
<br />
<br />Samaris - Você conseguiu realmente me tornar bela e jovem...
<br />como eu era há anos!
<br />
<br />Feiticeira - Não era o que queria?
<br />
<br />Samaris - Sim!
<br />
<br />Q12. Samaris e a Rainha das feiticeiras.
<br />
<br />Vovô - "A feiticeira cumprira sua palavra. Agora era a vez
<br />da Rainha."
<br />
<br />Samaris - Serei sempre assim... jovem e bonita?
<br />
<br />Feiticeira - Será... com uma condição: Jamais poderá
<br />apaixonar-se por homem algum, porque isso a tornaria uma
<br />mulher como as outras e quebraria o encanto!
<br />
<br />Samaris - Então não haverá dificuldade, porque não existe
<br />quem esteja à minha altura!
<br />
<br />Q13. Samaris, a feiticeira e um guarda palaciano.
<br />
<br />Samaris - Guarda, leve-a!
<br />
<br />Feiticeira - Samaris, você me prometeu metade das suas
<br />terras!
<br />
<br />Samaris - Não preciso mais de você e não quero feiticeiras
<br />em meu reino!
<br />
<br />Q14. Guardas segurando a feiticeira e Samaris observndo.
<br />
<br />Feiticeira - Pois eu direi ao mundo que você se transformou
<br />num monstro!
<br />
<br />Samaris - Qual! Não poderá dizer nada a ninguém!
<br />
<br />Q15. O guarda mata a feiticeira e Samaris sorri.
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Sempre jovem e formosa!
<br />
<br />Q16. As crianças e o velho diante da fogueira.
<br />
<br />Menino - Que Rainha má!
<br />
<br />Menina - E o Fantasma? Não toma parte na história?
<br />
<br />VoVô - Toma, mas agora é hora de dormir. O resto fica para
<br />amanhã!
<br />
<br />Q17. O velho, duas meninas e cinco meninos ao redor da
<br />fogueira.
<br />
<br />N: Na noite seguinte...
<br />
<br />Menina - Vovô, a Rainha ficou mesmo bonita e moça durante
<br />trezentos anos?
<br />
<br />Menino - E por que foi que ela mandou matar a feiticeira?
<br />
<br />VoVô - Tenham paciência!
<br />
<br />Outro menino - Os outros não notariam se a Rainha não
<br />envelhecesse?
<br />
<br />Outra menina - E o Fantasma?
<br />
<br />VoVô - As perguntas de vocês serão respondidas na hora
<br />devida!
<br />
<br />Q18. Samaris se olhando num espelho e alguns guardas à sua
<br />volta.
<br />
<br />N: Passaram-se os anos e a Rainha Samaris continuava jovem.
<br />Teve muitos pretendentes, mas não se casou com nenhum...
<br />
<br />Samaris - Todos dizem que sou a mulher mais bonita do mundo,
<br />o que é verdade!
<br />
<br />Q19. Samaris e alguns membros anciãos da corte.
<br />
<br />N: Mas outros membros da corte envelheciam e...
<br />
<br />Um dos anciãos (Pensando) - Humm! Ela não fica velha!
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Eles já notaram que eu não envelheço.
<br />Preciso formular um plano!
<br />
<br />Q20. Samaris lembrando sua conversa com a rainha das
<br />feiticeiras.
<br />
<br />Samaris - Serei sempre jovem?
<br />
<br />Feiticeira - Só se não se apaixonar!
<br />
<br />Samaris - É o que menos me agrada!
<br />
<br />Q21. Samaris no trono e um guarda à sua frente.
<br />
<br />Samaris - Guarda... chame o Príncipe Nolan!
<br />
<br />Q22. Samaris e o Príncipe Nolan.
<br />
<br />Samaris - Eu o escolhi para ser o Rei Consorte, Nolan. Será
<br />meu marido só no nome!
<br />
<br />Nolan - Seu desejo é uma ordem, Samaris!
<br />
<br />Q23. Samaris casando.
<br />
<br />Vovô - "E assim casaram-se de nome e partiram para uma
<br />lua-de-mel de um ano, no estrangeiro..."
<br />
<br />Q24. Um ancião e três jovens.
<br />
<br />Ancião - Tenho boas notícias. A nossa Rainha teve uma filha
<br />que também se chamará Samaris!
<br />
<br />Q25. Samaris e um ancião da sua corte.
<br />
<br />Vovô - "A Rainha Samaris voltou..."
<br />
<br />Ancião - Onde está a Princesa, Samaris?
<br />
<br />Samaris - Preferi deixá-la no estrangeiro, em tratamento!
<br />
<br />Q26. Samaris e Nolan, agora um velho.
<br />
<br />Vovô - "É claro que não existia filha nenhuma. Samaris tinha
<br />um marido só para fingir e uma filha que não existia..."
<br />
<br />Nolan - Por que não nos casamos de verdade, Samaris?
<br />
<br />Samaris - Porque homem algum merece tal honra!
<br />
<br />Q27. VoVô e os garotos.
<br />
<br />Menino - Vovô, por que a Rainha fingia que tinha uma filha?
<br />
<br />Menina - Ela não gostava de crianças?
<br />
<br />VoVô - Tudo era parte de um plano que lhe permitisse viver
<br />para sempre, jovem e bela, como afirmara a feiticeira!
<br />
<br />Q28. Nolan e Samaris no jardim do palácio.
<br />
<br />Nolan - Estamos casados há vinte anos, Samaris, e você não
<br />mudou nada!
<br />
<br />Samaris - Não posso dizer o mesmo de você!
<br />
<br />Q29. O caixão do Rei Nolan, Samaris e alguns súditos.
<br />
<br />Vovô - "O nosso idoso Rei acabou morrendo..."
<br />
<br />Súdito 1 - A Rainha não envelhece!
<br />
<br />Súdito 2 - É incrível!
<br />
<br />Q30. Samaris falando com um ancião.
<br />
<br />Samaris - Sinto-me triste após a morte do meu marido. Vou à
<br />Europa buscar minha filha, que já está uma mocinha. Ela já
<br />está com dezenove anos e não conhece ainda sua terra!
<br />
<br />Q31. Um mensageiro diante de alguns anciãos.
<br />
<br />Mensageiro - A nossa Rainha morreu de um colapso na Europa!
<br />
<br />Um Ancião - A filha, que agora é a Rainha, viaja para cá com
<br />o corpo da mãe!
<br />
<br />Q32. Samaris e dois súditos.
<br />
<br />Vovô - "É claro que não existia nenhuma filha e a Rainha não
<br />morrera. Era só parte do plano de Samaris..."
<br />
<br />Súdito 1 - Rainha Samaris II!
<br />
<br />Súdito 2 - É igualzinha à mãe!
<br />
<br />Q33. Samaris e o povo num cemitério.
<br />
<br />Vovô - "Samaris assistiu ao seu falso sepultamento..."
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Se soubessem que naquele caixão só há
<br />uma acha de lenha!
<br />
<br />Q34. VoVô e as crianças à volta da fogueira.
<br />
<br />Menino - Vovô, quando é que o Fantasma vai aparecer?
<br />
<br />VoVô - Tenha paciência e espere... mas agora é hora de
<br />dormir!
<br />
<br />Menina - Ainda é cedo... conte mais!
<br />
<br />Q35. VoVô e as crianças à volta da fogueira.
<br />
<br />N: Na noite seguinte...
<br />
<br />VoVô - Onde foi mesmo que parei na história de Samaris?
<br />
<br />Menina - Samaris fingiu que havia morrido e sua filha foi
<br />coroada Rainha!
<br />
<br />Menino - Mas a filha era, na realidade, a própria Samaris!
<br />
<br />VoVô - Ah, eu me lembro! Vamos continuar com a história de
<br />Samaris II!
<br />
<br />Q36. Samaris sentada no trono e um homem diante dela.
<br />
<br />Vovô - "Há duzentos e cinqüenta anos, a segunda Samaris, a
<br />exemplo do que acontecera com a primeira, também se
<br />casou..."
<br />
<br />Samaris - Você será meu Rei Consorte... mas só no nome!
<br />
<br />Homem - Como queira, grande Rainha!
<br />
<br />Q37. Alguns anciãos da corte, conversando.
<br />
<br />Vovô - "E, uma vez mais, notícias de uma filha que não
<br />existia..."
<br />
<br />Ancião 1 - A Rainha teve uma filha!
<br />
<br />Ancião 2 - Que será educada no estrangeiro, como a Rainha!
<br />
<br />Q38. Algumas lápides e em cada uma o nome de Samaris.
<br />
<br />Vovô - "Os anos e os séculos foram rolando... Rainha após
<br />Rainha... e sempre a mesma Samaris..."
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Por onze vezes fui sepultada e onze
<br />vezes voltei como minha própria filha, para tornar-me
<br />Rainha! Já enterrei onze maridos, mas eram maridos só no
<br />nome, porque não amei a nenhum deles!
<br />
<br />Q39. Samaris
<br />
<br />Vovô - "A Rainha Samaris XII, do Século XIX..."
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Passaram-se trezentos anos e continuo
<br />jovem e formosa... como a feiticeira prometeu!
<br />
<br />Q40. VoVô e as crianças diante da fogueira.
<br />
<br />Menino - Vovô, Ela não se cansou de mirar-se num espelho
<br />durante trezentos anos?
<br />
<br />VoVô - A vaidade feminina não tem limites... e agora a
<br />história chega ao nosso tempo!
<br />
<br />Q41. Samaris sobre um elefante e três guardas nos cavalos.
<br />
<br />Vovô - "Um belo dia, a Rainha Samaris foi caçar na selva..."
<br />
<br />Samaris - Que caçada desinteressante, nem há caça!
<br />
<br />Súdito - Estamos fazendo todo o possível, Majestade!
<br />
<br />Samaris - Pois tratem de descobrir a caça. Quero voltar com
<br />troféus!
<br />
<br />Q42. O Vovô e as crianças.
<br />
<br />Menina - Como que ela passou tantos anos sem se apaixonar,
<br />Vovô?
<br />
<br />VoVô - Samaris só amava a si própria. Mas, continuemos com a
<br />caçada...
<br />
<br />Q43. Samaris sobre um elefante, um guarda em seu cavalo e uma
<br />placa.
<br />
<br />Guarda - Uma tabuleta no meio da selva!
<br />
<br />Samaris - Que diz aí?
<br />
<br />Guarda - Éden! É nesta direção!
<br />
<br />Samaris - Pois vamos lá. Com certeza acharemos caça!
<br />(Pensando) - Está na hora de arranjar um novo marido... este
<br />será o décimo-terceiro! Já me casei com Reis, Príncipes,
<br />Duques, Barões... Que será dessa vez?
<br />
<br />Q44. Samaris e um guarda à margem de um rio.
<br />
<br />Samaris - Veja quantos animais naquela ilha... leões,
<br />tigres, zebras. Ali é que deve ser o tal Éden. Atravessemos
<br />o rio!
<br />
<br />Guarda - Mas o rio está infestado de piranhas, Alteza.
<br />Precisamos construir umas balsas!
<br />
<br />Samaris - Mande construí-las!
<br />
<br />Q45. Samaris, dois guardas e do outro lado do rio, três
<br />pigmeus.
<br />
<br />Samaris - Que dizem aqueles índios?
<br />
<br />Guarda 1 - Que não podemos ir caçar lá. A ilha tem dono,
<br />Majestade!
<br />
<br />Samaris - Que tolice. A selva não pertence a ninguém.
<br />Mande-os embora. Se oferecerem resistência, fogo! Pretendo
<br />ir caçar naquela ilha de qualquer maneira!
<br />
<br />Guarda 2 - Mas eles dizem que é proibido, Alteza!
<br />
<br />Guarda 1 - São da Tribo Bandar, os temíveis pigmeus!
<br />
<br />Continua...LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-76304244394474632922009-10-11T14:23:00.000-03:002009-10-11T14:25:57.127-03:00Fantasma, em... Samaris, a Rainha de 300 Anos! - Parte II* Ledora: Anair Campos
<br />
<br />
<br />Q46. Samaris e um guarda.
<br />
<br />VoVô - "Mas Samaris era uma Rainha orgulhosa, que não
<br />voltava atrás... e ela fincou pé..."
<br />
<br />Guarda - Deve haver dezenas de pigmeus aí no mato, Alteza!
<br />
<br />Samaris - Se não quiserem ir embora, abram fogo!
<br />
<br />Q47. Fantasma aparece diante de Samaris.
<br />
<br />Fantasma - Alto! Voltem daqui. Não é permitida a caça na
<br />Ilha de Éden!
<br />
<br />Samaris - Por que? Aqui na Floresta Negra nada tem dono! Sou
<br />a Rainha Samaris e não aceito ordens de ninguém,
<br />principalmente de um valentão mascarado que pensa que me
<br />mete medo!
<br />
<br />Fantasma - Diga a seus homens que deponham as armas!
<br />
<br />Samaris - Não!
<br />
<br />Q48. o Fantasma, Samaris e alguns guardas.
<br />
<br />Vovô - "O Fantasma emite um assobio longo e estridente...
<br />quase em seguida ouvem-se centenas de tambores... Próxima à
<br />Ilha de Éden, do Fantasma..."
<br />
<br />Guarda - Tambores... em toda parte!
<br />
<br />Samaris - Deve haver milhares de homens... mas não vejo
<br />nenhum!
<br />
<br />Guarda - E começaram a tocar, quando aquele mascarado deu o
<br />sinal!
<br />
<br />Guarda 2 - Acho bom sairmos logo daqui, Alteza!
<br />
<br />Guarda 3 - Tambores... tambores...
<br />
<br />Guarda 4 - Aos milhares...
<br />
<br />Samaris - Mas, onde estão os homens?
<br />
<br />Q49. Samaris e o Fantasma.
<br />
<br />Vovô - "Uma vez mais o assobio estridente..."
<br />
<br />Samaris - Você!
<br />
<br />Fantasma - Tive de agir sem demora para impedir que fizessem
<br />uma bobagem. Aconselho-os a retirar-se!
<br />
<br />Samaris - Sou a Rainha Samaris, voltarei aqui com meu
<br />exército e...
<br />
<br />Fantasma - Pois saiba que, se fizer isso, Samaris... você
<br />perderá seu exército!
<br />
<br />Samaris - Use meu título quando se dirigir a mim. Como ousa
<br />ameaçar-me? Não arredarei pé daqui!
<br />
<br />Fantasma - Pois, nesse caso...
<br />
<br />Q50. Fantasma pega Samaris pela cintura.
<br />
<br />Samaris - Guardas! Peguem-no!
<br />
<br />Q51. Fantasma carregando Samaris.
<br />
<br />Vovô - "Ninguém ousa interferir quando a rainha é levada
<br />como um saco de farinha..."
<br />
<br />Samaris - Guardas! Atirem! Socorro! Aiiii!
<br />
<br />Q52. Fantasma sobe no elefante carregando Samaris.
<br />
<br />VoVô - "Apesar de toda sua raiva, a rainha estava ciente dos
<br />músculos de aço que a enlaçavam..."
<br />
<br />Fantasma - Vou deixá-la em sua gaiola, Rainha Samaris!
<br />
<br />Q53. Fantasma colocou Samaris sobre o elefante.
<br />
<br />Fantasma - Por que ameaçou matar os pigmeus? Estavam apenas
<br />cumprindo o seu dever, defendendo a ilha!
<br />
<br />Samaris - Estavam me atrapalhando!
<br />
<br />Fantasma - Se fosse homem, eu sei o que faria com você.
<br />Ordene a seus homens que se retirem... esta caravana vai
<br />embora!
<br />
<br />Q54. Fantasma no chão, diante de Samaris e de um guarda.
<br />
<br />Fantasma - Ponham-se para fora daqui!
<br />
<br />Guarda - Sim, Senhor!
<br />
<br />Samaris - Covardes! Quem dá ordens sou eu. Vocês serão
<br />fuzilados! Ninguém se mexeu quando aquele salteador
<br />mascarado fez o que quis com a sua rainha!
<br />
<br />Q55. Os guardas conversam. Samaris está sobre seu elefante.
<br />
<br />Guarda - Fale baixo, Alteza. Ele não é salteador!
<br />
<br />Guarda 2 - Aquele homem é o Fantasma!
<br />
<br />Q56. A caravana indo embora.
<br />
<br />Samaris - Fantasma? Que é isso, Capitão?
<br />
<br />Capitão - Dizem que ele governa a selva, Alteza, e que...
<br />
<br />Samaris - O que dizem não me interessa. Ele me humilhou!
<br />Aquele bandido mascarado tratou-me como se eu fosse uma
<br />pessoa qualquer! Voltem e tragam-no à minha presença! Uma
<br />vez aqui, prendam-no! Vejamos se ele gosta do meu calabouço!
<br />
<br />Q57. O Capitão e o Fantasma.
<br />
<br />Capitão - A Rainha Samaris deseja conversar com o Senhor!
<br />
<br />Fantasma - Não posso deixar de atender ao chamado de uma
<br />senhora!
<br />
<br />Q58. Fantasma diante de Samaris.
<br />
<br />Fantasma - Que é, Samaris?
<br />
<br />Samaris - Seu atrevido! Vai aprender a tratar-me com
<br />respeito! Agora!
<br />
<br />Q59. O Fantasma cercado por alguns guardas de Samaris.
<br />
<br />Guarda - O Senhor está preso... por ordem de sua Alteza!
<br />
<br />Q60. Fantasma em pé, alguns guardas caídos e Samaris
<br />olhando.
<br />
<br />Vovô - "Mas o Fantasma reagiu de maneira imprevista e como
<br />estavam todos juntos, não era possível atirar..."
<br />
<br />Fantasma - Queria conversar comigo, Samaris?
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Todos os seis! Desarmado, venceu meus
<br />seis guardas em questão de segundos!
<br />
<br />Fantasma - Sei que você é a lei em sua terra, mas aqui a
<br />coisa é diferente. Não exerce nenhuma autoridade aqui e não
<br />pode mandar prender ninguém!
<br />
<br />Samaris - Levantem-se, seus molengas!
<br />
<br />Fantasma - Quer um conselho, Samaris? Volte para casa, a
<br />selva não é lugar para você!
<br />
<br />Q61. Vovô e as crianças.
<br />
<br />VoVô - Pela primeira vez em seus trezentos anos de vida
<br />encantada, Samaris obedeceu...
<br />
<br />Menino - E que aconteceu depois, Vovô?
<br />
<br />VoVô - A Rainha Samaris não disse uma palavra...
<br />
<br />Q62. A caravana de Samaris voltando pra casa. A Rainha viaja
<br />numa espécie de gaiola colocada sobre um elefante e os
<br />guardas a cavalo.
<br />
<br />Guarda 1 - Como é que, sozinho, ele deu conta de todos nós?
<br />
<br />Guarda 2 - Ele parecia um trator!
<br />
<br />Guarda 3 - A Rainha está muda... mas só quero ver quando
<br />chegarmos em casa!
<br />
<br />Q63. Samaris, o Capitão e alguns guardas.
<br />
<br />Samaris - Capitão!
<br />
<br />Capitão - Sim, Alteza!
<br />
<br />Guarda 1 - Xi! É agora! Poderemos dar-nos por muito felizes
<br />se escaparmos com vida!
<br />
<br />Samaris - Aquele mascarado governa mesmo a selva?
<br />
<br />Capitão - Pelo menos é o que dizem, Majestade!
<br />
<br />Samaris - Vá à selva, descubra o que poder a respeito dele!
<br />
<br />Capitão - Epa!
<br />
<br />Q64. O Capitão e seus soldados.
<br />
<br />Capitão - Pensei que fosse mandar prendê-los!
<br />
<br />Guarda 1 - O que é que ela quer?
<br />
<br />Guarda 2 - Boa coisa é que não pode ser!
<br />
<br />Q65. Samaris no quarto com sua pajem.
<br />
<br />Pajem - O Capitão está aí fora, aguardando as últimas
<br />instruções!
<br />
<br />Samaris - Mande-o entrar!
<br />
<br />Q66. O Capitão entra nos aposentos reais.
<br />
<br />Samaris - Procure informar-se a respeito do tal Fantasma e
<br />volte dentro de uma semana. Quero saber de tudo!
<br />
<br />Q67. O Capitão e um guarda cavalgando.
<br />
<br />Guarda - Por que procuramos o mascarado, Capitão?
<br />
<br />Capitão - Porque a Rainha mandou. Ele a fez de boba!
<br />
<br />Q68. Samaris e a velha feiticeira.
<br />
<br />VoVô - "Lembrem-se da maldição da feiticeira, há trezentos
<br />anos..."
<br />
<br />Feiticeira - Você será sempre jovem e bonita, mas não poderá
<br />apaixonar-se como uma mulher normal!
<br />
<br />Q69. Samaris está no cemitério diante de suas falsas
<br />lápides.
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Quantos dos pretensos maridos enterrei
<br />nesses trezentos anos? Onze... doze? Chegou novamente a hora
<br />da farsa. Outro casamento... seguido de longa lua-de-mel no
<br />estrangeiro... depois a notícia do nascimento de uma menina,
<br />que será educada no estrangeiro... vinte anos depois irei
<br />buscá-la... eu morrerei lá fora... outro ataúde vazio... e
<br />volto como minha própria filha... a Rainha Samaris XIII... e
<br />continuarei a governar meu povo... humm! Com quem me casarei
<br />desta vez? Para variar, até que seria interessante escolher
<br />um Rei da Selva!
<br />
<br />Q70. Vovô e as crianças.
<br />
<br />VoVô - O Capitão se enganara. A Rainha não queria enforcar o
<br />Fantasma, ela queria...
<br />
<br />Menino - Casar com ele!
<br />
<br />VoVô - Hahhahahhahah! Como eu dizia, a Rainha Samaris
<br />incumbiu o seu Capitão de descobrir tudo que pudesse sobre o
<br />Fantasma. Ela estava interessada!
<br />
<br />Q71. O Capitão e um guarda sob uma árvore.
<br />
<br />Guarda - Vamos tentar capturar o tal homem?
<br />
<br />Capitão - Não... o que não deixa de ser um alívio. Vamos
<br />apenas colher informações a respeito dele!
<br />
<br />Q72. O Capitão, um dos guardas, três índios e um menino.
<br />
<br />Capitão - Você sabe alguma coisa a respeito do Fantasma?
<br />
<br />Guarda - O Fantasma é casado? Quem é? Que idade tem?
<br />
<br />Guerreiro - Não é casado!
<br />
<br />Guerreiro 2 - Tem uma namorada longe daqui!
<br />
<br />Guerreiro 3 - A Lady Diana Palmer!
<br />
<br />Guerreiro 1 - O Fantasma é o Senhor da Selva!
<br />
<br />Guerreiro 2 - Ele tem a força de dez tigres! E ele é
<br />imortal!
<br />
<br />Capitão - O quê?
<br />
<br />Guerreiro 1 - Sim. O Fantasma não morre!
<br />
<br />Guerreiro 2 - Ele tem quatrocentos anos de idade!
<br />
<br />Capitão - Vocês acham que vou acreditar numa mentira desta?
<br />Eu o vi. É bem moço!
<br />
<br />Menino - Pergunte ao Vovô!
<br />
<br />Q73. O Capitão e o velho que está contando esta história às
<br />crianças.
<br />
<br />Vovô - Sim, é verdade! Já passei da casa dos cem e, quando
<br />criança, eu o vi... estava eu com meu avô, que já tinha mais
<br />de cem anos. Meu avô lembrava de ter visto o Fantasma quando
<br />andava com seu avô, que também se lembrava de tê-lo visto...
<br />com seu avô, quando criança e este também o vira quando era
<br />criança e...
<br />
<br />Capitão - Chega! Eu compreendo. Obrigado!
<br />
<br />Q74. O Capitão e um guarda cavalgando de volta ao palácio.
<br />
<br />Guarda - Que dirá a Rainha a tudo isso?
<br />
<br />Capitão - A ela só interessará saber que o Fantasma tem a
<br />força de dez tigres e é solteiro!
<br />
<br />Q75. Samaris olhando pela janela do palácio.
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Onde está o Capitão? Partiu há uma
<br />semana. Por que está demorando tanto?
<br />
<br />Q76. Samaris deitada num divã.
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Talvez não tenha descoberto nada.
<br />Talvez tenha sido morto pelos indígenas. Talvez o Fantasma
<br />seja casado... e por que tem esse nome?
<br />
<br />Q77. A pajem entra no quarto.
<br />
<br />Pajem - Alteza, o Capitão já voltou!
<br />
<br />Samaris - Mande-o entrar imediatamente!
<br />
<br />Q78. Samaris, o Capitão e um guarda.
<br />
<br />Samaris - Então, que foi que conseguiu apurar, Capitão? O
<br />Fantasma é casado?
<br />
<br />Capitão - Não! Dizem que tem uma namorada muito longe daqui!
<br />
<br />Samaris - Isso não é problema... e que mais?
<br />
<br />Capitão - Disseram-me que possui a força de dez tigres e que
<br />tem quatrocentos anos de idade. Chamam-no de
<br />"Espírito-que-anda", o homem que não morre! Naturalmente
<br />tudo isso não passa de conversa, mas foi o que nos
<br />informaram, não foi, soldado?
<br />
<br />Guarda - Sim, Alteza!
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Quatrocentos anos de idade! Será
<br />possível? Deve
<br /> estar sob o encanto de alguma feiticeira! (Dirigindo-se ao
<br />Capitão) - Pode retirar-se, Capitão!
<br />
<br />Q79. VoVô visualizando Fantasma em seu trono na Caverna da
<br />Caveira e a feiticeira falando com Samaris.
<br />
<br />VoVô - "Embora todos na selva julguem que o Fantasma é
<br />imortal, nós sabemos que ele é o vigésimo na linhagem dos
<br />Fantasmas. Já Samaris, que se acha sob o encanto da Rainha
<br />das feiticeiras, tem realmente trezentos anos..."
<br />
<br />Feiticeira - Viverá sempre bela e jovem... desde que não se
<br />apaixone!
<br />
<br />Q80. Samaris se olhando num espelho.
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Ele tem quatrocentos anos e eu
<br />trezentos. Afinal, conheci um homem mais velho do que eu!
<br />
<br />Q81. VoVô e as crianças.
<br />
<br />VoVô - Como tinha trezentos anos, era natural que Samaris
<br />acreditasse que o Fantasma tivesse mesmo quatrocentos...
<br />
<br />Menino - Mas a idade do Fantasma não é essa, Vovô?
<br />
<br />VoVô - Não o conheço pessoalmente e não fica bem perguntar a
<br />um soberano, "quantos anos tem o Senhor?"! Se algum dia o
<br />conhecerem, perguntem a ele!
<br />
<br />Q82. Samaris e o Capitão.
<br />
<br />Samaris - Capitão, vá procurar o Fantasma. Dê-lhe lembranças
<br />minhas e peça-lhe desculpas pelo que aconteceu na selva,
<br />quando eu quis invadir a ilha dele! Convide-o a vir
<br />visitar-me. Será recebido com as honras devidas a um Chefe
<br />de Estado!
<br />
<br />Capitão - Mas que devo fazer se ele não quiser vir?
<br />
<br />Samaris - Recusar meu convite para vir aqui? O Senhor é
<br />homem, Capitão. Acha que um homem recusaria um convite meu?
<br />
<br />Capitão - Não, Senhora, quero dizer, não, Alteza!
<br />
<br />Q83. O Capitão e alguns guardas cavalgando.
<br />
<br />Guarda - Imagine só. Pensei que ela quisesse enforcar o
<br />mascarado!
<br />
<br />Capitão - Entendam-se as mulheres!
<br />
<br />Q84. Vovô e as crianças.
<br />
<br />Vovô - Sendo a mulher mais bonita do mundo há trezentos
<br />anos, Samaris não podia conceber que o Fantasma recusasse
<br />seu convite...
<br />
<br />Menino - E ele recusou?
<br />
<br />Vovô - E, assim, o Capitão saiu à procura do Fantasma, coisa
<br />que não era fácil...
<br />
<br />Q85. O Capitão conversa com um índio.
<br />
<br />Capitão - Estou procurando o Fantasma. Sabe onde ele está?
<br />
<br />Indígena - O Senhor não o encontrará! Ele é que o
<br />encontrará!
<br />
<br />Capitão - Que quer dizer com isso?
<br />
<br />Indígena - Ele o encontrará!
<br />
<br />Capitão - Estamos aqui em missão de paz. Trazemos um recado
<br />de nossa Rainha para o Fantasma. Sabe onde ele está?
<br />
<br />Indígena - Ele o encontrará!
<br />
<br />Q86. O Capitão e seu sargento sentados à beira de um rio.
<br />
<br />Capitão - Eles só sabem dizer que o Fantasma nos encontrará!
<br />
<br />Sargento - E há três dias que estamos esperando!
<br />
<br />Q87. Fantasma, o Capitão e o Sargento.
<br />
<br />N: De repente, o Fantasma aparece diante deles.
<br />
<br />Fantasma - Têm um recado para mim?
<br />
<br />Capitão - Temos! Sua Alteza Real, a Rainha Samaris, manda
<br />pedir desculpas pelo atrito que teve com o Senhor e o
<br />convida para ir ao seu palácio como hóspede de honra!
<br />
<br />Fantasma - Aceito as desculpas, mas não posso aceitar o
<br />convite. Ando muito ocupado!
<br />
<br />Continua...LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-50709975713573013142009-10-11T14:18:00.001-03:002009-10-11T14:25:57.139-03:00Fantasma, em... Samaris, a Rainha de 300 Anos! - Parte III* Ledora: Anair Campos
<br />
<br />
<br />Q88. Fantasma vai embora, deixando o Capitão e seu sargento
<br />sozinhos.
<br />
<br />Capitão - Foi-se embora!
<br />
<br />Sargento - Ele disse... não?
<br />
<br />Q89. Samaris escolhendo uma roupa e sua pajem entra no
<br />quarto.
<br />
<br />Samaris - Não... é um vestido muito ousado para nosso
<br />primeiro encontro! Talvez este aqui... Oh, estou tão
<br />nervosa!
<br />
<br />Pajem - O Capitão chegou, Alteza!
<br />
<br />Q90. Samaris e o Capitão.
<br />
<br />Capitão - Ele mandou dizer que não pode vir!
<br />
<br />Samaris - Não pode vir?
<br />
<br />Q91. Fantasma e Capeto, seu cão, que na verdade é um lobo.
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Por que será que a Rainha Samaris
<br />mandou me convidar para ir ao seu palácio? Era evidentemente
<br />uma cilada. Ela ficou uma fera quando a obriguei a deixar a
<br />selva. Bem, jamais saberei!
<br />
<br />Q92. Samaris e o Capitão.
<br />
<br />Vovô - "Pela primeira vez o Fantasma estava redondamente
<br />enganado..."
<br />
<br />Samaris - Ele não pode vir... ou não quis?
<br />
<br />Capitão - Ele disse que estava muito ocupado, Alteza.
<br />
<br />Q93. Vovô e as crianças.
<br />
<br />Vovô - Imaginem a situação... Samaris, há trezentos anos a
<br />mulher mais bonita do mundo... já sobrevivera a onze
<br />maridos...
<br />
<br />Q94. Samaris no trono e alguns homens diante dela.
<br />
<br />Vovô - "Durante todos esses séculos Samaris sempre vivera
<br />cercada de pretendentes ansiosos..."
<br />
<br />Pretendente 1 - Case-se comigo!
<br />
<br />Pretendente 2 - Comigo!
<br />
<br />Q95. Um homem se jogando ao mar.
<br />
<br />Vovô - "Houve até alguns que se deixaram dominar pelo
<br />desespero... e agora, pela primeira vez na vida, recebia um
<br />não de um homem..."
<br />
<br />Q96. Samaris conversa com o Capitão e o Sargento.
<br />
<br />Samaris - Vocês não entenderam o que ele disse!
<br />
<br />Capitão - Bem que entendemos, não foi, Sargento?
<br />
<br />Sargento - Sim, Alteza!
<br />
<br />Samaris (Jogando um jarro nos dois) - Saiam já daqui!
<br />
<br />Q97. Samaris quebrando as coisas e a pajem olhando.
<br />
<br />Vovô - "A Rainha está furiosa..."
<br />
<br />Samaris - Que desaforo! Ele terá de vir aqui nem que eu
<br />tenha de arrastá-lo! (Virando-se para a pajem) - Vá chamar o
<br />Capitão! Depressa!
<br />
<br />Pajem - Sim, Alteza!
<br />
<br />Q98. Samaris sentada no trono e o Capitão diante dela.
<br />
<br />Vovô - "A orgulhosa Rainha estava uma fúria... pela primeira
<br />vez recebera um não..."
<br />
<br />Samaris - Diga ao Fantasma que, se ele não vier à minha
<br />presença, mandarei um exército à floresta destruir os
<br />pigmeus!
<br />
<br />Q99. O Capitão conversa com um pigmeu.
<br />
<br />Pigmeu - O Fantasma vai recebê-lo. Venha!
<br />
<br />Capitão - Estou esperando há uma semana!
<br />
<br />Q100. Fantasma no trono da caveira e o Capitão diante dele.
<br />
<br />Capitão - ... E ela cumprirá sua ameaça se o Senhor não for!
<br />
<br />Fantasma - Que tolice! Os pigmeus exterminariam facilmente o
<br />exército dela com suas flechas envenenadas. Mas isso
<br />significaria mortes desnecessárias. Eu irei! Que é que
<br />Samaris quer comigo?
<br />
<br />Capitão - Francamente, não sei!
<br />
<br />Q101. Fantasma cavalga com o Capitão e alguns indígenas
<br />observam.
<br />
<br />Vovô - "A notícia logo se espalha e por toda parte aparecem
<br />nativos curiosos que desejam ver o legendário Fantasma..."
<br />
<br />Q102. Samaris da janela vê o Fantasma chegando.
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Lá vem ele... o tolo arrogante...
<br />recusou o meu convite, vai ser severamente castigado. Oh...
<br />mas ele é tão forte e simpático!
<br />
<br />Q103. Fantasma chega ao portão do palácio de Samaris e é
<br />saudado por alguns indígenas que conhecem sua fama.
<br />
<br />Vovô - "Fantasma chegava ao castelo de Samaris..."
<br />
<br />- Fantasma! Fantasma!
<br />
<br />- O Espírito-que-anda!
<br />
<br />Q104. Samaris da janela vê Fantasma entrando no castelo.
<br />
<br />Vovô - "... E ainda não sabia como lidar com esta cruel
<br />rainha. Mas ele ignorava porque fora chamado..."
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Sim... é mais bonito do que eu pensava!
<br />
<br />Q105. Fantasma e o Capitão diante de Samaris que está
<br />deitada sobre algumas almofadas.
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Preciso tirar-lhe da cabeça essa idéia
<br />de enfrentar os pigmeus. Mas, afinal, qual o motivo dessa
<br />guerra?
<br />
<br />Samaris - Os homens se curvam na minha presença!
<br />
<br />Fantasma - Desculpe se não me curvo, Samaris. Estou aqui a
<br />seu pedido para tratar da ameaça de uma guerra na selva!
<br />
<br />Samaris - Você não perde tempo, hein? Os meus estadistas
<br />cuidaram disso mais tarde. Você costuma levar o cachorro aos
<br />seus encontros?
<br />
<br />Fantasma - Ele é um lobo. Mas pensei que quisesse falar
<br />da...
<br />
<br />Samaris - Não, é outro assunto. Como sabe, sou rainha e
<br />tenho poder absoluto. Como sabe, uma rainha difere bastante
<br />de outras mulheres em certos assuntos. Enquanto uma mulher
<br />espera que a peçam em casamento, a rainha não pode
<br />esperar... ela tem que tomar a decisão e pedir...
<br />
<br />Fantasma - Pedir o quê?
<br />
<br />Samaris - Pedir a você que se case comigo!
<br />
<br />Q106. Vovô e as crianças.
<br />
<br />Vovô - O Fantasma já tivera muitas surpresas na vida, já
<br />passara por muitos apertos... mas, quando a Rainha Samaris
<br />lhe pediu que casasse com ela, foi como se uma árvore
<br />tivesse desabado em cima dele...
<br />
<br />Menino - Machucou-se?
<br />
<br />Menina - Xi! Não faça perguntas idiotas!
<br />
<br />Q107. Fantasma e Samaris.
<br />
<br />Fantasma - Será que eu ouvi direito?
<br />
<br />Samaris - Ouviu, sim!
<br />
<br />Fantasma - Quer que eu me case com você, Samaris?
<br />
<br />Samaris - E por que não? Você não é considerado o rei da
<br />selva? (Pensando) - Como aconteceu com outros onze antes de
<br />você! (Dirigindo-se ao Fantasma) - Naturalmente, a emoção
<br />por receber tamanha honra o faz perder a fala... você terá
<br />todas as riquezas e honrarias dessa posição! Mas uma coisa
<br />precisa ficar bem clara. Você será meu marido apenas no
<br />nome!
<br />
<br />Fantasma - Que espécie de casamento será esse?
<br />
<br />Samaris - Não seremos na realidade marido e mulher... apenas
<br />legalmente... aos olhos do mundo!
<br />
<br />Fantasma - E por que uma mulher jovem como você quer um
<br />casamento nestas condições?
<br />
<br />Samaris - Tenho minhas razões. Terá de ser assim.
<br />Naturalmente, não poderá usar mais essa máscara e essa roupa
<br />ridícula!
<br />
<br />Fantasma - Sinto-me honrado com sua proposta, mas tenho de
<br />recusar!
<br />
<br />Samaris - Acho que não compreendeu. Eu lhe pedi que seja meu
<br />marido!
<br />
<br />Fantasma - Compreendi perfeitamente, Samaris!
<br />
<br />Q108. Samaris e Fantasma.
<br />
<br />Vovô - "A princípio, Samaris não acreditou no que ouvia. Em
<br />trezentos anos de beleza e juventude, homem algum jamais
<br />recusara tal pedido..."
<br />
<br />Samaris - Não quer ser meu marido?
<br />
<br />Fantasma - Não! Seja um marido para constar ou outro tipo
<br />qualquer!
<br />
<br />Samaris - Não me acha bonita?
<br />
<br />Fantasma - Ainda que fosse um casamento de verdade, eu não
<br />poderia aceitar. Amo outra moça!
<br />
<br />Samaris - Prefere outra pequena qualquer a mim?
<br />
<br />Fantasma - Posso falar agora com seus estadistas a respeito
<br />da guerra?
<br />
<br />Samaris - Guardas! Minha proposta pegou-o de surpresa. Você
<br />precisa de tempo para pensar. Passará uns dias aqui e...
<br />
<br />Fantasma - Não preciso de tempo. Adeus, Samaris!
<br />
<br />Samaris - Peguem-no, mas cuidado para não machucá-lo!
<br />
<br />Q109. Fantasma luta com alguns guardas.
<br />
<br />Samaris - Não atirem! Quero-o vivo... sem um arranhão!
<br />Cuidado para não machucá-lo!
<br />
<br />Q110. Fantasma lutando contra mais de vinte guardas.
<br />
<br />Vovô - "Chegam reforços. A Rainha Samaris não queria que o
<br />Fantasma fugisse ou se machucasse. Mas capturar o Fantasma
<br />sem arma e sem feri-lo, não era tarefa fácil..."
<br />
<br />Samaris - Peguem-no! Não o deixem fugir!
<br />
<br />Q111. Os guardas conseguem prender o Fantasma.
<br />
<br />Vovô - "Foi necessário todo um regimento para dominar o
<br />Fantasma..."
<br />
<br />Capitão - Conseguimos capturar o prisioneiro, Alteza!
<br />
<br />Samaris - Ponham-no numa cela!
<br />
<br />Q112. Fantasma preso numa cela e Samaris diante das grades.
<br />
<br />Vovô - "Diariamente a rainha visitava o Fantasma..."
<br />
<br />Samaris - Quer casar comigo?
<br />
<br />Fantasma - Não, Samaris!
<br />
<br />Q113. Samaris dormindo e o rosto do Fantasma.
<br />
<br />Vovô - "E toda noite Samaris sonhava com o herói..."
<br />
<br />Q114. Fantasma preso e Samaris falando com ele.
<br />
<br />Vovô - "E mais uma manhã..."
<br />
<br />Samaris - Seja meu marido!
<br />
<br />Fantasma - Para que essa bobagem, Samaris? Case-se com
<br />alguém a quem você ame e por quem seja amada!
<br />
<br />Samaris - Não posso amar. É um segredo que não devo revelar
<br />a ninguém!
<br />
<br />Q115. Vovô e as crianças.
<br />
<br />Vovô - Pela primeira vez em seus trezentos anos de
<br />existência, Samaris ia revelar seu segredo...
<br />
<br />Menino - E o que aconteceu depois?
<br />
<br />Menina - E revelou?
<br />
<br />Menino 2 - Deixe Vovô acabar!
<br />
<br />Menino 3 - Continue, Vovô!
<br />
<br />Menina 2 - Fique quieto!
<br />
<br />Q116. Fantasma e Samaris conversando.
<br />
<br />Vovô - "E lá, na solidão da sua cela, o Fantasma ouviu a
<br />estranha história..."
<br />
<br />Fantasma - Você diz que não pode se apaixonar por causa do
<br />seu segredo? Que segredo é esse?
<br />
<br />Samaris - Será que devo lhe contar? Que aconteceria se lhe
<br />contasse? Nesses trezentos anos não contei a ninguém!
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Trezentos anos?
<br />
<br />Samaris - Mas você é diferente. Você é o Fantasma... você
<br />tem quatrocentos anos. Só você pode compreender. Você está
<br />também sob o encanto de uma feiticeira?
<br />
<br />Fantasma - Feiticeira?
<br />
<br />Samaris - Foi há trezentos anos que a feiticeira lançou o
<br />encanto! E através dos séculos tive casamentos simulados e
<br />fingi que tivera filhas no estrangeiro. Uma após outra, no
<br />devido tempo, as rainhas morreram e foram enterradas... mas
<br />todas eram eu e naturalmente os ataúdes achavam-se vazios.
<br />Compreende agora?
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Coitada! É demente! (Dirigindo-se à
<br />Samaris) - Você acredita mesmo que tenha vivido trezentos
<br />anos?
<br />
<br />Samaris - É tão duro assim para você acreditar? Você que tem
<br />quatrocentos anos ?
<br />
<br />Fantasma (Fingindo acreditar) - Sim, compreendo!
<br />
<br />Q117. Samaris e Fantasma conversando.
<br />
<br />Vovô - "É claro que Fantasma não acreditou na história
<br />incrível de Samaris..."
<br />
<br />Samaris - É a primeira vez que revelo meu segredo. Quer
<br />casar comigo?
<br />
<br />Fantasma - Não, Samaris! (Pensando) - Está louca, coitada!
<br />
<br />Q118. Samaris lembra da Rainha das Feiticeiras.
<br />
<br />Vovô - "Samaris gosta realmente do Fantasma... e lembra da
<br />maldição da feiticeira..."
<br />
<br />Samaris (Pensando) - Ele não poderá continuar recusando meu
<br />pedido. Ela morreu há trezentos anos, seu aviso nada mais
<br />significa... nada..! Nada! Depois de trezentos anos,
<br />continuo jovem... e bonita!
<br />
<br />Q119. Samaris diante da cela do Fantasma.
<br />
<br />Samaris - Estou apaixonada por você, Fantasma! Case-se
<br />comigo!
<br />
<br />Fantasma (Surpreso) - Como?
<br />
<br />Q120. Vovô e as crianças.
<br />
<br />Vovô - Por hoje é só. Vão dormir. O resto fica para amanhã!
<br />
<br />Menino - Não pode parar agora, Vovô!
<br />
<br />Menina - Oh!
<br />
<br />Menino 2 - Que aconteceu quando Samaris disse ao Fantasma
<br />que o amava?
<br />
<br />Menino 3 - E a maldição da feiticeira?
<br />
<br />Vovô - Hummm! Não me lembro mais do que aconteceu depois!
<br />
<br />Menina 2 - Lembra sim, Vovô! Vovô está brincando!
<br />
<br />Menino 2 - Conte!
<br />
<br />Vovô - Sim, estou brincando. Não poderia esquecer-me do que
<br />se passou!
<br />
<br />Q121. Samaris, Fantasma (fora da cela) e um guarda.
<br />
<br />Samaris - Amo-o e quero casar com você. Pronto, acabei
<br />dizendo! Agora sou uma mulher de verdade!
<br />
<br />Q122. Fantasma e o guarda olham Samaris surpresos.
<br />
<br />Vovô - "Fantasma e o guarda ficam surpresos com a
<br />revelação..."
<br />
<br />Samaris - Você ouviu, feiticeira morta há trezentos anos? Eu
<br />disse que amo o Fantasma!
<br />
<br />Q123. Fantasma, o Capitão e alguns guardas.
<br />
<br />Vovô - "Uma gargalhada sinistra ecoou pelos corredores do
<br />palácio... ou teria sido fruto da imaginação?"
<br />
<br />- Hihihihihihihihihihihihihih! Hihihihihihihihihihihihhi!
<br />
<br />Fantasma - Que foi isso?
<br />
<br />Samaris (Vendo as mãos enrrugarem-se) - Minhas mãos!
<br />
<br />Q124. Samaris, apavorada, correu para seus aposentos.
<br />
<br />Vovô - "Enquanto corria Samaris começou a envelhecer..."
<br />
<br />Samaris - Que está acontecendo comigo?
<br />
<br />- Hihihihihihihihihihihihihih! Hihihihihihihihihihihihhi!
<br />
<br />Q125. Samaris diante do espelho vendo sua imagem
<br />envelhecida.
<br />
<br />Vovô - "E quando Samaris chega aos seus aposentos e se mira
<br />num espelho..."
<br />
<br />Samaris (Gritando de pavor) - Nããããão! Nããããão!
<br />
<br />Q126. Vovô e as crianças.
<br />
<br />Menino - Ela virou de repente uma velha, Vovô?
<br />
<br />Vovô - Escutem o resto...
<br />
<br />Q127. Fantasma, o Capitão e alguns guardas ouvem o grito de
<br />Samaris.
<br />
<br />Capitão - Que aconteceu à nossa rainha?
<br />
<br />Fantasma - Esperem aqui!
<br />
<br />Q128. Fantasma chega ao quarto de Samaris.
<br />
<br />Fantasma - Samaris?
<br />
<br />Samaris - Nããããão!
<br />
<br />Q129. Fantasma vê Samaris desintegrar-se, virar pó e suas
<br />roupas caírem ao chão.
<br />
<br />Vovô - "E o Fantasma viu a rainha de trezentos anos... virar
<br />pó! Embora o Fantasma já tivesse visto muitas coisas
<br />incríveis... dizem que ele nunca ficara tão abalado... e com
<br />razão!"
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - A história da feiticeira era
<br />verdadeira!
<br />
<br />Q130. Vovô e as crianças diante duma fogueira.
<br />
<br />Vovô - E assim termina a história de Samaris e o Fantasma.
<br />Agora está na hora de dormir!
<br />
<br />Menino - Será verdade?
<br />
<br />Menina - Que nada! Vovô gosta de inventar essas histórias!
<br />
<br />
<br />FIMLUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-3014361850890004552009-10-11T11:04:00.002-03:002009-10-11T11:20:28.097-03:00Fantasma, em... O terror da selva! - Parte I<div align="justify">* Ledora: Anair Campos<br /><br />- - -<br /><br />Alguns dados sobre o Fantasma:<br /><br />O Fantasma foi criado em 1936 por Lee Falk, (Criador do<br />Mandrake, o Mágico - 1934). Fantasma foi o primeiro herói<br />a usar uniforme e mascara nos quadrinhos. Inicialmente, Lee<br />Falk imaginou o herói como um playboy milionário que, à<br />noite, vestia seu exótico traje e se mascarava para<br />enfrentar ladrões, bandidos e piratas. (Essa idéia foi<br />aproveitada por Bob Kane em 1939 ao criar Batman.) Depois<br />Falk teve a idéia de fazer do herói o herdeiro de uma<br />linhagem de justiceiros, cumprindo uma tradição que passa de<br />pai para filho desde o século XVI. Nela, o filho começa a<br />agir quando o pai pára, seguindo as determinações do<br />primeiro Fantasma, geração após geração. Como a roupa é<br />sempre a mesma (apenas, conforme a época, acrescentando<br />capas ou trocando o modelo das botas), surgiu a crença de<br />que todos os Fantasmas eram a mesma pessoa, o imortal<br />"Espírito-que-anda", gerando por isso o medo em seus<br />oponentes. Esse medo se caracteriza também pela ausência de<br />olhos atrás da mascara, o que aumenta o mistério sobre ele.<br />O Fantasma também é conhecido como "O homem que não morre",<br />devido aos seus feitos surpreendentes e executados quase<br />sempre em segredo. Assim, os nativos e criminosos<br />supersticiosos pensam que o Fantasma seja sobrenatural e<br />imortal. Somente os pigmeus Bandar e uns poucos amigos e<br />pessoas da família conhecem a verdadeira identidade e o<br />segredo da linhagem do Fantasma.<br />Fantasma usa um anel com o símbolo dele (uma caveira) e<br />quando esmurra um bandido, deixa esta marca em seu rosto.<br />Ele mora na Caverna da Caveira, na Floresta Negra, local que<br />está situado no Golfo de Bangala ( tudo fictício). Seu cavalo<br />é o Herói e seu cão é um lobo (Capeto). O último Fantasma<br />é casado com Diana e tem um casal de filhos gêmeos. Vez por<br />outra usa a identidade secreta de Kit Walker e também é o<br />Comandante da Patrulha da Selva.<br /><br />- - -<br /><br /><br />Q1. Fantasma montado em Herói, seu cavalo, tendo Capeto, seu<br />cão ao lado, está parado na margem de um rio e vê um filhote<br />de gorila que parece estar se afogando.<br /><br />N: O que teria levado aquele gorila - estranhamente careca -<br />a tornar-se um monstro selvagem, uma ameaça terrível para<br />toda selva? E até que ponto o amor de um homem por um animal<br />pode transformar esse monstro novamente num dócil<br />macaquinho? Tudo começou quando o estouro de uma manada de<br />elefantes separou "Pretinho" da sua família...<br /><br />Fantasma (Pensando) - Que é aquilo ali na água? Parece... um<br />macaco! E acho que ainda está vivo!<br /><br />Q2. Fantasma mergulha no rio, pega o macaquinho e, para não<br />ser levado pela forte correnteza, se segura no galho de uma<br />árvore. Capeto e Herói ficam à sua espera na margem do rio.<br /><br />Fantasma (Pensando) - Puxa! Por um triz não o pegava!<br /><br />Q3. Fantasma consegue nadar até a margem trazendo o<br />macaquinho em um dos braços. Deita-o na grama enquanto<br />Capeto e Herói observam.<br /><br />Fantasma (Pensando) - Um filhote de gorila! Como é que foi<br />parar no rio? Coitado! Por onde andará sua mãe? Deve estar<br />com fome. Precisa de comida!<br /><br />Q4. Fantasma monta e cavalga entre as árvores da floresta<br />com o macaquinho no colo. Capeto caminha ao lado de Herói.<br />Fantasma avista, um pouco distante, uma gazela e seu<br />filhotinho. Fantasma manda Capeto cercá-la, empurrando-a<br />para perto dele. Espera pacientemente entre os arbustos até<br />que... consegue laçá-la.<br /><br />Fantasma - Ali está o que eu procurava... uma gazela!<br />Empurre-a na minha direção, Capeto!<br /><br />Q5. Fantasma, após laçar a gazela, a amarra a uma árvore e a<br />ordenha, improvisando um recipiente com folhas de palmeira e<br />dando o leite ao macaquinho.<br /><br />Fantasma - Não posso demorar-me muito aqui. O problema agora<br />é saber o que farei com você!<br /><br />Q6. Fantasma cavalga por um tempo margeando o rio, levando o<br />filhote de gorila no colo. A gazela segue amarrada ao Herói<br />e seu filhote vem atrás, vigiado por Capeto...<br /><br />Fantasma - Tomara que encontremos logo sua tribo, Pretinho.<br />Quero vê-lo nos braços de sua mãe!<br /><br />Q7. Fantasma continua sua viagem. O macaquinho alisa seu<br />rosto.<br /><br />N: Novo papel para Fantasma... o de babá!...<br /><br />Q8. Durante várias semanas, o Fantasma cruza vagarosamente a<br />selva.<br /><br />Fantasma - Nem sombra da sua família, amigo. Tenho de<br />arranjar-lhe outro lar!<br /><br />Q8. Fantasma chega na tribo dos Vambesis. Logo sua visita é<br />anunciada por um guerreiro.<br /><br />Guerreiro - O Fantasma vem aí!<br /><br />Q9. Índios arrumando uma fogueira e colocando um caldeirão<br />nesta.<br /><br />N: Fazem-se logo rápidos preparativos para a visita<br />inesperada. Fogueiras são preparadas, caldeirões colocados<br />no fogo. A aldeia se movimenta para receber bem o<br />Fantasma...<br /><br />Rei Vambesi- Andem logo com isso!<br /><br />Q10. Fantasma entra na aldeia com sua comitiva e é cercado<br />pelos guerreiros Vambesis.<br /><br />N: E chega o grande herói que é saudado pelos Vambesis...<br /><br />Guerreiros - Fantasma! Fantasma! Fantasma!<br /><br />Q11. Fantasma, com o macaquinho nos braços, conversa com o<br />rei Vambesi e alguns anciões da tribo, sentados numa<br />esteira.<br /><br />Fantasma - Tenho de fazer uma longa viagem e quero que<br />fiquem tomando conta deste filhote de gorila até que eu<br />volte.<br /><br />Rei Vambesi - Com todo prazer, Fantasma!<br /><br />Q12. Fantasma já montado, despede-se do macaquinho que foi<br />colocado numa gaiola. é com tristeza que o macaco vê seu<br />amigo afastar-se...<br /><br />Fantasma - Adeus, Pretinho! Porte-se direitinho na minha<br />ausência, ouviu? Até a volta, amigos!<br /><br />Q13. O Rei Vambesi e um guerreiro.<br /><br />Rei - Tola, você vai cuidar do macaco!<br /><br />Tola - Isso é serviço para mulher! Por que me escolheu?<br /><br />Rei (Afastando-se) - Porque você é medroso, preguiçoso e não<br />serve para mais nada!<br /><br />Q14. O Rei ao fundo, de costas e Tola diante da jaula do<br />gorila.<br /><br />N: Tola solta um palavrão e chuta a gaiola com o<br />macaquinho... e começa o sofrimento de Pretinho...<br /><br />Tola (Pensando) - Tenho de dar-lhe comida, limpar a jaula...<br />se morresse...<br /><br />Q15. O Rei falando com Tola.<br /><br />N: Alguns dias depois...<br /><br />Rei - Tola! O bicho pertence ao Fantasma. Tem que cuidar bem<br />dele!<br /><br />Tola - Sim!<br /><br />Q16. Algumas crianças brincam com o macaco e lhe dão de<br />comer.<br /><br />N: A princípio, o macaco é alvo de curiosidade na aldeia...<br /><br />Q17. Tola está limpando a gaiola, abaixado.<br /><br />N: Depois, vai sendo aos poucos esquecido... menos por<br />Tola...<br /><br />Tola (Pensando) - Não me conformo em fazer esse serviço!<br /><br />Q18. Alguns guerreiros saindo da aldeia e Tola com a<br />vassoura na mão olhando para eles.<br /><br />N: Todos os homens vão caçar... menos Tola... é medroso... e<br />por isso, tem de servir de babá para o macaco...<br /><br />Q19. Algumas crianças zombam de Tola que corre atrás deles<br />com a vassoura na mão.<br /><br />N: Não tardou para que as crianças zombassem dele...<br /><br />Crianças - Babá! Babá! Babá!<br /><br />Tola - Eu pego vocês, pestinhas!<br /><br />Q20. Tola joga água no macaco e coloca a comida espalhada.<br /><br />Tola (Pensando) - Lavar a jaula e dar comida a um monstrinho<br />desses...<br /><br />Q21. Pretinho vê a imagem dele no colo do Fantasma. Tola o<br />olha com raiva.<br /><br />N: E, enquanto cresce diariamente seus tormentos, talvez<br />Pretinho se lembre daquele que o tratou com brandura, se é<br />que os gorilas também sonham. Correm os meses e o gorila<br />cresce rapidamente, sempre com medo do seu tratador, o gordo<br />e rabugento Tola, cujo prazer é descobrir novos meios de<br />atormentar o bicho, como, por exemplo, batendo tambor,<br />despertando o medo instintivo do animal pelo barulho...<br /><br />Tola - Não gosta, hein?<br /><br />Q22. Pretinho agarra Tola pelo pescoço e alguns guerreiros<br />correm para salvar Tola.<br /><br />N: Uma noite, ele agarra o cruel tratador. Só com muito<br />esforço, alguns guerreiros conseguem livrá-lo...<br /><br />Tola - Socorro! Socorro!<br /><br />Guerreiro 1 - Oh! Será que não serve nem para ama-seca de um<br />macaco?<br /><br />Guerreiro 2 - Da próxima vez, salve-se sozinho!<br /><br />Q23. Tola está com uma tocha na mão em frente à jaula do<br />gorila.<br /><br />N: Tola está contente. Descobriu uma nova maneira de<br />atormentar o gorila...<br /><br />Tola - Por sua causa, Tola fez um papel de tolo. Vamos ver<br />se gosta de fogo! AH, não gosta?<br /><br />Q24. A jaula está queimando e Tola olha assustado.<br /><br />N: Tola se excede e a jaula acaba pegando fogo...<br /><br />Tola (Pensando) - Oh! O macaco do Fantasma! E agora, como é<br />que vai ser?<br /><br />Q25. A jaula em chamas e alguns guerreiros correndo.<br /><br />N: O filhote de gorila corre o risco de morrer queimado...<br /><br />Guerreiro 1 - Fogo! Fogo!<br /><br />Guerreiro 2 - Não fique aí parado, Tola... traga água!<br /><br />Q26. Uma das cabanas pega fogo. Os guerreiros trazem baldes<br />com água, tentando apagar o fogo da jaula e da cabana.<br /><br />N: Dentro da jaula, Pretinho está doido de calor e dor. Os<br />homens se afastam quando uma das choças pega fogo...<br /><br />Tola - Oh! Minha choça!<br /><br />Guerreiro 3 - Tragam mais água!<br /><br />Guerreiro 1 - Não... voltem!<br /><br />Q27. Pretinho, com a cabeça chamuscada, está na selva.<br /><br />N: Apavorado com o fogo, Pretinho rebenta a jaula e, sem ser<br />visto, consegue fugir do maldito cheiro do homem. Ao ver a<br />jaula vazia, um guerreiro dá o alarma...<br /><br />Guerreiro - O gorila do Fantasma fugiu!<br /><br />q28. Os guerreiros procuram Pretinho pelas proximidades.<br /><br />N: Enquanto os homens procuram pelas proximidades, Pretinho<br />se esconde no alto de uma árvore...<br /><br />Tola - Foi até bom ficarmos livres dele... só dava trabalho!<br /><br />Guerreiro 2 - Se ele fugiu, a culpa não é nossa!<br /><br />Guerreiro 3 - Mas o gorila é do Fantasma!<br /><br />Q29. Fantasma montado em Herói, capeto ao lado e um<br />guerreiro sobre a platibanda junto à paliçada que cerca a<br />aldeia.<br /><br />N: Fantasma cavalga em direção à aldeia e é visto pelo<br />guerreiro que monta guarda na paliçada que a cerca...<br /><br />Guerreiro (Pensando) - O Fantasma! Preciso avisar ao Rei!<br /><br />Fantasma (Pensando) - Estou ansioso para ver o Pretinho!<br /><br />Q30. O guerreiro está na choça do rei e fala com este.<br /><br />Guerreiro - O Fantasma vem aí!<br /><br />Rei - Deixem que eu fale com ele!<br /><br />Q31. Fantasma entra na aldeia e o rei vem em sua direção.<br /><br />Rei - O seu filhote de gorila ficou doente e morreu há uma<br />semana. Nós o enterramos aí. Talvez tenha sido melhor assim,<br />pois ele não poderia voltar para sua tribo!<br /><br />Fantasma - Talvez... Ele teria de passar a vida numa jaula!<br />Adeus, Vambesis e obrigado por tudo!<br /><br />Q32. Um guerreiro fala com Tola.<br /><br />Guerreiro 1 - Se ele descobrir que você tocou fogo na jaula,<br />servirá um ano de trabalhos forçados!<br /><br />Tola (Apavorado) - Oh!<br /><br />Q33. É noite e Pretinho está sobre uma árvore.<br /><br />N: Enquanto isso, Pretinho procura alimento num recanto<br />sossegado da selva. À noite, fica apavorado com os ruídos da<br />floresta...<br /><br />Q34. Pretinho e alguns gorilas.<br /><br />N: e, um dia, por milagre, depara-se com outros gorilas.<br />Pretinho se aproxima e os outros o observam. O que chama<br />mais a atenção na figura de Pretinho é sua cabeça careca,<br />resultado do incêndio na jaula. Além disso, ele lhes trás o<br />temível cheiro do homem...<br /><br />Q35. Pretinho está caído e os outros gorilas se afastando.<br /><br />N: Quando Pretinho está ao lado dos outros gorilas, um maior<br />dá-lhe um soco e depois todos se retiram, deixando-o<br />sozinho. Torturado antes pelo homem, é agora repelido pelos<br />da sua própria raça...<br /><br />Q36. Pretinho está deitado sob uma árvore e vem à sua cabeça<br />a imagem do Fantasma.<br /><br />N: Passam-se os meses e ele cresce rapidamente, evitando<br />sempre as feras, pois aprendeu a sobreviver na selva. De vez<br />em quando se recorda de seu velho amigo...<br /><br />Q37. Fantasma, Herói, Capeto e alguns guerreiros Vambesis na<br />floresta.<br /><br />N: O Fantasma não esquece o seu filhote de gorila, que ele<br />julga ter morrido...<br /><br />Fantasma (Pensando) - Coitado do Pretinho! Não viveu muito!<br /><br />Q38. Pretinho deitado sob uma árvore e um leopardo próximo a<br />ele.<br /><br />N: Mas, não muito longe dali, uma noite Pretinho é<br />violentamente despertado por um leopardo grande e esfomeado<br />que o descobre dormindo e o ataca...<br /><br />* GRRR!<br /><br />Q39. Pretinho luta com o leopardo.<br /><br />N: A luta violenta desperta outros habitantes da selva e o<br />silêncio da noite é interrompido por gritos estridentes e<br />grunidos...<br /><br />Q40. Pretinho está com a cabeça ferida e o leopardo está<br />morto.<br /><br />N: Súbito, desce novamente o silêncio. A luta terminou. E,<br />de longe, vem aos ouvidos do macaco o ruído que tanto odeia<br />- vozes humanas. Seu primeiro impulso é de atacar os homens,<br />mas, ferido como está, arrasta-se para o meio dos<br />arbustos...<br /><br />Q41. Pretinho está escondido num arbusto e ao fundo vê-se o<br />Fantasma cavalgando acompanhado de Capeto e de alguns<br />pigmeus bandar.<br /><br />N: Se ele soubesse que entre aqueles homens caminhava o seu<br />único amigo!...<br /><br />Q42. Pretinho recostado a uma árvore, comendo.<br /><br />N: Passam-se os meses e Pretinho se refaz dos ferimentos<br />recebidos na luta com o leopardo..<br /><br />Q43. Pretinho sobre uma árvore.<br /><br />N: Outros meses se passaram e, sozinho numa parte isolada da<br />floresta, Pretinho começa a rugir. Os rugidos crescem...<br /><br />* GRRRRR!<br /><br />Q44. Pretinho e um leão que o ameaça, correndo dele.<br /><br />N: Já completamente crescido, Pretinho nada mais teme na<br />selva. As próprias feras - inclusive o temível leão - fogem<br />deste animal cuja ferocidade não desconhecem...<br /><br />Q45. Pretinho está sobre uma árvore. Uma gazela e seu<br />filhote que mama. Pretinho lembra do Fantasma. Vê-se a<br />imagem do Fantasma.<br /><br />N: Repelido pelos da sua própria raça, ele ainda se recorda<br />do único ser que o tratou com bondade...<br /><br />Q46. Pretinho está entrando numa caverna. Um pouco distante,<br />um grupo de homens arma acampamento e tem uma fogueira<br />acesa.<br /><br />N: Pretinho descobriu uma furna que às vezes usa como casa.<br />Por acaso, uma noite vê alguns homens acampados próximos à<br />caverna. É lógico que o gorila não pode saber que eles estão<br />ali por acaso. O fogo lhe trás lembranças da jaula<br />incendiada...<br /><br />Q47. Pretinho chega perto dos homens que se assustam com sua<br />figura.<br /><br />N: Após um dia fatigante de caçada, os caçadores preparam-se<br />para dormir, quando, de repente surge diante deles, aquele<br />enorme animal que tanto odeia aos homens...<br /><br />Caçador (Apavorado) - Ihhhh! Vamos fugir!<br /><br />Q48. Pretinho ataca. Há homens caídos de um lado e outro.<br />Alguns fogem apavorados.<br /><br />N: Com incrível ferocidade, ele investe contra os<br />caçadores...<br /><br />* GRRRRR!<br /><br />Caçador - Aiiiiii!<br /><br />Q49. Pretinho com uma lança no ombro investindo contra os<br />homens.<br /><br />N: Um deles, mais corajoso que os outros, atira uma lança.<br />Sem ligar à lança, cravada em seu ombro, Pretinho persegue<br />os homens, seus odiados e eternos inimigos...<br /><br />Q50. Pretinho arranca a lança do ombro, observado por dois<br />caçadores que estão escondidos.<br /><br />N: Incrível! Os homens fugiram dele como coelhos assustados.<br />Em seguida, arranca a lança do ombro como se fosse um<br />espinho. Aqueles homens devem ser bem fraquinhos, pensa<br />ele...<br /><br />Q51. Os caçadores sobreviventes chegando em sua aldeia.<br /><br />Guerreiro - Que aconteceu?<br /><br />Guerreiro 2 - Foi terrível!<br /><br />Guerreiro 3 - Um gorila careca!<br /><br />Guerreiro 4 - Nem sentiu o efeito da lança que atirei!<br /><br />N: E começa assim a lenda do "Velho Careca"!<br /><br /><br />Continua...</div>LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-34236051879670333872009-10-11T10:58:00.000-03:002009-10-11T11:06:15.751-03:00Fantasma, em... O terror da selva! - Parte II* Ledora: Anair Campos
<br />
<br />
<br />Q1. Um grupo de homens em volta de uma fogueira.
<br />
<br />N: A lenda vai crescendo... crescendo...
<br />
<br />Homem 1 - Nós o vimos! É desse tamanho!
<br />
<br />Q2. Pretinho sai de trás de uma árvore e alguns caçadores
<br />correm apavorados.
<br />
<br />N: A lenda do "Velho Careca" continua crescendo...
<br />crescendo... até atingir proporções incríveis...
<br />
<br />Homem 2 - A cabeça dele bate no céu!
<br />
<br />Homem 3 - Atiramos nele dezenas de lanças e não adiantou
<br />nada!
<br />
<br />Q3. Um homem caído e Pretinho que nem o ameaça.
<br />
<br />N: Depois disso, não é de admirar que a simples presença do
<br />gorila faça homens valentes desmaiarem...
<br />
<br />Caçador - O "Velho Careca"! Oh!
<br />
<br />Q4. Pretinho entrando na floresta.
<br />
<br />N: As histórias sobre o gorila se espalham cada vez mais e
<br />chegam à Floresta Negra...
<br />
<br />Q5. Fantasma, sentado no "Trono da Caveira", conversa com o
<br />pigmeu Guran, enquanto Capeto dorme ao lado do trono.
<br />
<br />Fantasma - Um gorila careca de dez metros de altura?
<br />
<br />Guran - É o que dizem, Fantasma!
<br />
<br />Q6. Vambesis conversam com o guerreiro caçador que desmaiara
<br />ao ver Pretinho.
<br />
<br />N: O guerreiro que desmaiara ao ver Pretinho, é encontrado
<br />por caçadores Vambesis. Entre estes se encontra Tola...
<br />
<br />Vambesi 1 - Que houve com ele?
<br />
<br />Vambesi 2 - Não está machucado. O coração bate. Está
<br />querendo falar!
<br />
<br />Caçador - Oh! E-eu vi... o "Velho Careca"!
<br />
<br />Tola (Pensando) - Que terá acontecido?
<br />
<br />Vambesi 1 - Viu o "Velho Careca"... aqui?
<br />
<br />Caçador - Sim, foi horrível!
<br />
<br />Vambesi 3 - Vamos dar o fora!
<br />
<br />Q7. Os guerreiros avistam Pretinho que investe contra eles e
<br />correm apavorados.
<br />
<br />N: Tola, que fora o cruel tratador do gorila é reconhecido.
<br />Pretinho, ao ver seu antigo inimigo, avança contra os
<br />homens. Por um momento, os guerreiros ficam imóveis...
<br />depois fogem apavorados, como que perseguidos por
<br />demônios...
<br />
<br />Tola - Aaaai! Não... Não!
<br />
<br />Q8. Os guerreiros Vambesis chegam na aldeia e Pretinho vem
<br />atrás, derruba o portão e parte da cerca e entra na aldeia,
<br />levando o pânico e o pavor aos Vambesis.
<br />
<br />N: Uma noite que os Vambesis jamais esquecerão. O "Velho
<br />Careca" persegue aquele que o maltratara na infância...
<br />
<br />Tola - Fechem o portão!
<br />
<br />Vambesi 2 - O "Careca" vem aí!
<br />
<br />Vambesi 3 - O "Velho Careca"... o "Velho Careca"!
<br />
<br />Q9. Tola entra na choça de uma mulher.
<br />
<br />N: Tola, seu cruel tratador! É meia-noite e reina a confusão
<br />na aldeia dos Vambesis...
<br />
<br />Tola - Esconda-me!
<br />
<br />Q10. O Rei dos Vambesis vê o gorila passando.
<br />
<br />N: O Rei dos Vambesis chega a ver por um momento o terror da
<br />selva...
<br />
<br />Rei - Acendam os archotes! Depressa!
<br />
<br />Q11. Alguns Vambesis saem atrás de Pretinho portando
<br />archotes acesos.
<br />
<br />N: Os Vambesis seguem o rastro de destruição deixado pelo
<br />gorila...
<br />
<br />Vambesi 1 - Foi para lá!
<br />
<br />Vambesi 2 - É fácil seguir-lhe o rastro!
<br />
<br />Vambesi 3 - Passou por dentro da parede!
<br />
<br />Q12. O Rei Vambesi diante de alguns guerreiros.
<br />
<br />N: Passou, afinal, o perigo...
<br />
<br />Rei Vambesi - Alguém está disposto a segui-lo na floresta?
<br />
<br />Vambesi 2 - Não!
<br />
<br />Q13. Tola está embaixo da cama.
<br />
<br />Tola - Ele... já... já foi?
<br />
<br />Mulher Vambesi - Já, Tola!
<br />
<br />Q14. Pretinho vai em direção ao curral dos Vambesis e põe
<br />todo o gado em fuga.
<br />
<br />N: O gorila, porém, não se afastou das proximidades da
<br />aldeia dos Vambesis e se dirigi para onde está o gado.
<br />Enfurecido ele destrói todo o cercado, pondo em fuga o
<br />precioso gado dos Vambesis que só vai parar na selva, onde
<br />muitos perigos os aguardam...
<br />
<br />Rei Vambesi - Temos que salvar o gado!
<br />
<br />Vambesi 2 - Como, se o "Velho Careca" não sai dali!
<br />
<br />Rei Vambesi - "Velho Careca"... tragam o Tola!
<br />
<br />Q15. O Rei Vambesi está diante de Tola e de outros
<br />guerreiros.
<br />
<br />Rei - Ele não é careca! Foi o fogo que o deixou assim! É o
<br />gorila que o Fantasma trouxe para cá, ainda filhote, e cuja
<br />jaula você incendiou! Você é responsável por toda essa
<br />destruição! O gorila veio buscá-lo, Tola... e vai levá-lo!
<br />
<br />Q16. Tola amarrado a uma árvore e alguns guerreiros estão
<br />por ali.
<br />
<br />N: Tola tenta fugir mas é seguro por uma das pernas e cai no
<br />chão, sendo amarrado numa árvore em frente à aldeia... Na
<br />dureza da selva, piedade é virtude rara!
<br />
<br />Tola - Nãããããão! Não queimei a jaula de propósito... foi um
<br />acidente!
<br />
<br />Vambesi 2 - Cale-se! O Rei ordenou!
<br />
<br />Tola - Tenham piedade!
<br />
<br />Vambesi 3 - Depois que o monstro se acalmar e for embora,
<br />nós iremos buscar o gado!
<br />
<br />Q17. Fantasma, sentado no Trono da Caveira, conversa com
<br />Guran, o Chefe dos pigmeus Bandar.
<br />
<br />N: Naquele momento, na Floresta Negra, na Caverna da
<br />Caveira, Fantasma conversa com Guran...
<br />
<br />Fantasma - Que "Velho Careca" é esse, Guran?
<br />
<br />Guran - Um gorila enorme... que conhece os hábitos dos
<br />homens! Destrói aldeias como se fossem de papelão... os mais
<br />valentes guerreiros perdem a coragem diante dele. Tudo
<br />começou na tribo dos Vambesis, Fantasma!
<br />
<br />Q18. Pretinho entra numa aldeia por um lado e sai pelo
<br />outro. Destrói portões e cercas em sua passagem. O povo foge
<br />apavorado.
<br />
<br />N: Mas, naquele momento, Pretinho está bem longe dali, pois
<br />encontrou outra aldeia e... nada resiste à fúria destruidora
<br />do já lendário gorila...
<br />
<br />Guerreiro - O gorila!
<br />
<br />Q19. Um homem tocando tambor feito num tronco.
<br />
<br />N: Como as mensagens na selva de Bangala são transmitidas
<br />através do rufar dos tambores, estes soam por toda ela...
<br />
<br />* TUM! TUM! TUM! TUM!
<br />
<br />(*) Fantasma, socorro! o Velho Careca atacou-nos!
<br />
<br />@ Nota: Nas histórias do Fantasma, o significado das batidas
<br />dos tambores são palavras colocadas soltas no quadrinho.
<br />
<br />Q20. Dois guerreiros de uma outra tribo tocam tambores.
<br />
<br />N: A mensagem, transmitida pelos tambores, vai de aldeia em
<br />aldeia, até chegar à Floresta Negra, onde vive o Fantasma...
<br />
<br />Q21. Fantasma, montado, conversa com Guran.
<br />
<br />N: Fantasma conversava com Guran e escuta a mensagem...
<br />
<br />Fantasma - Vou até a aldeia dos Vambesis!
<br />
<br />Guran - Tenha cuidado com o gorila, Fantasma!
<br />
<br />Q22. Fantasma vê algumas reses soltas na selva.
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Gado dos Vambesis solto na selva...
<br />aqui não durará muito!
<br />
<br />Q23. Fantasma vê Tola amarrado na árvore.
<br />
<br />N: Pouco depois Fantasma está diante da paliçada dos
<br />apavorados Vambesis e vê Tola amarrado a uma árvore...
<br />
<br />Alguns guerreiros Vambesis - Fantasma! Fantasma!
<br />
<br />Fantasma - Por que este homem está amarrado aqui fora?
<br />
<br />Rei - O gorila veio procurá-lo e quase nos destruiu! É uma
<br />história triste! Entre, Fantasma, antes que ele volte!
<br />
<br />Fantasma - Primeiro mande soltar esse homem!
<br />
<br />N: O Fantasma vê a destruição na aldeia...
<br />
<br />Rei - E o pior é que nosso gado fugiu para a selva! Tudo
<br />obra do gorila! Não tivemos coragem de ir procurar o gado,
<br />com medo dele!
<br />
<br />Fantasma - E o que tem a ver este homem com tudo isso?
<br />
<br />Rei - Bem, foi por causa dele que o "Velho Careca" nos
<br />atacou. Nós mentimos quando lhe dissemos que o seu filhote
<br />de gorila havia morrido. Tola o provocou com um archote e a
<br />jaula acabou pegando fogo. O filhote fugiu. O "Velho Careca"
<br />é ele... queimado e adulto!
<br />
<br />Fantasma (Vendo a imagem do gorila na cabeça) - Pretinho...
<br />vivo? (Falando para Tola) - Os gorilas são, por natureza,
<br />animais mansos. Se ele se tornou destruidor, foi porque você
<br />assim o fez!
<br />
<br />Tola (Cabisbaixo) - Bem... eu...
<br />
<br />Rei - Vai enfrentar sozinho aquele monstro? Leve uns cem
<br />guerreiros com você, Fantasma!
<br />
<br />Fantasma - Não! Prefiro ir sozinho, Rei dos Vambesis!
<br />
<br />Q24. Pretinho luta com um gorila e outros observam a briga.
<br />
<br />N: Nas profundezas da selva, o "Velho Careca" se encontra
<br />com o gorila que antes o vencera. E as duas gigantescas
<br />criaturas se empenham numa luta de morte...
<br />
<br />Q25. Fantasma já montado está indo embora da aldeia dos
<br />Vambesis.
<br />
<br />N: E, voltando à aldeia...
<br />
<br />Rei - Amarramos o Tola aí fora na esperança de que o gorila
<br />o levasse e nos deixasse em paz!
<br />
<br />Fantasma - Mas chega. Ele já foi castigado!
<br />
<br />Rei - Já que você não quer levar nossos guerreiros, eu, o
<br />rei, irei com você, Fantasma!
<br />
<br />Fantasma - Não! Eu me encarrego dele!
<br />
<br />Q26. Fantasma cavalgando, tendo Capeto ao lado.
<br />
<br />N: O Fantasma procura o terror da selva...
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Chamam-no de "careca" porque ficou com
<br />a cabeça chamuscada!
<br />
<br />Q27. Fantasma galopa pela selva procurando Pretinho.
<br />
<br />Q28. Os dois gorilas ainda lutam.
<br />
<br />N: Enquanto isso, o "Velho Careca" trava uma luta de morte
<br />com outro furioso gorila...
<br />
<br />Q29. Pretinho batendo no peito e seu adversário caído.
<br />
<br />N: O "Velho Careca" sai vitorioso, completando assim a sua
<br />vingança e a selva estremece com seus gritos...
<br />
<br />* GRRRRRR!
<br />
<br />Q30. Fantasma cavalgando numa trilha entre as árvores.
<br />
<br />N: Longe dali, Fantasma ouve o grito de vitória...
<br />
<br />Q31. Os gorilas olhando Pretinho que se afasta.
<br />
<br />N: Embora vitorioso, os outros o temem porque ele está
<br />impregnado do cheiro do homem. O "Velho Careca" não quer
<br />nada com eles. É um gorila solitário, que odeia tanto seus
<br />semelhantes quanto os homens...
<br />
<br />Q32. Fantasma galopando pela selva.
<br />
<br />Fantasma - Devemos estar perto, amigos!
<br />
<br />Q33. Pretinho passando por outros animais.
<br />
<br />N: Abandonando os de sua raça, Pretinho avança furiosamente
<br />através da selva...
<br />
<br />Q34. Fantasma continua cavalgando à procura de Pretinho.
<br />
<br />N: Fantasma, de repente, ouve um grunhido ensurdecedor...
<br />
<br />* GRRRRRR!
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Nada na selva faria um barulho desses,
<br />a não ser, talvez, uma manada de elefantes em disparada!
<br />Deve ser o gorila!
<br />
<br />Q35. O gado observado pelos leões.
<br />
<br />N: Enquanto isso, ali perto, o gado dos Vambesis caminha sem
<br />rumo pela selva e, naturalmente, atrai as feras
<br />esfomeadas...
<br />
<br />Q36. Um leão ataca uma vaca. Fantasma está chegando ao
<br />local.
<br />
<br />N: Esta é a cena que se depara Fantasma quando chega à
<br />clareira...
<br />
<br />Q37. Um leão morto, Fantasma lutando com uma leoa e um outro
<br />leão mantido fora da luta por Capeto e Herói. Ao fundo vê-se
<br />Pretinho.
<br />
<br />N: Ele dispara e acerta o leão mas uma leoa o ataca por trás
<br />e o derruba do cavalo. Fantasma se bate furiosamente para
<br />evitar as afiadas garras e presas do felino, enquanto Capeto
<br />e Herói mantém um terceiro leão à distância. É justamente
<br />neste momento que o "Velho Careca" chega ao local...
<br />
<br />Q38. Pretinho, agora mais perto, observa a luta.
<br />
<br />N: Fantasma enfrenta corajosamente a fera, usando toda sua
<br />poderosa força. E todos estão por demais ocupados para notar
<br />aquele espectador curioso...
<br />
<br />Fantasma - Não agüento mais. Tenho de acabar logo com isso!
<br />
<br />Q39. Fantasma sobre a leoa, tentando estrangulá-la.
<br />
<br />N: Não podendo puxar a arma, Fantasma tem que se valer
<br />apenas de seus músculos...
<br />
<br />Q40. Fantasma caído com a arma na mão, a leoa e os dois
<br />leões mortos.
<br />
<br />N: E, por fim, num esforço supremo, consegue abater a leoa
<br />com uma chave de braço, quebrando o pescoço da fera.
<br />Exausto, cai de joelhos, enquanto o terceiro leão avança
<br />para Capeto e Herói. Resta-lhe apenas força para sacar a
<br />arma e disparar, abatendo o leão...
<br />
<br />Fantasma - Ele era muito grande para vocês, Capeto!
<br />Esperemos que tenha sido o último, não tenho mais forças...
<br />
<br />Q41. Pretinho é visto por Capeto e Herói. Fantasma está
<br />desmaiado.
<br />
<br />N: Um ruído entre os arbustos faz com que Herói e Capeto se
<br />voltem. É o "Velho Careca", o terror da selva, que chega!
<br />
<br />
<br />Q42.
<br />
<br />N: Estranha cena na selva: três leões mortos, um homem
<br />desfalecido, um lobo e um cavalo em atitude defensiva... e o
<br />terror da selva, o grande gorila...
<br />
<br />Q43. Pretinho observando Fantasma, seus amigos e os leões
<br />mortos.
<br />
<br />N: Um tanto confuso, a princípio pelo cheiro do leão,
<br />Pretinho fica parado...
<br />
<br />Q44. Pretinho vê imagens da época em que viveu ao lado do
<br />Fantasma.
<br />
<br />N: Há algo familiar naqueles dois animais, pois quase todo
<br />mundo foge dele. ao ver o homem caído no chão e a vaca que
<br />pasta ali perto, o gorila recorda-se da sua infância. Este
<br />foi o único ser que o tratou com bondade, com o qual tantas
<br />vezes sonhou e esses animais também participaram daquela
<br />única fase feliz da sua existência...
<br />
<br />Q45. Pretinho está junto ao Fantasma e seus amigos.
<br />
<br />N: O inteligente Capeto logo percebe que não há mais perigo.
<br />Talvez se recorde do filhote de gorila agora adulto. Tudo
<br />está calmo. Os velhos amigos se reconheceram e aguardam que
<br />seu dono acorde...
<br />
<br />Q46. Pretinho toca no Fantasma.
<br />
<br />N: Quando o "Velho Careca" toca no inconsciente Fantasma,
<br />Capeto fica alerta, mas logo tranqüiliza-se. É um toque
<br />suave, como que perguntando, "ele está vivo?"...
<br />
<br />Q47. Fantasma recobra os sentidos. Pretinho e seus amigos o
<br />velam.
<br />
<br />N: Naquele exato momento, o Fantasma volta a si...
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Oh!... Que aconteceu?... Ah, sim... os
<br />leões!
<br />
<br />Q48. Fantasma sentado no chão, com a pistola na mão, cercado
<br />por Pretinho, Capeto e Herói.
<br />
<br />N: Ele se vê diante de um gorila! Não é uma visão nada
<br />agradável para quem acaba de acordar. Sem demora, aponta sua
<br />arma, mas, nota que os animais permanecem quietos a
<br />observá-lo, confiantes...
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Humm!... Ele é careca!...
<br />
<br />Q49. Fantasma guarda a arma e sorri para Pretinho. Pretinho
<br />se vê bebê nos braços do Fantasma.
<br />
<br />N: Dizem os cientistas que os animais não se esquecem de
<br />nada. Pretinho, era esse seu nome. Agora tudo lhe volta à
<br />lembrança...
<br />
<br />Fantasma - Pretinho! É você, amigo? Você se lembrou de nós!
<br />
<br />Q50. Pretinho vê cenas de sua infância no colo do Fantasma.
<br />
<br />N: Se gorila pudesse chorar de alegria, ele choraria! Tem de
<br />demonstrar sua felicidade da única maneira que conhece. Vai
<br />até uma árvore e arranca uma frutinha e a entrega ao
<br />Fantasma...
<br />
<br />Fantasma - Uma frutinha? Obrigado, Pretinho... mas não estou
<br />com fome!
<br />
<br />Q51. Fantasma encostado numa árvore, Capeto ao seu lado
<br />deitado, Herói bebendo água no rio e Pretinho sentado em
<br />frente ao Fantasma.
<br />
<br />N: Durante vários dias, Fantasma repousa junto a um regato,
<br />enquanto recupera as forças e os ferimentos saram...
<br />
<br />Fantasma - Que farei com você, amigo?
<br />
<br />
<br />Q52. Fantasma dorme, Pretinho vela seu sono. vê-se um leão
<br />na outra margem do regato.
<br />
<br />N: Uma ou outra fera, de vez em quando, se aproxima deles,
<br />mas basta a presença do gorila para tirar-lhes a esperança
<br />de um lauto jantar...
<br />
<br />Fantasma - Muito bem, rapaz! Mas, que será de você? Você não
<br />se dá bem com os da sua raça e não posso deixá-lo aqui para
<br />ameaçar as tribos da selva!
<br />
<br />Q53. Fantasma e Capeto brincam com Pretinho.
<br />
<br />N: O "Velho Careca" ou Pretinho, está feliz. Pela primeira
<br />vez na vida adulta, não está sozinho... tem companhia!
<br />
<br />Q54. Fantasma adestra Pretinho.
<br />
<br />N: Inicia-se um período de treinamento...
<br />
<br />Fantasma - Chegue aqui...
<br />
<br />N: Após várias tentativas...
<br />
<br />Fantasma - Chegue aqui... Muito bem! Você entendeu!
<br />
<br />Q55. Fantasma cavalga tendo Capeto e Pretinho a
<br />acompanhá-lo.
<br />
<br />N: Quando se preparam para partir, o gorila olha apreensivo.
<br />Irá ficar sozinho outra vez? Não! Querem que os acompanhem e
<br />ele vai feliz da vida... Depois de ensinar o gorila a
<br />segurar uma corda, o Fantasma se interna na selva, evitando
<br />as trilhas mais usadas...
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Ele gosta de segurar a corda. Espero
<br />que ninguém nos veja!
<br />
<br />Q56. A comitiva continua sua caminhada pela selva e é vista
<br />por alguns caçadores Vambesis escondidos entre as folhagens.
<br />
<br />N: Mas, na selva, há sempre olhos observando...
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Não quero encontrar-me com caçadores.
<br />Pretinho nutre tanto ódio por eles que não sei se
<br />conseguiria controlar-se!
<br />
<br />Q57. Fantasma vê os guerreiros Vambesis. Pretinho também os
<br />vê.
<br />
<br />N: Ao ver os guerreiros Vambesis, o gorila se volta
<br />encolerizado, mas, ao ouvir o chamado afetuoso do Fantasma,
<br />controla-se e o obedece ...
<br />
<br />Fantasma (Pensando) - Se ele não obedecer, terei de matá-lo!
<br />(Falando para Pretinho) - Pretinho! Venha! (Gritando para os
<br />caçadores) - Vambesis! Não precisam mais temer o "Velho
<br />Careca", porque nunca mais o verão! Podem ir buscar seu gado
<br />quando quiser!
<br />
<br />Q58. A comitiva continua sua caminhada.
<br />
<br />N: Essa estranha procissão que se tornará lendária na selva,
<br />acabaria no Vale do Éden, na ilha de mesmo nome, onde
<br />animais de diversas espécies vivem em harmonia e são
<br />protegidos pelos pigmeus Bandar!
<br />
<br />Q59. Guerreiros Vambesis conversam com outros de tribos
<br />amigas.
<br />
<br />N: Depois disso...
<br />
<br />Vambesi - É verdade, vimos o Fantasma com o "Velho Careca"!
<br />Ele o acompanhava segurando uma corda!
<br />
<br />Longo - O Fantasma é um feiticeiro. Conseguiu domesticar o
<br />monstro!
<br />
<br />Mori - Mas, para onde o estará levando?
<br />
<br />
<br /> FIMLUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-29570611716711212562009-10-10T22:13:00.002-03:002009-10-10T22:18:51.774-03:00Cavaleiro Negro, em... Ódio de pele-vermelha!* Ledora: Anair Campos<br /><br /> - - -<br /><br />Notas sobre o Cavaleiro Negro (O homem misterioso do oeste):<br /><br />Cavaleiro Negro (Black Rider), foi criado por John Severin<br />com arte de Syd Shores para a Marvel Comics e foi publicado<br />em 1948 (EUA),na revista All-Western Winners n°2. No Brasil<br />também, entre tantos outros "cowboys", foi sucesso de venda,<br />isto nas décadas de 40 e 50. Após estrear nas páginas do<br />"Gibi Mensal" em 1949, Cavaleiro Negro, o mais popular herói<br />de WESTERN em quadrinhos por aqui, viveu suas aventuras nos<br /> traços de alguns desenhistas brasileiros de renome, como<br />Gutemberg Monteiro, Edmundo Rodrigues e Flávio Collin...<br />A revista "Gibi Mensal" se especializou em faroeste até o<br />seu final, nos anos 60. Já em 1951 era comum ver<br />revistas de faroeste produzidas aqui e com títulos próprios,<br />como Cavaleiro Negro, DON CHICOTE e FLECHA LIGEIRA. Nesta<br />época, as revistas da "EBAL" passam, sem exceção, a publicar<br />séries da tevê, como, WYATT EARP, BAT MASTERSON, Bonanza,<br />Gunsmoke, Maverick, Rintintin, etc. Quase todos os heróis do<br />faroeste conquistaram revistas próprias, como Rocky Lane,<br />Zorro, Bufallo Bill, Bronco Piller, Texas Kid, Cavaleiro<br />Fantasma e dezenas de outros.<br /><br />A história transcrita aqui foi publicada na Revista<br />Cavaleiro Negro Nº. 1, de setembro de 1951, reeditada pela<br />Rio Gráfica Editora Ltda., na coleção "Gibi de Ouro", em<br />1985 .<br /><br /> - - -<br /><br /><br />Q1. Cavaleiro Negro está sendo perseguido por alguns índios<br />e troca tiros com estes.<br /><br />N: O Cavaleiro Negro encaminha-se para uma armadilha da qual<br />não há escapatória...<br /><br />Q2. Cavaleiro Negro está em pé e conversa com Satã, seu<br />cavalo.<br /><br />N: Cavaleiro Negro treina com Satã uma tática de defesa para<br />escapar de flechas e balas...<br /><br />Cavaleiro Negro - Experimentemos outra vez, Satã! Você vem<br />correndo em pleno galope na minha direção! Em vez de montar<br />em você, penduro-me no seu pescoço, de modo a ficar de<br />frente para quem me perseguir!<br /><br />Q3. Satã está a alguma distância do Cavaleiro Negro e<br />aguarda sua ordem.<br /><br />N: No meio da planície, um castor olha com admiração para a<br />curiosa cena. Quero ver como vai ser isso, deve estar<br />pensando o animalzinho!<br /><br />Cavaleiro Negro - Agora, Satã! Venha correndo! Depressa!<br /><br />Q4. Satã galopa em direção ao Cavaleiro Negro e este<br />consegue seu intento.<br /><br />N: O castor pisca os olhos... fecha-os... e quando os<br />abre... cavaleiro Negro está pendurado, de lado, no pescoço<br />do seu belo corcel...<br /><br />Cavaleiro Negro - Muito bem, Satã! Isso me valerá muito um<br />dia!<br /><br />Q5. Cavaleiro Negro apeia do cavalo.<br /><br />N: Tendo em vista o salto malabarista, o castor meneia a<br />cabeça e afunda em sua toca...<br /><br />Cavaleiro Negro - Você merece água fresca, Satã! Vamos<br />procurar um córrego!<br /><br />Q6. Cavaleiro Negro e Satã bebem água num regato. De<br />repente, uma flecha passa por eles e vai cravar-se numa<br />árvore.<br /><br />N: Minutos depois, cavalo e cavaleiro matam a sede... de<br />repente...<br /><br />Cavaleiro Negro - Recua, Satã!<br /><br />Q7. Cavaleiro Negro em pé ao lado de Satã. Um índio vem<br />chegando e o saúda.<br /><br />Índio - Venho em paz, homem branco!<br /><br />Cavaleiro Negro - Oh, eu devia ter visto logo que essa<br />flecha tão certeira só podia ter sido atirada por você,<br />Pantera Azul!<br /><br />Q8. Cavaleiro Negro e Pantera Azul conversam.<br /><br />N: Os velhos amigos lembram-se de gratos dias do passado...<br />então, subindo num rochedo, Pantera Azul olha, com tristeza,<br />para a planície...<br /><br />Pantera Azul - Essas terras eram dos meus antepassados! Os<br />seus irmãos brancos são insaciáveis, Cavaleiro Negro!<br /><br />Cavaleiro Negro - Creio que sim, Pantera Azul! Quanto a mim,<br />meu desejo é ver paz entre o seu povo e o meu!<br /><br />Pantera Azul - É esse o meu desejo também, Cavaleiro Negro!<br />Foi um prazer tornar a vê-lo! Vou caçar!<br /><br />Cavaleiro Negro - Felicidade, Pantera Azul... a hi ri hana!<br /><br />Q9. Doutor Robledo cavalga pela rua principal da cidade e é<br />interpelado por um velho comerciante, Noel, ao passar em<br />frente à loja deste.<br /><br />N: Pouco depois, já transformado no Doutor Heron Robledo, o<br />Cavaleiro Negro entra na cidade...<br /><br />Noel - Por onde andou, Doutor? Como sempre, ninguém o viu<br />quando, há pouco, houve uma grande briga !<br /><br />Robledo - Oh, essa cidade parece que gosta de agitação!<br />Que houve desta vez?<br /><br />Noel - Entre outras coisas, chegou um homem importante,<br />empreiteiro de estrada de ferro, e todos estão procurando<br />ser amáveis com ele! O homem parece um rei!<br /><br />Robledo - Tanto rapapé, em torno de um empreiteiro de estrada<br />de ferro! Nas grandes cidades, ninguém lhes dá atenção!<br /><br />Noel - Pois aqui, até a Maria Latrop e seu pai foram<br />recebê-lo! Humm, a coisa agora lhe interessa um pouco mais,<br />hein?<br /><br />Robledo - Maria? Bem, é uma curiosidade natural, Noel.<br />Ela não está habituada a ver gente de cartola!<br /><br />Noel - Olhe lá, Doutor Robledo! Noto mais que curiosidade<br />nos olhos da Maria!<br /><br />Robledo - Você está vendo demais, Noel! Não imagine coisas!<br />Eles apenas estão atravessando a rua!<br /><br />Q10. Maria e o empreiteiro. Ao fundo estão Doutor Robledo e o<br />velho Noel. O empreiteiro coloca sua capa sobre uma poça.<br /><br />Valdez - Não permitirei que suje seu lindo vestido nesta<br />lama, Senhorita Maria! Pode atravessar agora!<br /><br />Maria - Oh, não, Senhor Valdez! Não estrague sua linda capa!<br />(Pensando) - O Doutor Robledo nos está observando! É bom que<br />aprenda a ser gentil!<br /><br />Q11. Doutor Robledo carrega Maria nos braços e passa sobre a<br />capa de Valdez.<br /><br />N: Mas, quando Maria vai pisar na capa...<br /><br />Robledo (Carregando Maria) - Com licença, assim é mais fácil!<br /><br />Valdez - Atrevido! Tire as patas da minha capa! Vai pagar<br />por esse desaforo agora mesmo!<br /><br />Maria (Pensando) - Vamos ver se o Robledo resolve lutar por<br />mim, desta vez!<br /><br />Q12. Robledo, após colocar Maria no chão, apanha a capa de<br />Valdez.<br /><br />N: Mas, Maria tem outra decepção...<br /><br />Robledo - Não se zangue por tão pouco, Senhor! Mandarei<br />limpar a sua capa!<br /><br />Valdez - Mande-a então ao meu hotel hoje mesmo!<br /><br />Q13. Robledo e Maria conversam.<br /><br />Robledo - Há homens que se irritam por tão pouco, não é,<br />Maria? Ainda bem que sei lidar com essa gente!<br /><br />Maria - Oh, Doutor Robledo, nunca me senti tão humilhada em<br />minha vida!<br /><br />Robledo - Vamos, Maria, não me trate assim! Que tal um<br />passeio em Rio Verde, hoje à noite?<br /><br />Maria - Oh, você não tem remédio! Por que não procura imitar<br />os modos do Senhor Valdez? E a coragem dele?<br /><br />Robledo - Estou satisfeito comigo mesmo! E o passeio?<br /><br />Maria - Não! O Senhor Valdez virá visitar-me esta noite! Ele<br />é um verdadeiro cavalheiro!<br /><br />Q14. Robledo volta a conversar com o velho Noel.<br /><br />Noel - Maria tem razão, Doutor. O Senhor não é um tipo que<br />agrade às moças! Não basta bons sentimentos e delicadeza!<br />Querem bravura e valentia!<br /><br />Robledo - Reconheço isso, Noel. Mas é tarde para me<br />corrigir!<br /><br />Q16. Robledo conversa com o xerife Ben.<br /><br />N: No dia seguinte, no gabinete do xerife...<br /><br />Robledo - Está então preocupado com esse Valdez?<br /><br />Xerife - Ele anda tentando comprar grandes fazendas por<br />preços irrisórios... o seu objetivo é garantir terras para a<br />passagem da estrada de ferro por aqui.<br /><br />Robledo - A quais fazendeiros ele já fez propostas, Ben?<br /><br />Xerife - Que eu saiba, ao Dino Morgan, Ruy Smith e Lino<br />Grossi! Quando eles recusaram o baixo preço que oferecia,<br />respondeu-lhes que conseguiria as terras por outros métodos!<br /><br />Robledo - Esses nomes não me são totalmente desconhecidos!<br />Ben, tenho que ir, os clientes me esperam!<br /><br />Xerife - Mais tarde me informaram que ele esteve<br />confabulando com dois bandidos chamados Lucas Morcego e miro<br />Larkin!<br /><br />Q17. o Cavaleiro Negro e Satã.<br /><br />N: Num lugar ermo da cidade, opera-se uma rápida<br />transformação no Doutor Robledo e no cavalo Molenga...<br /><br />Cavaleiro Negro - Retese esses músculos! Vamos entrar em<br />ação!<br /><br />Q18. Cavaleiro Negro cavalga pela planície.<br /><br />N: Segundos depois, na planície...<br /><br />Cavaleiro Negro - Temos muitos quilometros a vencer, Satã!<br />Estou com o pressentimento de que o Senhor Valdez é desses<br />que não aceitam respostas negativas!<br /><br />Q19. Dois homens conversam entre si, enquanto observam um<br />índio que assa uma ave numa pequena fogueira.<br /><br />N: Enquanto isto, a muita distância dali, num bosque...<br /><br />Miro - Que esperamos, Lucas? Podemos liquidar o índio daqui<br />mesmo!<br /><br />Lucas - Não, poderíamos errar a pontaria e isso é arriscado!<br />Ele faz parte de um grupo que está caçando! Vamos chegar<br />mais perto!<br /><br />Q20. Os dois, montados em seus cavalos, chegam perto do<br />índio.<br /><br />Índio - Alô, irmãos! Querem comer comigo?<br /><br />Lucas - Acabamos de comer, mas aceitamos um naco de carne!<br /><br />Q21. Um dos homens com o revólver na mão e o índio caído no<br />chão.<br /><br />N: Quando o índio vira-se para pegar um pedaço da carne, os<br />bandidos o matam...<br /><br />Miro - Bom apetite, índio!<br /><br />* BANG! BANG!<br /><br />Q22. Os bandidos, sobre um rochedo, observam um grupo de<br />índios que estão acampados à margem de um rio.<br /><br />N: Uma hora depois, numa rocha...<br /><br />Miro - Como vamos liquidá-los?<br /><br />Lucas - É fácil, Miro! Eles estão agrupados como pombas...<br />assustaremos os cavalos com o primeiro tiro e continuaremos<br />atirando, até vermos todos os índios tombados!<br /><br />Q23. Alguns índios estão caídos, um correndo e os dois<br />bandidos com os rifles nas mãos, atrás das pedras, atirando.<br /><br />N: O ataque impiedoso é levado a efeito...<br /><br />* BANG! BANG! BANG! BANG! BANG!<br /><br />Lucas - Atire naquele que vai fugindo, Miro!<br /><br />* BANG!<br /><br />Miro - O Valdez vai ficar satisfeito!<br /><br />Q24. Os bandidos estão diante dos índios mortos.<br /><br />N: E os bandidos descem para ver a carnificina que<br />promoveram...<br /><br />Miro - Voltemos para a cidade! Imagine você a raiva dos<br />outros peles-vermelha ao verem essa gente toda liquidada!<br /><br />Luca - Eles vão declara guerra aos fazendeiros... e será o<br />momento do Valdez lhes comprar as terras pelo preço que<br />quiser!<br /><br />Q25. Cavaleiro Negro encontra seu amigo, Pantera Azul, morto.<br /><br />N: Uma hora depois dois olhos se enchem de lágrimas sobre o<br />corpo de um amigo...<br /><br />Cavaleiro Negro - Foi morto à traição! Monstros! Recebeu-os<br />como amigos, como fazia com todos os homens brancos!<br /><br />N: Estudando os vestígios no local, Cavaleiro Negro<br />reconstitui o ataque...<br /><br />Cavaleiro Negro - Dois homens... dois cavalos! Os cavalos se<br />assustaram quando os bandidos atiraram, e um deles deixou<br />cair esta arma...<br /><br />Q26. Cavaleiro Negro montado e o corpo do índio coberto com<br />pedras.<br /><br />N: Após cobrir o corpo do amigo com pedras, Cavaleiro Negro<br />monta e sai do local, olhando para o túmulo que deu para o<br />amigo...<br /><br />Cavaleiro Negro - Adeus, Pantera Azul! Haverá muita luta,<br />mas não por sua culpa! Você será vingado!<br /><br />Q27. Cavaleiro Negro, montado, diante de uma casa e um<br />homem.<br /><br />N: É quase noite quando o Cavaleiro Negro chega a uma<br />fazenda...<br /><br />- Alô, Cavaleiro Negro! Você chegou em boa hora! Dino Morgan<br />e Ruy Smith estão aqui!<br /><br />Cavaleiro Negro - Más notícias, amigo! Os índios não tardam<br />a declarar guerra aos homens brancos! Antes do nascer do sol<br />teremos luta!<br /><br />Q28. Cavaleiro Negro conversa com três homens, dentro da<br />casa.<br /><br />- São os meus vizinhos, Dino Morgan e Ruy Smith! Valdez vem<br />tentando nos forçar a vender nossas terras por um baixo<br />preço! Mas não conseguiu!<br /><br />Cavaleiro Negro - O pior é que um homem como o Valdez, não<br />olha a meios para conseguir o que deseja! Liquidaram Pantera<br />Azul, filho do chefe dos índios, e acho que isso já faz<br />parte de algum sórdido plano!<br /><br />Q29. Alguns índios com pinturas de guerra, acampados.<br /><br />N: Enquanto isto, num acampamento próximo, soam os tambores<br />de guerra...<br /><br />* BUM! BUM BUM! BUM! BUM BUM! BUM!<br /><br />Chefe - Deram cabo de seis e o sétimo era o meu filho!<br />Nossos irmãos serão vingados! Os homens brancos pagaram o<br />mal que nos fizeram! Roubaram nossas terras e agora nos<br />matam!<br /><br />Q30. Um menino sobre uma cerca e ao fundo uma nuvem de<br />poeira.<br /><br />N: Rompe a madrugada na fazenda dos Latrops...<br /><br />Menino (Pensando) - Aquela nuvem de poeira são os índios que<br />vêm para cá... vou avisar papai!<br /><br />Q31. Índios, montados em seus cavalos, atacando a fazenda e<br />alguns homens, dentro de casa, agachados sob as janelas,<br />atirando nos índios.<br /><br />N: Bob dá o alarma e em pouco todos na fazenda se<br />entrincheiram para resistir ao furioso ataque dos<br />peles-vermelha. Os fuzis despejam fogo incessantemente, em<br />resposta às perigosas flechas dos índios...<br /><br />* BANG! ZINCH! BANG! BAM! ZIP! ZIP! BAM! BANG! ZIP! ZIP!<br />BANG!<br /><br />Senhor Latrop - Mais munição, Maria!<br /><br />Maria - É a última caixa! Precisamos de socorro!<br /><br />Q32. Um índio, com o arco armado, está diante de uma janela.<br /><br />N: Sem ser visto, um índio chega até uma janela<br />desguarnecida...<br /><br />Maria - Cuidado, Bob!<br /><br />* ZIP!<br /><br />Bob - Aiiii!<br /><br />Q33. Bob é atingido por uma flecha e o pai deste acerta o<br />índio.<br /><br />N: A pontaria certeira põe o índio fora de combate...<br /><br />Maria - Bob está ferido!<br /><br />Senhor Latrop - Bob! Bob! Desmaiou! É preciso que alguém vá<br />chamar o Doutor Robledo ou ele não escapará!<br /><br />Um vaqueiro - Os índios começam a recuar! Creio que posso ir<br />chamar o médico!<br /><br />Q34. Um homem montado, entrando numa fazenda.<br /><br />N: Duas horas depois, um cavaleiro exausto chega à fazenda<br />em que se acha o Cavaleiro Negro...<br /><br />Cavaleiro Negro - Esta flecha diz tudo! Onde é o ataque?<br /><br />Vaqueiro - Na fazenda do Latrop! Muitos índios! Bob foi<br />gravemente ferido!<br /><br />Q35. Cavaleiro Negro cavalgando.<br /><br />N: Como um tufão, o Cavaleiro Negro se põe a caminho...<br /><br />Cavaleiro Negro - Corra como você nunca correu, Satã! Bob<br />precisa de nós!<br /><br />Q36. Cavaleiro Negro é perseguido por alguns índios.<br /><br />N: Pouco depois, um grupo de índios ataca o Cavaleiro<br />Negro...<br /><br />Cavaleiro Negro - Coragem, Satã! Vamos tentar chegar ao<br />Passo Estreito antes que eles nos deixem sem saída!<br /><br />Q37. Cavaleiro Negro, montado ao lado do cavalo, com as<br />armas nas mãos, passa entre os índios.<br /><br />N: Disparando as armas infalíveis por entre os atacantes,<br />Cavaleiro Negro consegue transpor a barreira que lhe tentam<br />fazer...<br /><br />Cavaleiro Negro - Lembra-se daquilo que lhe ensinei, Satã?<br />Pois é o recurso que vamos pôr agora em prática para nos<br />defendermos dos nossos inimigos! Assim, Satã!<br /><br />* BANG! BANG! BANG! BANG!<br /><br />Q38. Cavaleiro Negro volta a montar de maneira normal e<br />vê-se alguns índios.<br /><br />N: Outro bando de índios surge a frente do Cavaleiro<br />Negro...<br /><br />Cavaleiro Negro - Estamos encurralados, Satã! Não temos para<br />onde sair! Bem... vou soltar as rédeas... o resto é com<br />você!<br /><br />Q39. Cavaleiro Negro e Satã. Ao fundo alguns índios.<br /><br />N: De rédeas soltas, Satã tem agora de cuidar do seu próprio<br />equilíbrio e do seu dono. Diante deles vê-se um precipício...<br /><br />Cavaleiro Negro - Firme, Satã!<br /><br />Q40. Satã, com o Cavaleiro Negro montado, salta no ar.<br />Abaixo deste vê-se um precipício.<br /><br />N: Surpreendendo o próprio Cavaleiro Negro, o extraordinário<br />animal salta por sobre um profundo precipício...<br /><br />Q41. Cavaleiro Negro e Satã em primeiro plano. Ao fundo o<br />precipício. Atrás deles, do outro lado, os índios.<br /><br />N: Satã firma-se nas patas ao cair do outro lado e continua<br />sua corrida...<br /><br />Cavaleiro Negro - Bravo, Satã! Eu me orgulho de você!<br /><br />Q42. Doutor Robledo, Senhor Latrop e sua filha, Maria, diante<br />da casa da fazenda.<br /><br />N: Uma hora depois, Cavaleiro Negro e Satã assumem suas<br />identidades secretas...<br /><br />Maria - Oh, Doutor, graças a Deus que o Senhor veio!<br /><br />Senhor Latrop - O ataque terminou... mas como conseguiu vir<br />até aqui?<br /><br />Robledo - Escondi-me no mato e os índios não me viram! Onde<br />está o Bob?<br /><br />Q43. Doutor Robledo está diante de Bob que, com uma flecha<br />no peito, está deitado numa cama. Maria e seu pai estão do<br />outro lado desta.<br /><br />Robledo - Você ainda teve sorte, Bob! Se a flecha penetra um<br />pouco mais acima... como se sente?<br /><br />Bob - Bem... mas me livre logo dessa flecha! Está doendo<br />muito!<br /><br />N: Com uma crescente admiração pelo homem que ela sempre<br />desprezou, Maria observa as mãos hábeis do Doutor Robledo<br />trabalharem...<br /><br />Robledo - Vou dar alguns pontos, Bob!<br /><br />Maria (Pensando) - Oh, Robledo! Perdoa-me. Nunca mais lhe<br />voltarei as costas!<br /><br />Q44. Maria e Robledo diante da casa.<br /><br />N: Terminada a sua tarefa, Doutor Robledo se prepara para ir<br />embora...<br /><br />Maria - Não pode voltar agora para a cidade, Doutor. As<br />estradas estão cheias de índios furiosos!<br /><br />Robledo - Os índios olharão para mim e para o Molenga e nada<br />farão, além de rir! Verão logo que somos inofensivos!<br /><br />Q45. Cavaleiro Negro, galopando.<br /><br />N: De novo, rápida mudança de roupas e eis o Cavaleiro Negro<br />e Satã em ação...<br /><br />Cavaleiro Negro - Surpresa é o melhor ataque, dizem os<br />estrategistas! Vamos direto para o acampamento dos índios,<br />Satã!<br /><br />Q46. Cavaleiro Negro, montado, diante de alguns índios.<br /><br />N: Uma hora depois, a perplexidade domina mais de uma<br />centena de índios, diante da aparição do Cavaleiro Negro...<br /><br />Cavaleiro Negro - Irmãos, o Cavaleiro Negro aqui veio em<br />missão de paz!<br /><br />Q47. Cavaleiro Negro conversa com o chefe índio.<br /><br />Cavaleiro Negro - Vocês sabem que eu era amigo do Pantera<br />Azul! Jurei que ele seria vingado e apenas lhes peço que<br />cessem essa guerra desnecessária! Uns poucos homens brancos<br />desalmados enganaram vocês!<br /><br />Chefe - Queremos vingar os nossos que foram liquidados!<br /><br />Cavaleiro Negro - Dê ordem a seus guerreiros para que cessem<br />a luta! Confie em mim e juntos levaremos os culpados à<br />Justiça!<br /><br />Chefe - Chefe Mão Dourada concorda!<br /><br />Q48. os bandidos e o Valdez.<br /><br />N: Enquanto isso, na cidade,no quarto de um hotel...<br /><br />Miro - Os índios ficaram enfurecidos! O plano não podia ter<br />melhor resultado! Você terá agora terras baratas, Valdez!<br /><br />Valdez - O resto é fácil! Vocês souberam trabalhar e, serão<br />bem recompensados!<br /><br />Miro - Obrigado, Chefe!<br /><br />* TOC! TOC! TOC!<br /><br />Miro - Ei, quem será?<br /><br />Q49. Cavaleiro Negro entra no quarto.<br /><br />Cavaleiro Negro - A recompensa que os espera é bem diferente<br />de dinheiro! Está preso, Valdez!<br /><br />Valdez - O Cavaleiro Negro! Atirem logo!<br /><br />N: As duas armas do Cavaleiro Negro detonam em legítima<br />defesa e os capangas do Valdez são atingidos mortalmente...<br /><br />* BANG! BANG!<br /><br />Valdez (Sacando uma arma) - De mim você não escapa!<br /><br />Cavaleiro Negro - Há uma visita para você, Valdez!<br />Entre, Chefe!<br /><br />Q51. O chefe índio entra no quarto.<br /><br />N: O chefe atira a machadinha e abre a cabeça do Valdez que<br />tomba morto...<br /><br />Chefe - Vim vingar meus sete guerreiros!<br /><br />Valdez - Aaahhh! Arrff!<br /><br />Q52. Robledo, Noel e ao fundo, Maria.<br /><br />N: A paz volta a reinar na cidade. Alguns dias depois,<br />Doutor Robledo conversa com o velho Noel, quando a Maria<br />passa por eles...<br /><br />Maria - Quero pedir-lhe desculpas, Doutor! Não passava de um<br />patife o homem que julguei superior a você! E o passeio ao<br />rio? Vamos hoje?<br /><br />Robledo - Sim, Maria! Terei muito prazer!<br /><br />Q53. Robledo, já montado no Molenga, conversa com o Noel.<br /><br />Noel - Ouvi a conversa, Doutor! Quer um conselho deste<br />velho? Não se deixe amarrar por uma mulher! Nunca se sabe ao<br />certo o que elas querem! Pois não é que ela está caindo para<br />o seu lado?<br /><br />Robledo - Sim... enquanto não aparecer o Cavaleiro Negro!<br />Toca, Molenga!<br /><br /><br /> FIMLUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-52347696811346849692009-10-07T22:00:00.002-03:002009-10-07T22:03:37.611-03:00A Espada Era a Lei - Sinopse e Parte I
<br />* Ledora: Anair Campos
<br />
<br />
<br />Sinopse
<br />
<br />
<br />Um jovem garoto desajeitado, protegido e aprendiz do Mago Merlin, ouve dizer que aquele que conseguisse retirar uma espada mágica de uma pedra, seria declarado Rei da Inglaterra, e resolve aceitar o desafio, o que provoca risos dos outros interessados. Mas para surpresa de todos, o garoto obtêm êxito tornando-se o lendário Rei Arthur.
<br />
<br /> - - -
<br />
<br />NOTAS:
<br />
<br />1. A expressão "Xiii" nesta transcrição foi substituída por "Chii" porque o Dosvox fala a primeira como se fosse o número 13;
<br />
<br />2. Os quadros são numerados por capítulos, por isso sempre iniciam-se com "Q1".
<br />
<br />Boa leitura!
<br />
<br />Luís Campos (Blind Joker)
<br />
<br /> - - -
<br />
<br />
<br />Q1. Vê-se um castelo no alto de uma colina, uma árvore seca e alguns cavaleiros vestidos em armaduras e montados em seus belos cavalos chegando ao castelo. Vê-se também outras pessoas em trajes normais da época.
<br />
<br />N: Muitos anos atrás, quando a Inglaterra era jovem e os
<br />cavaleiros eram valentes e ousados, um bondoso rei havia falecido...
<br />Ninguém pudera decidir quem seria o herdeiro legal do trono!
<br />Parecia que o país seria sacudido pela guerra ou salvo somente por um milagre...
<br />
<br />Q2. Vê-se árvores, uma capela, pessoas à porta desta e ao lado uma enorme pedra tendo uma bigorna sobre ela, com uma espada fincada nesta bigorna.
<br />
<br />N: E esse milagre surgiu na cidade de Londres...
<br />Uma resplandecente espada cravada numa bigorna sobre uma grande pedra!
<br />Abaixo da empunhadura da espada, havia estas palavras inscritas em letras de ouro: "Aquele que tirar esta espada da pedra e da bigorna será, por direito, Rei da Inglaterra!"
<br />
<br />Q3. Um homenzarrão tenta arrancar a espada da bigorna, sendo observado por alguns guardas do castelo e transeuntes.
<br />
<br />N: Contudo, embora muitos tentassem com todas as suas forças, ninguém conseguiu sequer mover a espada!
<br />
<br />Q4. Vê-se folhas secas pelo chão, a pedra com a espada e o castelo ao fundo. Não há pessoas neste quadro.
<br />
<br />N: E assim, o milagre não aconteceu e a Inglaterra continuou
<br />sem rei! Com o tempo, a maravilhosa espada foi esquecida!
<br />
<br />Q5. Um homem num cavalo em disparada, olha para trás assustado, pois é perseguido por dois outros cavaleiros com as espadas na mão. Eles cavalgam numa estrada ladeada por árvores.
<br />
<br />N: Iniciou-se uma era negra, sem lei nem ordem! Os homens
<br />viviam uns temendo os outros... e os fortes exploravam os fracos...
<br />
<br />Q6. De uma cabana entre algumas árvores sai um homem idoso, de longa barba branca que caminha em direção a um poço.
<br />
<br />N: Exceto um homem, um mago chamado Merlin, que vivia nas profundezas da mais sombria floresta da Inglaterra...
<br />
<br />Q7. Merlin, com ar cansado, chega no poço e joga o balde lá dentro. Ao fundo vê-se sua cabana e alguns arbustos diante desta.
<br />
<br />Merlin - Arre! Idade das trevas, pois sim! Idade da inconveniência, isso sim!
<br />
<br />Q8. Merlin carrega o balde e vai caminhando em direção à cabana.
<br />
<br />Merlin - Sem encanamentos! Sem eletricidade! Sem coisa alguma!
<br />
<br />Q9. Quando Merlin está próximo à cabana, com o balde cheio de água na mão, embaraça uma das pernas na corda que prende o balde e quase leva uma queda. Derrama um pouco de água no chão, mas consegue manter-se
<br />em pé, após livrar-se da corda. Ao fundo vê-se algumas árvores.
<br />
<br />Merlin - Upa!
<br />
<br />Q10. Merlin está abrindo a porta da cabana.
<br />
<br />Merlin - Raios! Tudo não passa de uma grande confusão medieval!
<br />
<br />Q11. Merlin está dentro da cabana enchendo uma chaleira que está sobre um fogão de lenha. Acima deste vê-se uma chaminé de pedras. No centro da sala há uma mesa com três xícaras sobre esta e duas cadeiras. Pendurada na parede há uma casinha e próximo à mesa vê-se um poleiro e uma coruja sobre este. A um canto da sala vê-se uma outra mesa com alguns apetrechos de química e magia.
<br />
<br />Merlin - Hummm! Deixe ver! Onde estava eu? Ah, sim!
<br />Ele deverá estar aqui dentro de... hummm...meia hora!
<br />
<br />Arquimedes (Batendo as asas)- Quem? De quem está falando?!
<br />
<br />Merlin - Já lhe disse, Arquimedes, não sei seu nome! Só sei que alguém muito importante vai aparecer aqui para o chá! O destino o guiará até mim para que eu o oriente para o seu verdadeiro lugar no mundo!
<br />
<br />Arquimedes - Você diz que ele chegará dentro de meia hora?
<br />Tem certeza?
<br />
<br />Merlin - Claro! E ele virá por este telhado que nos cobre!
<br />
<br />Q12. Arquimedes voa do poleiro que está sobre a mesa para sua casinha pendurada na parede. Merlin está sentado à mesa.
<br />
<br />Arquimedes (Assustado) - P-pelo telhado?
<br />
<br />Merlin - Sim, Senhor!
<br />
<br />Q13. Merlin continua sentado e fuma um cachimbo. A coruja também continua na casinha.
<br />
<br />Arquimedes - Imagino que também saiba qual é a cara dele!
<br />
<br />Merlin - Decerto! Vou lhe mostrar, meu cético amiguinho!
<br />Ele será um menino, de uns onze ou doze anos de idade!
<br />
<br />Q14. Arquimedes volta ao poleiro que está sobre a mesa.
<br />Merlin, ainda sentado, diz algumas palavras mágicas e vê-se sobre sua cabeça a imagem de um homem com um arco na mão e um alforje de flechas ao ombro e um castelo ao fundo. A coruja, com cara de espanto, fica olhando a imagem que se formou.
<br />
<br />Merlin -Hoko Póko!
<br />Ponham o rapaz em foco!
<br />
<br />Q15. Vê-se a imagem do homem mais nítida e Merlin olha admirado.
<br />
<br />Merlin - Ora, esse... não! Não pode ser esse! Esse rapagão deve ter uns vinte anos!
<br />
<br />Q16. Na imagem formada sobre a cabeça de Merlin vê-se a figura de um rapaz magrelo.
<br />
<br />Merlin - Espere! Ali está ele! Oh-Oh!
<br />Um garoto magriço de doze anos!
<br />
<br />Q17. Vê-se na imagem o menino correndo aos pulos por uma estradinha.
<br />
<br />Arquimedes - E onde acha que ele se encontra neste momento?
<br />
<br />Merlin - Oh-Oh! É um verdadeiro gafanhoto! Veja como ele salta!
<br />
<br />Q18. Vê-se o homem com o arco na mão com um pé sobre uma pedra e atrás deste o menino saltitando. Ao fundo vê-se uma árvore quase seca.
<br />
<br />Merlin - Não estou fazendo suposições, Arquimedes! Sei onde ele está! A menos de um quilometro daqui, logo além da floresta!
<br />
<br />Q19. Vê-se o homem andando e o menino sobre a árvore.
<br />
<br />Kay - Quieto, Verruga!
<br />
<br />Verruga - E-estou quieto, Kay!
<br />
<br />Kay - Mesmo porque não pedi para você vir junto!
<br />Aha! Lá está! Que alvo!
<br />
<br />Q20. Vê-se um veado a alguma distância. Verruga está recostado ao tronco de uma árvore seca, sentado sobre um galho, com as pernas cruzadas. Vê-se Kay com o arco armado e apontando em direção ao animal.
<br />
<br />Kay - Hoje à noite teremos veado ao jantar!
<br />Atenção, agora!
<br />
<br />Q21. Vê-se Verruga caído sobre Kay e o galho quebrado no chão. Com o tombo do Verruga sobre si, Kay dispara a flecha sem direção.
<br />
<br />* CRRAC! TUMB! TÓIMM!
<br />
<br />Verruga - Opa!
<br />
<br />Kay - Seu trapalhão! Você me fez errar!
<br />
<br />Verruga - D-desculpe, Kay! Foi sem querer!
<br />
<br />Kay - Desculpe! Você vai ver uma coisa, quando eu o apanhar! Vou lhe torcer o pescoço, seu moleque!
<br />
<br />Verruga - Oh não, Kay!
<br />
<br />Q21. Verruga sai correndo e Kay corre atrás dele, mas tropeça numa pedra.
<br />
<br />Verruga - Vou buscar sua flecha! Tenho certeza que posso achá-la!
<br />
<br />Kay (Ao tropeçar) - Ugh!
<br />
<br />Q22. Verruga entra na floresta e Kay fica parado olhando para ele.
<br />
<br />Verruga - Deve estar aqui pelo mato!
<br />
<br />Kay - Não me diga que você vai entrar aí! A floresta está cheia de lobos!
<br />
<br />Verruga (Olhando para trás) - N-não tenho medo!
<br />
<br />Kay - Pois bem, então vá! A pele é sua, não é minha!
<br />
<br />Q23. Vê-se Verruga dentro da floresta e um lobo atrás dele, sem que ele o perceba. Verruga está segurando, diante de si, um galho flexível de uma pequena árvore.
<br />
<br />Verruga - Acho que a flecha veio parar aqui! Não pode ter ido mais longe!
<br />
<br />Q24. Verruga passa por baixo do galho e o solta. O galho atinge o lobo e o joga contra uma árvore. Verruga não percebe o que aconteceu.
<br />
<br />* VUPT! SCRAMB!
<br />
<br />Lobo (Vendo estrelinhas) - Ugh!
<br />
<br />Verruga - Deve estar por aqui!
<br />
<br />Q25. Vê-se Verruga andando e o lobo atrás dele lambendo os beiços. Verruga continua sem percebê-lo.
<br />
<br />Lobo - Hummm!
<br />
<br />Verruga - A flecha tem que estar por aqui! Deve ter ficado presa em alguma árvore!
<br />
<br />Q26. Vê-se a flecha presa num galho que está sobre o telhado da cabana de Merlin.
<br />
<br />Verruga - Lá está ela! Eu sabia que ia encontrá-la! Eu sabia!
<br />
<br />Q27. Verruga sobe na árvore e o lobo, por centímetros, não morde sua perna. Ele nada percebe.
<br />
<br />Lobo - Nhac!
<br />
<br />Verruga - Talvez agora o Kay não fique tão zangado comigo!
<br />
<br />Q28. Verruga está sobre um galho da árvore tentando pegar a flecha que está em um outro galho.
<br />
<br />Verruga - Será que posso alcançá-la?
<br />
<br />Q29. O galho que Verruga está se quebra e ele cai sobre o telhado da cabana do Merlin.
<br />
<br />* CRAC!
<br />
<br />Verruga - E-epa! Aaaai!
<br />
<br />Q30. Verruga cai sobre o telhado da cabana e este se quebra com seu peso.
<br />
<br />* VAP!
<br />
<br />Verruga - Uuuui!
<br />
<br />Q31. Verruga cai sentado numa das cadeiras dentro da cabana, deixando um grande buraco no telhado e levantando uma nuvem de poeira.
<br />
<br />* PANC!
<br />
<br />Verruga (Suspirando) - UFA!
<br />
<br />Q32. Vê-se Merlin sentado à mesa, Arquimedes no poleiro sobre esta e Verruga já aprumado na outra cadeira.
<br />
<br />Merlin - Ora, ora! (COF) Afinal você apareceu mesmo para o chá! He, he!
<br />
<br />Verruga - A-apareci?
<br />
<br />Merlin - Mas está um pouco atrasado, sabe?
<br />
<br />Verruga - E-estou?
<br />
<br />Merlin (Levantando-se para pegar o chá) - Bem! Aham! Meu nome é Merlin! Como é o seu?
<br />
<br />Verruga - Oh, meu nome é Arthur, mas todos me chamam de Verruga!
<br />
<br />Merlin - Verruga? Humm!
<br />
<br />Verruga (Olhando para Arquimedes) - Puxa, que coruja bem empalhada!
<br />
<br />* FLAP FLAP
<br />
<br />Arquimedes (Batendo as asas) - Empalhada? Ora essa!
<br />
<br />Verruga - Ué! É viva e fala!
<br />
<br />Arquimedes (Com as asas abertas) - Sim! E por certo falo bem melhor que você!
<br />
<br />Q33. Arquimedes voa para sua casinha e Merlin serve o chá ao Verruga.
<br />
<br />* HUMPF!
<br />
<br />Merlin - Ora, vamos, Arquimedes! Quero que conheça o Verruga!
<br />
<br />Q34. Verruga se levanta e coloca uma xícara com chá na casinha do Arquimedes. Merlin está de pé ao lado de Verruga em frente à casinha da coruja.
<br />
<br />Verruga - Desculpe tê-lo chamado de empalhado...
<br />
<br />Merlin - Você precisa perdoá-lo! Ele é um garoto ainda!
<br />
<br />Arquimedes (Amuado) - Garoto? Garoto? Ah ah! Não vejo nenhum garoto!
<br />
<br />Q34. Arquimedes pega a xícara, entra em sua casinha, fecha a porta e lá dentro bebe o chá que Verruga colocou para ele. Merlin e Verruga caminham em direção à mesa.
<br />
<br />* BAH! VAP! BLAM! GLUB! GLUB! GLUB!
<br />
<br />Merlin (Sorrindo) - EH, eh! Não ligue para ele! É um tanto nervoso!
<br />
<br />Q35. Merlin e Verruga sentam-se à mesa. Merlin coloca chá para o menino. Ao fundo vê-se algumas estantes cheias de livros e a mesa com os apetrechos de química e magia.
<br />
<br />Verruga - Como o Senhor sabia que...
<br />
<br />Merlin - Que você ia aparecer por aqui?
<br />Acontece que sou um mago! Um adivinho! Um vidente!
<br />Tenho o poder de prever tudo!
<br />
<br />Q36. A coruja está na porta da sua casinha, Merlin em pé e Verruga continua sentado.
<br />
<br />Arquimedes - Tudo, Merlin?
<br />
<br />Merlin - Bem... deixe-me ver... admito que eu não sabia exatamente quem viria para o chá... mas como você pode ver, previ a hora e o lugar exatos... ainda que eu não soubesse seu nome!
<br />
<br />Verruga - Como o Senhor é inteligente!
<br />
<br />Merlin - Bem, vejamos! Você teve algum estudo?
<br />
<br />Verruga - Oh, sim! Estou treinando para ser escudeiro!
<br />Estou aprendendo as regras de combate, da esgrima, dos torneios e da cavalaria...
<br />
<br />Merlin - Não! Não! Não! Refiro-me a uma verdadeira educação!
<br />Matemática, História, Biologia e Ciências Naturais!
<br />
<br />Q37. Merlin pega alguns livros na estante e os coloca na mesa, diante do Verruga.
<br />
<br />Merlin - Você não pode crescer sem uma educação decente! Por isso, vou ser o seu tutor!
<br />
<br />Verruga - Mas eu preciso voltar ao castelo de Sir Heitor!
<br />Ele é o meu protetor e deve estar precisando de mim na cozinha!
<br />
<br />Merlin - Pois bem! Vamos fazer as malas e partir! Observe!
<br />Você gostará disto!
<br />
<br />Q38. Merlin coloca uma mala sobre um banco, pega sua varinha mágica e diz algumas palavras mágicas.
<br />
<br />Merlin - Higitus figitus zumba visigodos!
<br />Quero a atenção de vocês todos! Vamos fazer as malas!
<br />
<br />Q39. Vê-se bule, xícaras, pires voando em direção à mala.
<br />
<br />* VUP! ZUM! ZAP!
<br />
<br />Merlin - Não! Não! Não!
<br />
<br />Q40. Vê-se tudo que estava indo para a mala retornar à mesa. Merlin aponta a varinha mágica para os livros.
<br />
<br />* ZAP! ZUM! VUP!
<br />
<br />Merlin - Os livros sempre em primeiro lugar, você sabe!
<br />Vão diminuindo de tamanho! Precisamos arranjar espaço para todos!
<br />
<br />Q41. Os livros ficam pequenos e vão parar dentro da mala que se fecha. Arquimedes voa para o chapéu de Merlin.
<br />
<br />* CLAPT!
<br />
<br />Verruga - Puxa! Que modo de fazer as malas!
<br />
<br />Merlin - Pois então, menino! Como é que você queria pôr toda aquela coisa numa só maletinha?
<br />
<br />Q42. Com Arquimedes em seu chapéu, Merlin se encaminha para a porta da cabana, seguido por Verruga.
<br />
<br />Verruga - Ah, mas eu achei formidável!
<br />
<br />Merlin - Sim, é mais ou menos isso!
<br />Mas não vá pensar que todos os seus problemas serão resolvidos com magia, porque não serão!
<br />
<br />Verruga - Mas eu não tenho nenhum problema!
<br />
<br />Merlin - Qual o quê! Todo mundo tem problemas!
<br />
<br />Q43. Vê-se Os dois já fora da casa. Merlin, ao fechar a porta, prende a barba nesta.
<br />
<br />* BLAM!
<br />
<br />Merlin (Metendo o pé na porta para soltar sua barba) - Ui! Eu não lhe dizia? Este é o mal do nosso mundo de hoje!
<br />
<br />* ZAP!
<br />
<br />Q44. Eles caminham na floresta. Atrás deles, sem que percebam, vê-se o lobo lambendo os beiços.
<br />
<br />Merlin - Todos vivem dando cabeçadas contra um muro de tijolos! Só usam os músculos no lugar da mente!
<br />
<br />Q45. Eles estão atravessando um pequeno rio e o lobo continua seguindo os dois sem que estes o percebam. Verruga atravessa o rio pulando de pedra em pedra.
<br />
<br />Merlin - Você precisa desenvolver sua mente! Aprender coisas mais elevadas é o que interessa!
<br />Conhecimento, sabedoria... eis o verdadeiro poder!
<br />
<br />Q46. Agora estão subindo uma colina e o lobo vem atrás.
<br />
<br />Merlin - Por isso, a primeira coisa que faremos amanhã é começar! Você terá oito horas de estudo diário!
<br />
<br />Verruga - Mas eu não tenho tempo! Tenho as minhas tarefas de pajem no castelo!
<br />
<br />Merlin - Tarefas de pajem? Bah!
<br />Mudaremos tudo isso!
<br />
<br />Q47. Merlin tropeça numa pedra que se solta e desce a colina que eles subiam. Verruga, que caminhava um pouco atrás de Merlin, salta sobre a pedra e esta continua descendo a colina e provocando uma pequena avalanche.
<br />
<br />Merlin - Upa!
<br />Vamos sacudir a sua vida!
<br />
<br />* BONC! BONC!
<br />
<br />Verruga (Pulando sobre a pedra) - Sim, Senhor!
<br />
<br />Q48. Merlin e Verruga estão quase no alto da colina. Ao fundo vê-se o lobo, que deu meia-volta, descendo a colina correndo com as pedras soltas descendo atrás de si. Merlin e Verruga nada percebem.
<br />
<br />* BONC! BONC! BRRAM! PANC! BONC!
<br />
<br />Merlin - Como espera chegar a ser algo na vida sem educação? Mesmo nestes rudes tempos medievais você precisa saber onde anda, não acha?
<br />
<br />Verruga - Sim, Senhor!
<br />
<br />Q49. Vê-se Merlin e Verruga no alto da colina e, lá embaixo, para não ser atingido pela avalanche de pedras, o lobo se joga no rio.
<br />
<br />* TICHIBUM!
<br />
<br />Merlin - Você precisa planejar para o futuro, menino!
<br />Precisa achar uma direção!
<br />Humm! Por falar nisso, em que direção fica seu castelo?
<br />
<br />Verruga - Acho que é para o outro lado!
<br />
<br />Merlin - Quê? Ah, sim, sim! Mas claro!
<br />Bem, então é melhor irmos andando!
<br />
<br />Q50. Vê-se Merlin e Verruga descendo a colina. Ao longe vê-se um castelo.
<br />
<br />Merlin - Vamos, rapaz! Aperte o passo!
<br />Precisamos chegar lá antes do escurecer!
<br />
<br />Continua...
<br />LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-6175891059581790252009-10-07T22:00:00.001-03:002009-10-07T22:03:28.995-03:00A Espada Era a Lei - Parte II
<br />* Ledora: Anair Campos
<br />
<br /> - Novas do torneio -
<br />
<br />
<br />Q1. A cozinha do castelo. Vê-se uma grande mesa com oito cadeiras, um fogão à lenha com duas chaleiras sobre ele, uma pia, panelas e pratos.
<br />Há na parede um brasão e uma cabeça de veado empalhada.
<br />Kay está com os pés sobre a mesa e tem uma coxa de javali na mão e seu pai conversa com ele. Três cachorros aguardam os ossos, embora haja alguns ossos pelo chão.
<br />
<br />Pai - Sim, Senhor! Que serviço! Onde se viu um pirralho daqueles entrar sozinho naquela terrível floresta?
<br />Você não devia tê-lo deixado fazer isso, Kay!
<br />
<br />Kay (Jogando o osso no chão) - Olhe, Pai! Eu não sou o guardião do Verruga!
<br />
<br />Pai - Pois eu sou! Adotei o menino e, sendo seu pai adotivo, sou responsável por ele!
<br />
<br />Q2. Verruga entra na cozinha. Os cachorros latem ao vê-lo.
<br />
<br />* AU! AU! AU!
<br />
<br />Pai - Ah! Então é você! Escute aqui, Verruga! Que história é essa de entrar pelo mato e me deixar de cabelos brancos?
<br />
<br />Verruga - Desculpe, Senhor!
<br />
<br />Pai - Desculpar-se não basta! Quatro horas de trabalho extra na cozinha! Apresente-se ao cozinheiro!
<br />
<br />Verruga - Mas... mas...
<br />
<br />Q3. Merlin entra na cozinha. Arquimedes está em seu chapéu.
<br />
<br />Pai - Nada de mas! Mexa-se! É preciso muito rigor para dirigir um castelo como este!
<br />
<br />Arquimedes - Concordo plenamente!
<br />
<br />Pai - Hein? Quem é você?
<br />
<br />Merlin - Meu nome é Merlin! E este é Arquimedes, uma coruja muito instruída!
<br />
<br />Pai - Coruja instruída? Oh, oh! Essa é boa!
<br />Sei que é um mágico, Marvin! Você encantou esse bichinho, não é?
<br />
<br />Merlin - Meu nome é Merlin! E sou o mais poderoso mago do mundo!
<br />
<br />Pai (Sorrindo) - Oh, oh! Deixe disso, homem! Que bobagem!
<br />
<br />Merlin - Vou demonstrá-lo!
<br />Higitus figitus migitus mo!
<br />Vento e neve, num giro breve!
<br />
<br />Q5. O vento zune e cai neve na cozinha.
<br />
<br />* FUUUUUUCH!
<br />
<br />Pai (Tremendo de frio) - Ei! Brrrr! Que-que diabos é isso?
<br />
<br />Merlin (Sorrindo) - É uma nevada enfeitiçada!
<br />
<br />Pai (Com o corpo coberto de neve) - P-pare com isso, Marvin! E-estou convencido!
<br />
<br />Q6. O gordo está petrificado.
<br />
<br />Merlin - Ala-ka-zan!
<br />
<br />N: A neve derrete-se...
<br />
<br />Pai - E-espero que você n-não vá fazer nenhuma magia negra!
<br />
<br />Merlin - Não se preocupe! Minha magia só é usada para efeitos educacionais! Na verdade, é para isto que estou aqui... para educar Arthur!
<br />
<br />Pai - Educar o Verruga? Nada disso! Eu é que dirijo este lugar, por isso pegue sua valise de truques e suma-se!
<br />
<br />Merlin - Muito bem!
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />Pai - Céus! Ele sumiu!
<br />
<br />N: Embora haja sumido, ouve-se a voz de Merlin...
<br />
<br />Merlin - Mas ainda estou por aqui! Se eu sumir, você nunca saberá se eu estou ainda aqui ou não, não é mesmo?
<br />
<br />Pai - Você ganhou, Marvin! P-pode ficar!
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />Merlin (Reaparecendo) - Obrigado! Você é muito generoso!
<br />
<br />Pai - N-não há de quê! Mas só lhe posso oferecer cama e comida! Você ficará na torre dos hóspedes! É o melhor aposento da casa!
<br />
<br />Q7. Merlin já no aposento. Como chove, há alguns vasilhames sob as goteiras.
<br />
<br />N: Depois...
<br />
<br />Merlin - Melhor aposento da casa, hein? Pois sim! Mas, se aquele velho danado pensa que vai se livrar de mim, está enganado! Ele ainda não me conhece!
<br />
<br />Arquimedes - Que tal se voltássemos à floresta?
<br />
<br />Merlin - Não! Aquele menino precisa ser educado!
<br />
<br />* BAM! BAM! BAM!
<br />
<br />Merlin - Ué! Quem poderia visitar Sir Heitor a uma hora dessa?
<br />
<br />Uma voz que vem de fora do castelo - Abram! Tenho grandes novas de Londres!
<br />
<br />Q8. Sir Heitor, Kay e o recém-chegado na cozinha.
<br />
<br />Visitante - Heitor, meu velho! Vão realizar um grande torneio no dia do ano novo!
<br />
<br />Heitor - E daí, Pellinore? Isso não é novidade! Eles sempre fazem isso!
<br />
<br />Q8. Sir Heitor, Kay e Pellinore à mesa, tomando café.
<br />
<br />Pellinore - Ah, mas isto é diferente! O vencedor do torneio ganhará... a coroa!
<br />
<br />Sir Heitor - Glup! Quer dizer... o vencedor será o rei da Inglaterra?
<br />
<br />Pellinore - Rei de toda a Inglaterra!
<br />
<br />Q9. Verruga entra na cozinha com as mãos cheias de pratos.
<br />
<br />Verruga - ?
<br />
<br />Sir Heitor - Kay, meu rapaz, você poderia vencer, se caprichasse nos treinos! Você será sagrado cavaleiro no próximo natal e aí partirá para Londres!
<br />
<br />Kay - Claro, por que não!
<br />
<br />Sir Heitor - Verruga, você não gostaria de ir a Londres?
<br />
<br />Verruga - Puxa, Sir Heitor! Sério mesmo?
<br />
<br />Sir Heitor - Se você cumprir suas tarefas, poderá ser o escudeiro de Kay!
<br />
<br />Verruga - Oh, cumprirei, sim!
<br />
<br />Q10. Sir Heitor em pé, Kay montado num cavalo, vestido numa armadura com uma lança na mão. Eles estão no pátio do castelo e lá longe vê-se Verruga segurando uma manivela sobre a qual se vê um boneco.
<br />
<br />Sir Heitor - Lembre-se... segure firme a lança, afrouxe a sela, aperte os joelhos, jogue o peso para a frente e não tire os olhos do alvo!
<br />
<br />Kay - Está bem! Está bem!
<br />
<br />Sir Heitor - E você, garoto, vá movendo esse boneco!
<br />
<br />* CRRAT! CRRAC! CRREC!
<br />
<br />Verruga (Gritando) - Sim, Senhor!
<br />
<br />Q11. Sir Heitor em pé, Verruga mexendo o boneco e Kay galopando ao encontro deste. O boneco segura uma lança com uma bola na ponta.
<br />
<br />Sir Heitor (Gritando) - Atacar!
<br />Não, não, não! Procure o alvo!
<br />
<br />Q12. A lança de Kay tocou na bola da lança do boneco e Kay saiu voando e foi cair de cabeça no chão.
<br />
<br />* FUNC! TOIM! CRÁS!
<br />
<br />Q13. Sir Heitor em pé, Kay estatelado no chão, vendo estrelinhas e Verruga segurando o cavalo deste pela rédea.
<br />
<br />Sir Heitor - Kay! Você não aprende o que digo?
<br />Segure a lança firme!
<br />
<br />Q14. Sir Heitor junto a Kay que já está de pé.
<br />
<br />Sir Heitor - Lembre-se, uma justa não é só questão de músculo... é uma ciência altamente desenvolvida!
<br />
<br />Kay - Sim, sim!
<br />
<br />Q15. Merlin e Arquimedes observam o treino de Kay da janela da torre.
<br />
<br />Merlin - Bah! Ciência, pois sim! Um boneco tentando derrubar outro boneco com uma vara!
<br />
<br />Arquimedes - Sim, e o Verruga fica tão entusiasmado com isso quanto os outros!
<br />
<br />Merlin - Esse é o problema!
<br />
<br />Q16. O quarto de Merlin na torre. Merlin está sentado numa cadeira, com um livro na mão e Arquimedes em seu poleiro.
<br />
<br />Merlin - Farei com que seu entusiasmo se volte para a direção certa!
<br />
<br />Arquimedes - Bah! Quero só ver isso!
<br />
<br />Merlin - Pois vai ver! Pretendo tapeá-lo, é claro! Usarei de magia! Recorrerei a todos os truques do livro, se for necessário!
<br />
<br />Q17. Merlin, com Arquimedes no chapéu, e Verruga estão do lado de fora do castelo. No fosso que circunda o castelo nadam alguns patos e peixes. Ao fundo vê-se a ponte levadiça abaixada.
<br />
<br />Merlin - Bem, depois que você se tornar escudeiro, será um cavaleiro, não?
<br />
<br />Verruga - AH, bem que eu gostaria! Daria tudo para sair montado num grande cavalo branco, enfrentando gigantes e dragões!
<br />Mas... ai, ai... sou órfão e um cavaleiro precisa ser bem nascido! Só espero ser um bom escudeiro para o Kay!
<br />
<br />Merlin (Pensando) - Escudeiro daquele asno? Bah! Ele devia ter uma ambição maior! Mas vou mudar tudo isso!
<br />(Dirigindo-se à Verruga) - Escute, jovem, lembra-se de quando eu disse que poderia nadar como um peixe? Pois eu quis dizer igual a um peixe!
<br />
<br />Verruga - Quer dizer que o Senhor poderia transformar-se num peixe?
<br />
<br />Merlin - Decerto! E posso transformar você num peixe, também!
<br />
<br />Verruga - Ah, seria bem divertido!
<br />
<br />Continua...
<br />LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-63689021047827928622009-10-07T21:59:00.001-03:002009-10-07T22:03:08.328-03:00A Espada Era a Lei - Parte III
<br />* Ledora: Anair Campos
<br />
<br />- Verruga vira peixe -
<br />
<br />
<br />Q1. Merlin está ao lado de Verruga e Arquimedes pousado no galho de uma árvore próxima. Eles estão diante do fosso que circunda o castelo, vendo-se ao fundo a ponte levadiça e algumas partes do castelo.
<br />
<br />Merlin - Deixe-me ver se recordo aquela fórmula do peixe!
<br />Ah, sim... lá vai! Aquarius aquáticus aqualitus om! aquadigitoniun!
<br />
<br />* FUMP! CHUÁ!
<br />
<br />Q2. Merlin e Verruga transformados em peixes conversam enquanto nadam. Verruga está de barriga pra cima e Merlin o ensina a portar-se como um peixe.
<br />
<br />Verruga - Upa! Não consigo ficar direito! Merlin!
<br />
<br />Merlin - Aqui estou! Eh, eh, eh! Pensou que podia sair disparado como um rojão, hein?
<br />
<br />Verruga - B-bem, eu virei peixe, não virei?
<br />
<br />Merlin - Mas isso não quer dizer que você pode nadar como um peixe! Por isso você precisa usar a cabeça!
<br />
<br />* FLOP! (Verruga mergulhando)
<br />
<br />Merlin - Aprenda... cada batida de uma nadadeira cria movimento! Vamos pegar o ritmo! Um, dois! Esquerda, direita! Avançar, recuar! Para cada elevação, existe uma depressão! Para cada ida, existe uma partida!
<br />
<br />Q3. Vê-se a ponte levadiça e uma das correntes desta está à flor d'água e eles a pulam e continuam nadando, enquanto conversam. Merlin nada à frente de Verruga.
<br />
<br />Merlin - Você precisa olhar sempre para cima! Não seja um medíocre! Não fique de braços cruzados dizendo "é o destino!"
<br />
<br />Q4. Eles estão nadando e atrás deles vê-se um crocodilo.
<br />
<br />Merlin - Depende de você ver até onde pode chegar! Se não tentar, nunca saberá! Na vida, os fortes sempre tentarão conquistá-lo!
<br />
<br />Q5. Verruga percebe o crocodilo e passa à frente de Merlin.
<br />
<br />Merlin - E é isso que você pode esperar, a menos que use o cérebro!
<br />
<br />Verruga - Socorro, Merlin! Socorro!
<br />
<br />Merlin (Olhando para trás) - Aaai! É um enorme lúcio!
<br />
<br />Verruga - Socorro! Socorro! Use sua mágica! Não quero ser mais peixe!
<br />
<br />Q6. Merlin entra num elmo que está dentro do fosso e Verruga fica nadando em volta, fugindo do crocodilo que tenta abocanhá-lo.
<br />
<br />Merlin - N-não consigo lembrar as palavras!
<br />
<br />* NHAC! CLANC!
<br />
<br />Q7. Verruga consegue passar entre a corrente e a ponte levadiça. O crocodilo, ao tentar pegá-lo, fica preso na corrente.
<br />
<br />Merlin - Foi um bom golpe passar por esta corrente, menino! Você está usando a cachola! Bravo, rapaz! Grande estratégia! Acho que você entendeu a lição!
<br />
<br />Verruga - Sim! A inteligência vale mais que a força bruta!
<br />
<br />Merlin - Agora vamos voltar ao estado anterior! Hum... deixe ver...
<br />Hocus pocus... não consigo lembrar a fórmula!
<br />
<br />Verruga - Chi! Então é melhor sairmos daqui!
<br />
<br />(Nota: O "chi" acima deveria ser escrito "xi", mas o Dosvox entende como se fosse algarismo romano. Daqui por diante escreverei assim!)
<br />
<br />Q8. Verruga pula para um paredão junto à parede do castelo. Mas logo depois escorrega e o crocodilo está na água à sua espera.
<br />
<br />* PLOP!
<br />
<br />Verruga - Ufa!
<br />
<br />* NHAC! (Crocodilo tentando pegar o peixinho)
<br />
<br />Verruga (Escorregando no limo) - E-e-estou escorregando! Socorro, Merlin! Socorro!
<br />
<br />Arquimedes - Hein? Quê? É o Verruga!
<br />
<br />Q9. O crocodilo está com a boca aberta à espera que Verruga caia. Arquimedes voa e pega Verruga no ar, antes de cair na boca do bicho. O crocodilo fecha a boca vazia.
<br />
<br />* NHAC!
<br />
<br />Arquimedes - Ufa!
<br />
<br />Q10. Merlin volta a ser gente. Verruga, ainda um peixe, está na margem do fosso. Arquimedes está num galho de uma árvore.
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />Merlin - Pronto! Agora vou transformar aquele monstro num lambari! Vou...
<br />
<br />Verruga - Merlin!
<br />
<br />Merlin - Que... ah! Você está aí, rapaz!
<br />
<br />Q11. Merlin usa a varinha mágica e Verruga volta a ser gente.
<br />
<br />* PIF! POF! PUF!
<br />
<br />Merlin - Como conseguiu escapar daquela confusão?
<br />
<br />Verruga - O Arquimedes me salvou!
<br />
<br />Q12. Merlin e Verruga estão ao lado do fosso. Ao fundo, sobre a ponte levadiça vê-se Sir Heitor e Kay.
<br />
<br />Sir Heitor - Verruga! Verruga!
<br />
<br />Verruga (Saindo correndo) - Chi! É Sir Heitor! Preciso ir!
<br />
<br />Q13. Verruga, Sir Heitor e Kay estão sobre a ponte.
<br />
<br />Sir Heitor - Por onde andou?
<br />
<br />Verruga - No fosso, Senhor!
<br />
<br />Sir Heitor - No fosso?
<br />
<br />Verruga - Sim! Sabe, Merlin nos transformou em peixes e depois veio um lúcio enorme...
<br />
<br />Sir Heitor - Chega! Três castigos por se atrasar e mais três pela história do peixe! Vá já para a cozinha!
<br />
<br />Verruga - Sim, Senhor!
<br />
<br />Q14. Verruga sentado diante de uma tina lavando um caldeirão, tendo algumas panelas e outros vasilhames. Merlin entra na cozinha.
<br />
<br />Narrador - Depois...
<br />
<br />Verruga (Cantando) - Para cada elevação, existe depressão!
<br />
<br />Merlin (Cantando) - Para cada ida, existe uma partida!
<br />
<br />Verruga - Ah! É o Senhor, Seu Merlin?!
<br />
<br />Merlin - Diga-me, jovem! Que tal virar um esquilo?
<br />Você poderia aprender algo mais!
<br />
<br />Verruga - É melhor que não! Recebi seis castigos e, além disso, tenho de limpar a cozinha!
<br />
<br />Merlin - Tenho que modernizar esta confusão medieval... vou fazer uma linha de montagem!
<br />
<br />Verruga - Mas eu é que devo fazer isso!
<br />
<br />Merlin - Ninguém notará a diferença! Que importa, contanto que o trabalho seja feito!
<br />
<br />Q15. Vê-se os pratos e panelas entrando na tina por um lado e saindo, após lavados, pelo outro e vão se arrumando sobre a pia. As vassouras varrem e lavam o chão da cozinha.
<br />
<br />Merlin - Higitus figitus zumba zadinha!
<br />Venham todos limpar a cozinha!
<br />Entrem na tina, um por um!
<br />E limpem sem fazer zunzum!
<br />Vamos toalha, vá enxugando!
<br />E vocês, pratos, vão se empilhando!
<br />Limpar, esfregar, varrer!
<br />Não há tempo a perder!
<br />
<br />* VUUCHI! VUUCHI! PLACH! PLACH!
<br />
<br />Verruga (Pegando na mão de Merlin) - Sim, vamos logo! Estou louco pra virar esquilo!
<br />
<br />Continua...
<br />LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-82537592523467934742009-10-07T21:58:00.000-03:002009-10-07T22:02:58.771-03:00A Espada Era a Lei - Parte IV
<br />* Ledora: Anair Campos
<br />
<br /> - Vida de esquilo -
<br />
<br />
<br />Q1. Merlin e Verruga se transformam em esquilos. Eles estão sobre o galho de uma árvore.
<br />
<br />Merlin - Bem, jovem! Que tal ser esquilo?
<br />
<br />Verruga - Formidável! Só quero correr e saltar!
<br />
<br />Merlin - Verruga, calminha! Olhe antes de pular!
<br />
<br />Verruga (Pulando pra um outro galho) - Iupiii!
<br />
<br />N: Ao chegar a este, o galho quebra e ele cai, por sorte, em outro galho abaixo.
<br />
<br />* CRAC!
<br />
<br />Verruga - O quê? Ui!
<br />
<br />Merlin - Viu? Que foi que eu lhe disse?
<br />
<br />Verruga - Bem, eu consegui, não foi?
<br />
<br />Merlin - Sim, mas você não pode confiar sempre na sorte!
<br />A lei da gravidade não falha!
<br />
<br />Verruga - Que é gravidade?
<br />
<br />Merlin (Saltando para o galho que está Verruga) - Gravidade é o que faz você cair! Uupa!
<br />
<br />Verruga - Ah, é como uma queda ou tropeção?
<br />
<br />Merlin - Não! É um fenômeno pelo qual dois corpos sólidos, em liberdade de movimento...
<br />
<br />Q2. Conversando eles caminham até o caule da árvore. Uma esquila aproxima-se deles. Sobre a cabeça da esquila vê-se pequenos corações.
<br />
<br />Merlin - ... são atraídos um pelo outro!
<br />
<br />Verruga (Vendo a esquila) - Glup!
<br />
<br />Esquila (Cheia de amor pra dar) - Grunf!
<br />
<br />Verruga - Humm... como passaremos por aqui?
<br />
<br />Merlin - Acho que não dá! Teremos que voltar para o outro galho!
<br />
<br />Esquila (Pulando pro outro galho) - Ih, ih!
<br />
<br />Merlin - Humm! Não adiantou nada! Essa esquila quer mesmo ficar em seu caminho!
<br />
<br />Verruga - Oh! Q-que há com ela? Age de forma estranha!
<br />
<br />Merlin - Ela gosta de você, rapaz!
<br />
<br />Q3. A esquila agarra Verruga e o beija. Ele tenta se soltar.
<br />
<br />* CHUAC! CHUAC!
<br />
<br />Verruga - Ei! Mande-a parar com isso!
<br />
<br />Merlin (Sorrindo) - Ih, ih! Prefiro não me meter nisso!
<br />
<br />Q4. Verruga se desvencilha da esquila e sai correndo sobre o galho com a esquila atrás dele.
<br />
<br />Verruga - Merlin! Que farei? Ela não me larga!
<br />
<br />Merlin - Arranje-se, meu caro! Acho que a magia não pode resolver esse problema!
<br />
<br />Verruga - Mas eu não sou esquilo! Sou um menino! Sou gente!
<br />
<br />Merlin - Ela não sabe disso!
<br />
<br />Q5. Quando Verruga chega ao fim do galho, a esquila já o esperava e eles se chocam.
<br />
<br />* PONC!
<br />
<br />Merlin - Ela só sabe uma coisa... que você é um esquilo e ela é uma esquila!
<br />(Cantando) - Não perca tempo resistindo quanto mais você fugir... mas ela fará para não deixá-lo escapulir!
<br />
<br />Q6. Merlin não percebe que há uma enorme esquila no mesmo galho que ele e que ela o olha. Vê-se alguns corações sobre a cabeça dela.
<br />
<br />Esquila 2 (Cheia de amor) - Ih, ih!
<br />
<br />Merlin (Saindo de perto da esquila) - Hã?
<br />
<br />Q7. A esquila segura o rabo de Merlin, cheia de paixão.
<br />
<br />Merlin - M-madame, eu não sou esquilo, sou um garoto... digo, sou um velho... n-não!
<br />
<br />Verruga - Merlin! Estou farto de ser esquilo! Só dá encrenca!
<br />
<br />Merlin (Fugindo) - Só com você? Abre alas!
<br />
<br />Esquila (Dando um encontrão em Verruga) - Iic!
<br />
<br />* BUMP!
<br />
<br />Verruga (Caindo) - Upa!
<br />
<br />* FLOP!
<br />
<br />Esquila - Chiic!
<br />
<br />Q8. A esquilinha desce atrás de Verruga que havia caído do galho. Ela o agarra e o beija.
<br />
<br />Esquila - Oooh!
<br />
<br />* CHUAC!
<br />
<br />Verruga (Vendo estrelinhas) - Aii! Salve-me!
<br />
<br />Q9. A esquila maior continua correndo atrás de Merlin.
<br />
<br />Esquila - Chiic!
<br />
<br />Merlin - Ufa! Basta! Para mim chega!
<br />
<br />Q10. Merlin gira sua varinha mágica e volta a ser gente.
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />Merlin - Pronto! Viu? Não sou esquilo! Sou um velho muito rabugento!
<br />
<br />Esquila (Espantada) - Iiic!
<br />
<br />Verruga - Merlin!
<br />
<br />Merlin (Voltando-se) - Ah, ah! Aí está você!
<br />
<br />Q11. A esquilinha está agarrada ao Verruga, beijando-o.
<br />
<br />* CHUAC! CHUAC!
<br />
<br />Verruga (Aflito) - Merlin! Faça algo!
<br />
<br />Merlin - Fip, fap, fup!
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />Q12. Verruga volta a ser gente. A esquilinha, assustada, vai embora.
<br />
<br />Verruga (Para a esquila) - Viu? Não sou esquilo! Sou um garoto!
<br />
<br />Esquila (Pulando do colo do Verruga) - Chuif!
<br />
<br />Verruga - D-desculpe! Tentei explicar-lhe... se ao menos você entendesse!
<br />
<br />Merlin - Você sabe, jovem, que esse negócio de amor é uma coisa muito séria!
<br />
<br />Verruga - Mais séria que a gravidade?
<br />
<br />Q13. Eles caminham em direção ao castelo. A esquilinha olha para eles com lágrimas nos olhos.
<br />
<br />Esquilinha - Chuif!
<br />
<br />Merlin - Bem...sim! A seu modo, eu diria que a maior força da terra!
<br />
<br />Q14. Sir Heitor e Kay estão treinando luta de espadas. Usam máscaras e escudos. A cozinheira está na janela da cozinha.
<br />
<br />N: Entretanto, no castelo...
<br />
<br />Cozinheira (Gritando) - Sir Heitor! Sir Heitor!
<br />
<br />* CLANC! BLÉIN!
<br />
<br />Sir Heitor - Hein? Espere, Kay!
<br />Que foi, cozinheira? Por que este alvoroço?
<br />
<br />Cozinheira - M-magia negra na cozinha!
<br />
<br />Sir Heitor - Aposto que é aquele peste do Marvin! Vamos, filho!
<br />
<br />Q15. Na cozinha os pratos estão voando da mesa para a tina, se lavam sozinhos, saem voando e se arrumam sobre a pia. As vassouras estão lavando a cozinha.
<br />
<br />Sir Heitor - Cruzes! Magia negra da pior espécie!
<br />Vamos, Kay! Ao ataque!
<br />
<br />Q16. Sir Heitor pega a espada e começa a bater nos pratos.
<br />
<br />Sir Heitor - Tome isso!
<br />
<br />Q17. Quando a espada bate no prato quebra-se ao meio. Sir Heitor acaba caindo dentro da tina e os pratos caem sobre ele. A esponja começa a ensaboá-lo.
<br />
<br />* VOP! PLACH!
<br />
<br />Sir Heitor - Aah... ooh... ugh! Socorro, socorro!
<br />
<br />Q18. Uma vassoura está lutando contra a espada de Kay.
<br />
<br />* VUPT! VAPT!
<br />
<br />Kay - Arranje-se! Já tenho meus problemas!
<br />
<br />* VAC! VAC! VAC!
<br />
<br />Q19. Merlin e Verruga entram na cozinha.
<br />
<br />Merlin - Céus! Que fizemos?
<br />
<br />Verruga - Com mil dragões!
<br />
<br />Q20. A vassoura derruba Kay, tirando-lhe a espada da mão. Bate em sua cabeça e ele fica vendo estrelinhas. Sir Heitor está dentro da tina, molhado e ensaboado.
<br />
<br />* ZUIP! PLUFT! PLOCH!
<br />
<br />Sir Heitor (Todo ensaboado) - Ah, ei-lo! Seu barbicha de bode! Que idéia é essa de espalhar seus maus espíritos pelo meu castelo?
<br />
<br />Merlin - Q-que há de mau em limpar a cozinha?
<br />
<br />Sir Heitor - Eu decido o que é certo ou errado aqui e, além disso, a limpeza é trabalho do Verruga!
<br />
<br />Cozinheira - S-seu velhote, se eu o apanhar de novo na cozinha...
<br />
<br />Merlin - Não apanhará, Madame!
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />Cozinheira - Aaai! E-ele desapareceu!
<br />
<br />Verruga - A magia de Merlin é boa! Só porque o Senhor não entende algo, não quer dizer que isso seja errado!
<br />
<br />Sir Heitor - Chega! Você já falou muito, menino!
<br />E o peixe morre pela boca! Kay, de agora em diante, o filho do sentinela, Hobes, vai ser o seu escudeiro!
<br />
<br />Kay - Ouviu isso, pirralho? Isso o ensinará a comportar-se!
<br />
<br />Q21. Kay vai saindo e, com a espada, corta a vassoura ao meio.
<br />
<br />Merlin (Reaparecendo) - Lamento, jovem! Sei que esta viagem a Londres significava muito para você!
<br />
<br />Verruga (Sentado num banquinho) - Não é sua culpa! Agora estou mesmo perdido!
<br />
<br />Merlin - Nada disso! Você está em ótima situação! Está na estaca zero! E daí, só pode ir para cima!
<br />Use a cabeça! Procure instruir-se! Não quer tentar?
<br />
<br />Verruga - Acho que sim! Que tenho a perder?
<br />
<br />Continua...
<br />LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-59826105167554613282009-10-07T21:57:00.000-03:002009-10-07T22:02:50.178-03:00A Espada Era a Lei - Parte V* Ledora: Anair Campos
<br />
<br /> A educação de Verruga -
<br />
<br />
<br />Q1. Merlin está em pé diante de um globo terrestre e atrás dele vê-se um quadro-negro. Arquimedes está em seu poleiro sobre a mesa, junto a alguns livros. Na mão de Merlin está um mapa com alguns desenhos de barcos, o sol e uma inscrição: "O mundo de terra firme".
<br />
<br />Merlin - Antes de tudo, meu caro, temos que tirar essas idéias
<br />medievais da sua cabeça! Limpe o cérebro para novas idéias!
<br />Pense nas vantagens, rapaz, de conhecer as fabulosas descobertas que o homem fará nos séculos vindouros!
<br />
<br />Arquimedes - Vantagem? Pois sim! Se o rapaz sair por aí dizendo que o mundo é redondo, vão pensar que ele é louco!
<br />
<br />Verruga - O mundo é redondo?
<br />
<br />Merlin (Girando o globo) - Exato! E também dá voltas!
<br />
<br />Verruga - Ah, então ele ainda será redondo?
<br />
<br />Merlin - Não! Ele já é redondo! O homem descobrirá isso nos próximos séculos!
<br />
<br />Arquimedes (Voando para o globo) - Bah! Você só está confundindo o menino! Ele vai ficar tão confuso que acabará falando sozinho!
<br />
<br />Merlin - Pois bem! Então faça você, Arquimedes! De agora em diante, ele é seu aluno!
<br />
<br />Arquimedes (Abrindo as asas) - Está bem! Primeiro, quero que você leia esses livros!
<br />
<br />Verruga - M-mas eu não sei ler!
<br />
<br />Arquimedes (Com uma das asas sobre a cabeça) - Quê?! Então não deve saber escrever, também!
<br />
<br />Verruga - Não!
<br />
<br />Merlin (Voltando à sala) - Arquimedes! Você viu meu aeromodelo por aí?
<br />
<br />Arquimedes (Voando para a cabeça de Verruga) - Você sabe que não me meto com seus brinquedos futurísticos!
<br />
<br />Verruga - É isso, aí em cima?
<br />
<br />Merlin - Hein? Ah, sim! Cá está!
<br />
<br />Verruga - Quer dizer que o homem voará, um dia, numa destas coisas?
<br />
<br />Merlin - Sim! Só que serão maiores, é claro!
<br />
<br />Arquimedes - Bah! Se o homem devesse voar, teria nascido com asas!
<br />
<br />Merlin (Jogando o aeromodelo) - Vou já lhe provar o contrário! Afastem-se! Lá vai ele!
<br />
<br />Verruga - Merlin! Sua barba!
<br />
<br />* RAC!
<br />
<br />N: Merlin alisa a barba que ficara presa no elástico do aeromodelo...
<br />
<br />Merlin - Aiiiii!
<br />
<br />N: O aviãozinho sai pela janela e vai cair no fosso que circunda o castelo...
<br />
<br />* CHUÁ!
<br />
<br />Arquimedes - Oh, oh! Então o homem voará? Claro, como uma pedra!
<br />
<br />Merlin - O homem voará no futuro! Já estive lá! Já vi isso!
<br />
<br />Arquimedes (Sorrindo) - Ih, Ih! Essa é boa!
<br />
<br />Verruga - Oh, espero que sim! Sempre sonhei voar como um pássaro... para poder ir passeando pelo céu!
<br />
<br />Merlin (Batendo com sua varinha mágica na cabeça de Verruga) - Ah, é?
<br />Avis avitis aviti avetem! Prestidigitonium!
<br />
<br />* FUPT!
<br />
<br />Verruga - Ei! Virei pássaro! Oba!
<br />
<br />Merlin - Calma, menino! Vamos devagar! Você tem muito que aprender! Preciso ensinar-lhe umas coisinhas!
<br />(Segurando o pássaro) - Primeiro, vou explicar-lhe o funcionamento da asa de um pássaro...
<br />
<br />Arquimedes - E desde quando você entende disso?
<br />
<br />Merlin - Eu fiz um curso intensivo do voo dos pássaros, e...
<br />
<br />Arquimedes - E acontece que eu sou um pássaro!
<br />
<br />Merlin (Colocando o pássaro na janela) - Pois bem, seu sabe-tudo!
<br />
<br />Arquimedes (Falando para Verruga) - Observe! Voar é uma arte delicada e o melhor modo de aprender é fazendo!
<br />Começaremos planando! Estenda as suas asas até o fim e abane o rabo!
<br />
<br />N: Verruga faz o que Arquimedes diz...
<br />
<br />Arquimedes - Ótimo! Agora fique na ponta dos pés e salte!
<br />
<br />N: Arquimedes sai voando com o Verruga...
<br />
<br />Arquimedes - Puxa! Esse garoto é bom! Nem parece que é a primeira vez que voa!
<br />
<br />N: Arquimedes percebe um gavião que se aproxima e diz pra Verruga...
<br />
<br />Arquimedes - Epa! Cuidado, rapaz! U gavião! Um gavião!
<br />
<br />Verruga (Safando-se do gavião por um triz) - Eeepa!
<br />
<br />Arquimedes - Verruga! Verruga!
<br />
<br />Verruga (Pensando) - Estarei a salvo naquela casa!
<br />
<br />N: Verruga entra pela chaminé da casa e cai nas cinzas . Tossindo, sacode-se para limpar a fuligem do corpo...
<br />
<br />Verruga - Cof! Cof!
<br />
<br />N: Uma mulher está sentada à mesa manuseando um baralho...
<br />
<br />Mulher - Parece que há alguém doente! Que beleza! Tomara que seja alguma coisa ruim!
<br />
<br />N: Ela se volta, vê o pássaro, levanta-se e o pega pelas asas...
<br />
<br />Mulher - Ora, com mil morcegos! Não passa de um pardalzinho à-toa!
<br />
<br />Verruga - E-eu não sou um pardal de verdade! Sou um menino!
<br />
<br />Mulher - Um menino?!
<br />
<br />N: Ela o coloca sobre a mesa, diante de si...
<br />
<br />Verruga - Sim, Senhora! O Mago Merlin me transformou assim! Ele é o maior mago do mundo!
<br />
<br />Mulher (Sorrindo) - Merlin? Oh, oh! Ele é o maior vigarista do mundo, isso sim! Tenho mais magia num dedo mindinho do que ele!
<br />
<br />N: Ela, debochando, segura as pontas da saia...
<br />
<br />Mulher - Vamos, não me diga que nunca ouviu falar da fabulosa Madame Min!
<br />
<br />Verruga - A-acho que não!
<br />
<br />N: Arquimedes observa os dois de uma janela...
<br />
<br />Arquimedes - Madame min! Chiii... preciso avisar Merlin!
<br />
<br />N: Madame Min toca numa flor que está numa chaleira...
<br />
<br />Min - Com um simples toque faço murchar uma flor!
<br />
<br />Verruga - Puxa! Que coisa horrível!
<br />
<br />Min - Obrigada, jovem, mas isso não é nada para mim! Posso até mudar o tamanho das coisas! Posso ficar enorme! Do tamanho da casa!
<br />
<br />* CAFUM!
<br />
<br />N: Ela fica enorme...
<br />
<br />Min - E posso ficar do tamanho de um ratinho!
<br />
<br />* FUP!
<br />
<br />N: Ela fica pequenina e depois volta ao seu tamanho normal...
<br />
<br />Min - Sou a magnífica, a maravilhosa, a terrível Madame Min! Que me diz agora, menino? Quem é o maior?
<br />
<br />Verruga - Bem, a magia de Merlin é sempre usada para o bem!
<br />
<br />Min (Fechando a janela) - Humm! Então ele deve ter visto algo bom em você... e para mim, isso é mau!
<br />
<br />* BLAM!
<br />
<br />Min - Por isso, jovem, acho que terei que destruí-lo!
<br />
<br />Verruga (Voando para o espaldar da cadeira) - D-destruir-me?
<br />
<br />Min - Bem, eu lhe darei uma chancezinha! Faremos um jogo! Sou doida por jogos, sabia?
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />N: Min se transforma num gato...
<br />
<br />Verruga - Eeei! Ela virou gato!
<br />
<br />Min (Correndo atrás dele) - Vá fugindo, jovem!
<br />Este é um jogo de vida ou morte!
<br />
<br />N: Verruga sai voando, bate a cabeça numa viga do telhado e cai no chão. Min, já transformada em gente o pega...
<br />
<br />* ZIP! BONC! BUMP!
<br />
<br />Verruga (Vendo estrelas) - Aiiii!
<br />
<br />* VUMP!
<br />
<br />Min (Pegando-o) - AH, Ah! Ganhei! Acabou o jogo!
<br />
<br />N: Merlin aparece na sala...
<br />
<br />* FUCH!
<br />
<br />Merlin - Min! Que está querendo fazer?
<br />
<br />Min - Ih, ih! Estávamos só brincando um pouquinho!
<br />
<br />Verruga - Não! Ela estava querendo destruir-me!
<br />
<br />Min - E daí? Vai querer brigar por causa disso?
<br />
<br />Merlin - Se você quiser, eu brigo!
<br />
<br />Min - Pois bem! Vamos lá fora!
<br />
<br />N: Merlin dá passagem à Min...
<br />
<br />Merlin - Primeiro as damas!
<br />
<br />Continua...
<br />LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-86098793898970412482009-10-07T21:56:00.000-03:002009-10-07T22:02:39.847-03:00A Espada Era a Lei - Parte VI
<br />* Ledora: Anair Campos
<br />
<br />- O duelo dos feiticeiros -
<br />
<br />
<br />Q1. Arquimedes e Verruga estão sobre um galho . Merlin e Min estão fora da casa.
<br />
<br />Verruga - Arquimedes! Que vai acontecer?
<br />
<br />Arquimedes - Eles vão fazer um duelo de magia! É uma luta cerebral, em que os contendores se transformam em diferentes coisas, procurando cada um destruir o outro!
<br />
<br />Min - Agora lembre-se das regras! Mineral e vegetal não valem! Só animal!
<br />
<br />Merlin - Nem bichos faz-de-conta, como dragões cor-de-rosa!
<br />
<br />Min - Nem sumir!
<br />
<br />Merlin - Nem fazer trapaças!
<br />Pois bem, vamos caminhar e contar até dez!
<br />
<br />N: Merlin e Min caminham em direção opostas...
<br />
<br />Merlin - Um... dois... três... quatro... cinco... seis...
<br />
<br />Verruga - Merlin! Ela desapareceu!
<br />
<br />Merlin - Min! Sua tratante! Combinamos que não valia desaparecer!
<br />
<br />Min - Velho bobo! Que é que você esperava?
<br />
<br />Verruga - Merlin! Merlin! Olhe atrás de você!
<br />
<br />* FUP!
<br />
<br />N: Min vira um crocodilo e vai com a boca aberta para pegar Merlin...
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />N: Merlin se transforma numa tartaruga e fica sob o chapéu dele e Mim mete a pata dentro do chapéu para pegá-lo...
<br />
<br />Min - Ah! Deve estar aqui!
<br />
<br />* NHAC!
<br />
<br />N: Merlin morde o dedo do crocodilo...
<br />
<br />Min - Iauu!
<br />
<br />* TUP! PLANC!
<br />
<br />N: O crocodilo sacode a pata e a tartaruga cai no chão...
<br />
<br />Min - Uma velha tartaruga mal-acabada! Bom golpe, Merlin!
<br />
<br />Verruga (Voando) - Depressa, Merlin! Mude pra outra coisa!
<br />
<br />Merlin - Dê-me tempo para pensar, garoto!
<br />
<br />N: O crocodilo vai comer a tartaruga que está de barriga pra cima e Verruga está sobre a cabeça deste, bicando-lhe o olho...
<br />
<br />* PIC! PIC! PIC! PIC!
<br />
<br />Verruga - Sua bruxa malvada! Tome!
<br />
<br />Min - Ai, ai!
<br />
<br />* Nhac!
<br />
<br />N: O crocodilo tenta pegar Verruga...
<br />
<br />Min - Isso não vale! Dois contra um!
<br />
<br />Merlin - É verdade, filho! Não se meta nisto!
<br />
<br />Verruga - Mas ela trapaceou!
<br />
<br />N: Nessa distração, o crocodilo vem pra pegar a tartaruga...
<br />
<br />Verruga - Cuidado, Merlin!
<br />
<br />Merlin - De tartaruga para coelho! Nada mal, hein?
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />N: Merlin se transforma num coelho...
<br />
<br />Min - Ahá! Sou mais raposa que você, Merlin!
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />N: Min se transforma numa raposa e sai correndo atrás do coelho que entra no oco de uma árvore...
<br />
<br />Min - O maior mago do mundo! Hahaha! Acha que vai escapar desse tronco, agora?
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />N: Merlin se transforma num ratinho...
<br />
<br />Merlin - Sim, por este buraquinho!
<br />
<br />Min - Um rato! Não sabe fazer melhor que isso?
<br />
<br />N: A raposa sai correndo atrás do ratinho. Mais adiante, Min se transforma num gato...
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />Min - Os gatos foram feitos para caçar ratos!
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />N: Merlin se transforma num cão...
<br />
<br />Merlin - E os cachorros foram feitos para caçar gatos!
<br />
<br />N: Min se transforma num gato enorme...
<br />
<br />* FUP!
<br />
<br />Min - Até gatos deste tamanho?
<br />
<br />Arquimedes - Nossa! Em cada bobagem que ele se transforma!
<br />
<br />N: O Gatão está correndo atrás do cão...
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />Min - Virou rato outra vez? Que falta de imaginação! Pensa que pode esconder-se numa moitinha dessas?
<br />Em que vai se transformar agora ou já não tem mais idéias?
<br />
<br />N: O ratinho está tentando morder a cauda do gatão. Min transforma-se numa cobra...
<br />
<br />* FUP!
<br />
<br />Min - Está querendo morder minha cauda, está?
<br />
<br />Merlin - Iiic!
<br />
<br />N: O ratinho entra num buraco no chão...
<br />
<br />Min - Velhote bobo! Buraco no chão são ideais para cobras!
<br />
<br />N: A cobra entra no buraco...
<br />
<br />Min - Onde foi parar, seu fujão?
<br />
<br />N: O ratinho sai do outro lado do buraco e logo a cobra sai atrás.Nesse momento Merlin transforma-se num caranguejo e, com as garras, prende o rabo da cobra...
<br />
<br />Min - Iiic! Então quer fazer jogo bruto, hein?
<br />
<br />* FUP!
<br />
<br />N: Min vira um rinoceronte e o caranguejo está segurando o chifre deste...
<br />
<br />Min - Pois bem, então vamos brigar! Segure-se bem, meu caro Merlin!
<br />
<br />N: O rinoceronte corre e vai de encontro a uma árvore. Com o impacto, o tronco se racha ao meio e o rinoceronte fica preso nele. O caranguejo, que já se soltou do focinho do bichão, cai atrás deste e vira um bode...
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />N: Min tenta livrar-se da árvore enquanto leva algumas marradas nos fundilhos...
<br />
<br />* BONC! BONC! BONC!
<br />
<br />Min - Ugh... uuf...
<br />
<br />* ZUM! CRÁS!
<br />
<br />N: Com as marradas, a árvore se solta e o rinoceronte cai com esta presa ao focinho dentro de um rio...
<br />
<br />* TCHIBUM! GLUB!
<br />
<br />n: O bode fica olhando da margem o rinoceronte dentro do rio e fala com Verruga e Arquimedes...
<br />
<br />Merlin - Viram como se usa a cabeça?
<br />
<br />N: Nisso Min transforma-se num dragão e segura o bode...
<br />
<br />Min - Isso já foi longe demais!
<br />
<br />Merlin - M-mas combinamos que dragões não valia!
<br />
<br />Min - Sim, mas só dragões cor-de-rosa! E este dragão é escarlate!
<br />
<br />* PUF!
<br />
<br />Min - Quê? Desapareceu? Quem está quebrando as regras agora?
<br />
<br />Merlin - Eu não desapareci, Madame!
<br />Virei um micróbio...de uma rara doença chamada dragonites galopantis!
<br />E você pegou este micróbio, Min! Primeiro, você ficará cheia de manchas, seguidas de febre e violentos espirros!
<br />
<br />Min - Que truque mais baixo e... a... a... atchim!
<br />
<br />Merlin - Não é nada grave! Você estará boa... digo, má como sempre, daqui a umas semanas!
<br />
<br />Min (Chorando) - Detesto você! Detesto você!
<br />
<br />Merlin - Bem, Verruga, qual foi a lição que você tirou daí?
<br />
<br />Verruga - O bem sempre vence o mal!
<br />
<br />N: Merlin vai embora com os dois no chapéu...
<br />
<br />Merlin - Sempre? Não, não é tão simples assim! O mal às vezes é engenhoso! O conhecimento e a sabedoria são a verdadeira força! Por isso, aplique-se nos estudos, menino!
<br />
<br />Verruga - Sim, Mago Merlin!
<br />
<br />Continua...
<br />LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-5867355173890643372009-10-07T21:54:00.000-03:002009-10-07T22:02:26.409-03:00A Espada Era a Lei - Parte VII (Final)
<br />* Ledora: Anair Campos
<br />
<br />- Acontece um milagre -
<br />
<br />
<br />Q1. Está havendo uma pequena comemoração no castelo. Além de Sir Heitor e Kay, vê-se mais algumas pessoas no salão.
<br />
<br />Sir Heitor - Brindemos à vitória de meu filho em Londres!
<br />
<br />- Viva! Viva!
<br />
<br />- Saúde!
<br />
<br />- Salve, Kay!
<br />
<br />Kay - Sir Kay! Fui sagrado Cavaleiro, não esqueçam!
<br />
<br />Sir Heitor - Claro, filho! Brindemos a Sir Kay... e, quem sabe... ao futuro rei de toda a Inglaterra!
<br />
<br />- Kay, rei? Tremo só de pensar!
<br />
<br />- Cruzes!
<br />
<br />N: A cozinheira entra no salão...
<br />
<br />Cozinheira - Sir Heitor! Sir Heitor!
<br />
<br />Sir Heitor - Hein? Que foi, cozinheira?
<br />
<br />Cozinheira - O jovem Hobes, escudeiro de Sir Kay, pegou caxumba! Sua cara está inchada como um sapo!
<br />
<br />Sir Heitor - Chiii! Então Sir Kay precisará de outro escudeiro!
<br />
<br />N: Nesse momento Verruga entra com uma bandeja na cabeça, na qual se vê um javali assado...
<br />
<br />Sir Heitor - Verruga! Será você!
<br />
<br />Verruga - S-serei o quê, Senhor?
<br />
<br />Sir Heitor - O escudeiro de Sir Kay!
<br />
<br />N: Verruga, surpreso, deixa cair a bandeja no chão...
<br />
<br />* CRÁS!
<br />
<br />Verruga - Oba, Sir Heitor!
<br />
<br />Q2. Verruga entra no quarto de Merlin já vestido como escudeiro.
<br />
<br />N: Mais tarde Verruga vai ao quarto de Merlin contar a novidade...
<br />
<br />Verruga - Merlin! Merlin! Veja! Sou o escudeiro de Sir Kay!
<br />
<br />Arquimedes - Hum! Muito bonito, moço! Bonito mesmo!
<br />
<br />Merlin - Hein? Humpf! Bonita roupa para um bobo do rei!
<br />
<br />Verruga - M-mas essa é a roupa dos escudeiros!
<br />
<br />Merlin - E eu pensei que você daria para alguma coisa!
<br />Pensei que você tivesse um pouco de cabeça! Mas não! Você é como todos esses mentecaptos medievais!
<br />Um pateta para servir àquele palerma do Kay!
<br />
<br />N: Merlin chuta alguns livros que estão no chão...
<br />
<br />* VAP!
<br />
<br />Merlin - Meus parabéns, viu?
<br />
<br />Verruga - Que quer que eu seja? Não sou ninguém! O Senhor não... não sabe nada do que se passa hoje em dia! O Senhor vive a mil anos daqui! Eu tenho sorte em ser o escudeiro de Sir Kay!
<br />
<br />Merlin - Mas que idiotice... você... você... arre!
<br />Raios me levem para as Bermudas!
<br />
<br />* CAFUM!
<br />
<br />N: Merlin sai voando pela janela...
<br />
<br />* VUIIIIIIM!
<br />
<br />Verruga - Para onde ele foi?
<br />
<br />Arquimedes - Para as Bermudas, creio!
<br />
<br />Q3. Verruga e Arquimedes estão olhando pela janela o voo de Merlin.
<br />
<br />Verruga - Onde é isso?
<br />
<br />Arquimedes - É uma ilha longe daqui, que ainda não foi descoberta!
<br />
<br />Verruga - Será que ele voltará?
<br />
<br />Arquimedes - Quem sabe? Quem pode saber?
<br />
<br />Verruga - Que pena! Pensei que ele ficaria contente e eu esperava que ele fosse a Londres comigo!
<br />
<br />N: Verruga vai saindo do quarto quando Arquimedes o chama e ele se volta...
<br />
<br />Arquimedes - Verruga! Você me deixaria ir junto?
<br />Nunca assisti a um desses torneios!
<br />
<br />Verruga - Oh, seria ótimo se você fosse, Arquimedes!
<br />Eu gostaria, sim!
<br />
<br />Arquimedes - Oh, oh! Gostaria mesmo? Ótimo!
<br />
<br />Q4. Vê-se algumas pessoas sentadas numa arquibancada, dois cavaleiros vestidos em armaduras e montados em seus cavalos. Trazem uma lança em uma das mãos e um escudo na outra.
<br />
<br />N: Já em Londres, o grande torneio chega ao seu momento culminante.Dois cavaleiros se defrontam. Eles esporeiam seus cavalos e partem um em direção ao outro. De repente, as lanças se tocam e ambos caem dos cavalos, provocando o grito da multidão...
<br />
<br />* CRÁS! BUM!
<br />
<br />Pláteia - Oh! Oh!
<br />
<br />Sir Heitor (Sorrindo) - Eh, eh! Eles caíram das selas, Kay! Os dois juntos! Agora é a vez das espadas e é aí que você brilha, filho!
<br />
<br />Verruga (Aflito) - Glup! Espadas! Chiii!
<br />Sabe... Sir Kay...
<br />
<br />Kay - O que é que você quer, pirralho?
<br />
<br />Verruga - E-eu esqueci a sua espada! Deixei-a lá na hospedaria!
<br />
<br />Kay - Quê? Ora, seu palerma! Vou torcer seu pescoço!
<br />
<br />Verruga - Não, por piedade!
<br />
<br />N: Kay parte pra cima de Verruga que se abaixa e, como estava com o elmo de Kay na mão, este aperta o elmo...
<br />
<br />Kay - Arrgh!
<br />
<br />N: Verruga sai correndo...
<br />
<br />Verruga - Vou buscá-la! Num minuto estou de volta!
<br />
<br />Kay - Acho bom, senão é melhor nem aparecer aqui!
<br />
<br />N:Verruga chega na hospedaria, a encontra fechada e fica batendo na porta...
<br />
<br />Verruga - Deixem-me entrar! Por favor, abram!
<br />
<br />Arquimedes - Não adianta, rapaz! Foram todos ver o torneio!
<br />
<br />Verruga - O que faremos? Kay precisa de uma espada!
<br />
<br />Arquimedes - Espere! Veja, rapaz, ali no pátio da igreja!
<br />
<br />Verruga (Alegre) - Oh, é uma espada, Arquimedes! Uma espada!
<br />
<br />Arquimedes - Está presa numa bigorna! Vai ser difícil tirá-la dali!
<br />
<br />Q5. Eles chegam diante da espada que está enfiada na bigorna.
<br />
<br />Arquimedes - Veja, rapaz! Ela tem um brilho estranho! É melhor não tocá-la!
<br />
<br />Verruga - Mas Kay precisa de uma espada!
<br />
<br />N: Verruga puxa a espada que sai fácil da bigorna...
<br />
<br />Arquimedes - Vamos, rápido! Vamos sair daqui!
<br />
<br />Q6. Verruga chega no local das provas.
<br />
<br />N: Minutos depois...
<br />
<br />Verruga - Eis a espada, Sir Kay!
<br />
<br />Kay - Já era tempo! Ei! Esta não é a minha espada!
<br />
<br />Verruga - E-eu sei, mas...
<br />
<br />Sir Heitor - Espere aí, Kay!
<br />
<br />N: Sir Heitor toma a espada da mão de Kay e lê a inscrição que há nela...
<br />
<br />Sir Heitor - "Aquele que tirar esta espada"... é... é a espada que estava presa na pedra!
<br />
<br />Kay - A espada da pedra? Não é possível!
<br />
<br />Sir Heitor - Mas veja! É, sim!
<br />
<br />Alguém da multidão - É a espada encantada! Não há dúvida!
<br />
<br />Sir Heitor - Onde você apanhou isto, Verruga?
<br />
<br />Verruga - Puxei-a fora de uma bigorna que estava sobre uma pedra no pátio de uma igreja!
<br />
<br />Um outro homem - Ah, ah! Hiá, hiá!
<br />Você ouviu essa?
<br />
<br />Um segundo homem - Oh, oh!
<br />
<br />Um terceiro - Muito engraçado! O pirralho é um jovem Hércules!
<br />
<br />Sir Heitor - Você nos está fazendo de idiotas! Diga a verdade, vamos!
<br />
<br />Verruga - M-mas é verdade, Sir!
<br />
<br />Sir Heitor - Você vai ter que provar!
<br />
<br />Kay - Vamos todos até a bigorna! Precisamos ver isso!
<br />
<br />N: E então todos vão atrás de Verruga até onde está a pedra e Sir Heitor coloca a espada no lugar...
<br />
<br />Sir Heitor - Coloquei-a no lugar! Pois bem, menino! Vamos ver esse milagre agora!
<br />
<br />Kay (Sorrindo) - Eh, eh!
<br />
<br />Verruga - Sim, Senhor!
<br />
<br />Kay - Um momento! Qualquer um pode tirá-la agora, uma vez que já foi arrancada!
<br />
<br />Sir Heitor - Você tem razão, filho! Puxe-a! Use toda a sua força!
<br />
<br />N: Kay tenta mas não consegue...
<br />
<br />Kay (Fazendo muita força) - Ugh! Ugh!
<br />
<br />N: Sir Heitor sobe na pedra para ajudar Kay...
<br />
<br />Sir Heitor - Use os ombros também, Kay!
<br />
<br />Alguém da pláteia - Alto lá! Isso não é justo... dois de uma vez!
<br />
<br />Um velho - Deixem o menino tentar, vamos!
<br />
<br />Uma mulher - Exato! Dêem uma chance ao menino!
<br />
<br />O velho - Vá, filho!
<br />
<br />Arquimedes - Puxe com todo coração, rapaz! Pode não ser uma questão de músculo!
<br />
<br />N: Verruga consegue tirar a espada com facilidade...
<br />
<br />O velho - Ele conseguiu!
<br />
<br />Sir Heitor - E com uma só mão!
<br />
<br />A mulher - É um milagre!
<br />
<br />Alguém da multidão - Esse menino é o nosso rei!
<br />
<br />* CAFUM!
<br />
<br />Merlin - Arquimedes! Por que todo esse barulho?
<br />
<br />Arquimedes - Merlin! Você voltou das Bermudas!
<br />
<br />Merlin - Tive um pressentimento de que Verruga ia fazer algo!
<br />
<br />Arquimedes - Se fez! Ele tirou a espada da bigorna e agora é rei!
<br />
<br />Merlin - Arthur! Rei Arthur! Eu devia ter adivinhado, no dia em que ele apareceu para o chá!
<br />
<br />N: O milagre longamente esperado acontecera e Arthur foi coroado rei...
<br />
<br />A multidão - Viva o Rei Arthur! Viva o Rei Arthur!
<br />
<br />O velho - Deus abençoe o Rei!
<br />
<br />Q7. Arthur coroado no trono.
<br />
<br />Arthur - Mas eu não sei como governar um País, Merlin!
<br />
<br />Merlin - Não se preocupe, rapaz! Você será um grande rei!
<br />Além disso, eu serei o seu conselheiro!
<br />
<br />Arquimedes - Chiii! Então ele terá que ser um grande rei!
<br />
<br />Merlin - Posso ver tudo agora! O Rei Arthur e os seus Cavaleiros da Távola Redonda!
<br />
<br />Arthur - Távola Redonda?
<br />
<br />Merlin - O você preferiria uma mesa quadrada?
<br />
<br />Arthur - Oh, redonda está bem!
<br />
<br />Merlin - Ah, meu rapaz, você se tornará uma lenda!
<br />Daqui a muitos séculos escreverão livros sobre você!
<br />Poderão até fazer uma fita de cinema sobre sua vida!
<br />
<br />Arthur - Fita de cinema?
<br />
<br />Merlin - Sim! É uma espécie de televisão sem anúncios!
<br />
<br />N: E assim, o Rei Arthur cumpriu a profecia do Mago Merlin!
<br />Seus Cavaleiros da Távola Redonda tornaram-se uma parte gloriosa da história da Inglaterra que para sempre será lembrada!
<br />
<br />
<br /> FIM
<br />LUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9052428054546930874.post-50319060716681163142009-10-07T20:58:00.001-03:002009-10-07T20:58:58.893-03:00Tio Patinhas, em... Um disfarce do outro mundo!* Ledora: Kácia Lantyer<br /><br /> - - -<br /><br /> Conheçam um pouco os personagens envolvidos na história:<br /><br />1. Os personagens principais, Tio Patinhas, Donald, Gastão,<br />Margarida, Peninha, Vovó Donalda e os Irmãos Metralhas vivem em Patópolis;<br /><br />2. Huguinho, Luizinho e Zezinho são sobrinhos do Donald e moram com ele;<br /><br />3. Gastão e Peninha são primos do Donald;<br /><br />4. Margarida é namorada do Donald, mas o Gastão vive dando em cima da pata;<br /><br />5. Vovó Donalda é avó de todos, menos de Tio Patinhas e dos Irmãos Metralhas;<br /><br />6. Tio Patinhas é tio dos demais, excetuando-se Vovó Donalda e os Irmãos Metralhas;<br /><br />7. Todos estes personagens são patos, à exceção dos Irmãos<br />Metralhas e o vendedor, que são cachorros;<br /><br />8. Os "marcianos" também são patos;<br /><br />9. Tio Patinhas usa uma túnica vermelha abaixo dos joelhos,<br />polainas azuis, cartola preta e bengala com cabo curvo azul;<br /><br />10. Estes personagens, apesar de serem "patos e cachorros",<br />andam e agem como humanos.<br /><br /> - - -<br /><br />Tio Patinhas, em... Um disfarce do outro mundo!<br /><br /><br />Q1. Tio Patinhas está sentado à uma mesa, sobre a qual se vê<br />alguns sacos de dinheiro. A sua esquerda vê-se a porta da sua<br />caixa-forte.<br /><br />Patinhas (Pensando) - Bolas! Este ano é a minha vez de dar uma festa no aniversário da cidade! Quando eu penso no que isso vai me custar...<br /><br />Q2. Tio Patinhas está em pé, estalando os dedos. Atrás dele<br />vê-se a mesa e a porta da caixa-forte.<br /><br />* PLEC PLEC<br /><br />Patinhas - Já sei! Eu poderia diminuir as despesas se os<br />convidasse para uma festa à fantasia e cada um tivesse que<br />contribuir com um prato!<br /><br />Q3. Tio Patinhas em frente a um chapeleiro pegando a cartola e a bengala.<br /><br />Patinhas - Só preciso de uma fantasia que me deixe irreconhecível pra ninguém perceber que meu prato é o menor de todos! He he he!<br /><br />Q4. Patinhas e o vendedor da loja de fantasias. Vê-se o balcão e algumas fantasias penduradas.<br /><br />Vendedor - Bom-dia, Senhor Patinhas... em que posso ajudá-lo?<br /><br />Patinhas - O Senhor teria por acaso uma fantasia bem baratinha por aí?<br /><br />Vendedor - Que tal uma fantasia de um outro planeta?<br />Experimente essa aqui!<br /><br />Patinhas - Humm! Pode ser uma boa idéia!<br /><br />Q5. Tio Patinhas vestido com a fantasia, diante do espelho. A<br />fantasia é um macacão verde e tem uma antena circular na cabeça, deixando apenas a face exposta. No peito vê-se uns botões.<br /><br />Vendedor - Ficou uma maravilha, Senhor Patinhas!<br /><br />Patinhas - Ótimo! Fico irreconhecível mesmo!<br /><br />Q6. Donald segurando um convite e seus sobrinhos, Huguinho, Luizinho e Zezinho, sorrindo. Ao fundo há uma janela e uma poltrona.<br /><br />N: E assim todos se preparam...<br /><br />Donald - Bem, meninos! A festa do Tio Patinhas é essa noite!<br />Temos que arranjar as fantasias imediatamente!<br /><br />Os meninos - Obaaaaa! Legal!<br /><br />Q7. Donald e seus sobrinhos estão na mesma loja de fantasias e o mesmo vendedor.<br /><br />Donald - Bom-dia! Gostaríamos de uma fantasia bem original!<br /><br />Vendedor - A mais original já foi vendida... um marciano verde! Quem a levou foi o Senhor Patinhas!<br /><br />Q8. Donald e os sobrinhos, com pacotes nas mãos, vão em direção ao carro. O carro é vermelho e a placa é "313".<br /><br />Donald - Bem, fantasia de índio é sempre original!<br />E foi bom saber o que o Tio vai vestir!<br /><br />Q9. Tio Patinhas fantasiado de marciano em seu escritório. Ao fundo vê-se a porta da caixa-forte.<br /><br />N: Mas o Tio Patinhas não vai ser da mesma opinião...<br /><br />Patinhas - Hi hi hi! Daqui a pouco vão chegar os primeiros<br />convidados! Garanto que ninguém vai me reconhecer!<br /><br />Q10. Tio Patinhas abrindo a caixa-forte.<br /><br />Patinhas - Mas antes de ir lá para cima, vou dar mais uma<br />olhadinha no meu lindo dinheirinho!<br /><br />Q11. Tio Patinhas dentro da caixa-forte, passeando sobre seu<br />dinheiro.<br /><br />* CLICK<br /><br />Patinhas - Hein? Será que a porta se fechou?<br />Deixa eu ir ver!<br /><br />Q12. Tio Patinhas junto à porta da caixa-forte.<br /><br />Patinhas - Ih!... fechou mesmo! E agora?<br />Esta porta só abre por fora! Fiquei preso!<br /><br />Q13. alguns fantasiados. Índios, fadas, chapeuzinho vermelho, Papai Noel, rei, cowboy, entre outras fantasias.<br /><br />N: E chega a hora da festa...<br /><br />Margarida - Donald, você e os meninos estão ótimos de índio!<br /><br />Donald - E você ficou linda de fadinha, Margarida!<br /><br />Margarida - Então, hoje vamos encontrar um marciano verde?<br /><br />Donald (Com o dedo no bico) - Psiu! Não deixe ninguém saber!<br /><br />Peninha - Vovó Donalda, gostou da minha fantasia de Zorro?<br />O que a Senhora trouxe do sítio?<br /><br />Vovó Donalda - Eu trouxe costeletas de porco!<br />Sua fantasia está muito bonita, mas nem precisava trazer essa<br />espada, Peninha!<br /><br />Q14. Um disco-voador pousa no gramado ao lado da caixa-forte.<br /><br />* VRRRRRRRRRR<br /><br />N: Mas aparecem alguns convidados imprevistos...<br /><br />Q15. Dois marcianos descendo da nave. Ao fundo vê-se a<br />caixa-forte.<br /><br />Marciano 1 - Vá você pesquisar os costumes dos habitantes da terra! Eu fico na espaçonave!<br /><br />Marciano 2 - Certo, Chefe!<br /><br />Q16. O marciano próximo à porta da caixa-forte.<br /><br />Marciano - Isso deve ser a entrada!<br /><br />Q17. No salão da festa estão os convidados. Ao fundo vê-se o<br />marciano entrando.<br /><br />Donald (Com o dedo no bico) - Psiu! Lá está o Tio Patinhas! Vamos fazer uma brincadeira com ele?<br /><br />Margarida (Junto ao marciano) - Venha cá, passarinho verde do universo! Vamos dançar?<br /><br />Marciano - Hein? Certo!<br /><br />Q18. Vê-se os convidados e Margarida dançando com o Marciano, que a olha espantado.<br /><br />Margarida - Você dança muito bem!<br /><br />Q19. Os três irmãos metralhas chegam na festa. Trazem um saco, um caixote e um detonador. Estão mascarados e com um boné azul.<br /><br />N: E aqui está um outro grupo de convidados imprevistos...<br /><br />Metralha 1 - A festa está bem animada, hein?<br /><br />Metralha 2 - Ótimo! Assim ninguém vai nos notar! Ha ha ha!<br /><br />Q20. Dois dor Irmãos metralhas estão tentando arrombar a porta da caixa-forte. No chão vê-se uma gazua, fios e outras<br />ferramentas.<br /><br />Metralha 3 - É bom mesmo! Não gosto que me amolem durante o trabalho!<br /><br />Q21. O povo na festa. Donald conversa com alguém vestido com uma armadura. Ao fundo vê-se o marciano dormindo numa poltrona.<br /><br />N: Enquanto isso, na festa...<br /><br />Donald - Venha, Gastão! Vamos pregar uma peça no Tio Patinhas!<br /><br />Gastão - Nada melhor do que isso!<br /><br />Q22. Donald e Gastão próximos do marciano dorminhoco.<br /><br />Donald - Podemos saber que tipo de dinheiro vocês usam em Marte?<br /><br />Marciano - Dinheiro? Não sei o que é isso!<br /><br />Donald (Saindo) - Pois você tem que conhecer! Espere um momento!<br /><br />Q23. Donald, que retornou, Gastão e o marciano. Ao fundo vê-se o povo da festa.<br /><br />N: Donald trás algum dinheiro do Tio Patinhas...<br /><br />Donald - Aqui está! Vocês em Marte não têm alguma coisa<br />semelhante?<br /><br />Marciano - Não, pra quê?<br /><br />Donald - Já que você não vê utilidade pra ele, posso<br />distribui-lo? De acordo?<br /><br />Marciano - Mas é claro! Não quero nada! Obrigado!<br /><br />Q24. Donald, Gastão, Margarida e o marciano.<br /><br />Donald e Gastão - VIVA AO TIO PATINHAS!<br /><br />Margarida - VIVA AO TIO QUE NÃO É MAIS PÃO-DURO!<br /><br />Q25. Tio Patinhas dentro da caixa-forte.<br /><br />N: Enquanto isso, o verdadeiro Tio Patinhas está desconsolado...<br /><br />Patinhas - Aqui estou eu, sozinho e abandonado, enquanto os<br />outros se divertem!<br /><br />Q26. No salão de festas, todos dançam alegremente. Margarida está com um sino na mão.<br /><br />N: E eles aproveitam mesmo a festa...<br /><br />* BLEIM BLEIM BLEIM<br /><br />Margarida (Tocando o sino) - ATENÇÃO! Podem se aproximar da mesa e sirvam-se!<br /><br />Q27. Uma grande mesa, cheia de iguarias e os convidados à sua volta, comendo. Margarida aproxima-se do marciano. Donald e Gastão estão ao lado deste.<br /><br />Margarida - E você, velho marciano, trouxe alguma coisa?<br /><br />Marciano (Com algumas pedras na mão) - Não, eu... espere!<br />Sempre carrego comigo algumas pedras de Marte! São boas para o reumatismo! Aqui estão!<br /><br />Donald - Mas... mas... são diamantes!<br /><br />Gastão - Você vai nos dar alguns?<br /><br />Marciano - Podem ficar com todos! Em casa eu tenho um monte deles!<br /><br />Donald e Margarida - Muito obrigado!<br /><br />Donald, Gastão e Margarida - VIVA AO TIO PATINHAS! VIVA! VIVA!<br /><br />Q28. Donald e o marciano. Ouve-se uma explosão.<br /><br />* BUM<br /><br />Donald - Hein? Parece que estão arrebentando a parede!<br /><br />Q29. Os Irmãos Metralhas com sacos na mão e um grande buraco na parede da caixa-forte. Pelo chão vê-se destroços da parede.<br /><br />Metralha 1 - Em frente, pessoal! Vamos encher os bolsos!<br /><br />Metralha 2 - E depois ter umas férias pra valer!<br /><br />Q30. O marciano vê os Irmãos Metralhas entrando na caixa-forte com sacos nas mãos.<br /><br />Marciano - Nada disso, bandidos!<br /><br />Metralha 3 - Uau! Um marciano verde!<br /><br />Q31. Os três Metralhas saem correndo para fora da caixa-forte sem levar nada. Ao fundo vê-se o disco-voador.<br /><br />Metralha 1 - Ele quer nos levar para sua nave espacial!<br /><br />Metralha 2 - Tenha pena de nós, por favor!<br /><br />Metralha 3 - Se quiser pode nos amarrar antes!<br /><br />Metralha 1 - Chame a polícia!<br /><br />Q32. Vê-se os Irmãos Metralhas amarrados, Donald, Margarida, o marciano, alguns fantasiados. Ao fundo, dentro do disco-voador, o marciano chefe observa.<br /><br />Marciano - Ufa! A viagem à Terra não valeu a pena!<br /><br />Donald - Puxa! O Tio Patinhas está em forma hoje!<br /><br />Margarida - Ele conseguiu amarrar os Irmãos Metralhas sozinho!<br /><br />Q33. O disco-voador levantando voo. Ouve-se a voz de um dos extraterrestres saindo de dentro da nave.<br /><br />* VRRRRRR<br /><br />- Que gente confusa! O que fazem não tem pé nem cabeça!<br /><br />Q34. O povo que estava na festa. Alguns carregam Tio Patinhas.<br /><br />Donald - VIVA AO TIO PATINHAS!<br /><br />Todos - VIVA! VIVA! VIVA!<br /><br />Patinhas - Que bom ser querido assim! Mesmo sem saber porque!<br /><br /><br /> FIMLUÍS CAMPOShttp://www.blogger.com/profile/14862675149917883457noreply@blogger.com0